Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2017

Em Rondônia: trabalhadores sem terra são espancados e presos pela Polícia Militar

Imagem
Em menos de quinze dias, o Estado de Rondônia, através de sua Polícia,  efetiva atos de violências por duas vezes às mesmas famílias, respectivamente, nos dias 14 e 25 de novembro de 2017.   Os trabalhadores e trabalhadoras, vítimas da violência pertencem ao Acampamento Boa Sorte, os mesmos sofreram despejos no dia 14 de novembro, numa reintegração de posse, de uma área destinada à reforma agrária e colocados num ginásio de esportes na cidade de Candeias do Jamari. http://www.newsrondonia.com.br/noticias/290+familias+sao+despejadas+do+assentamento+flor+do+amazonas+e+deixadas+em+ginasio+no+candeias/100985 As famílias ficaram por dez dias no ginásio, depois conseguiram um comodato com um agricultor do Assentamento Flor do Amazonas numa região próxima ao antigo acampamento. Como se não bastasse, o despejo, enquanto montavam o novo acampamento no sábado, 25/11, as famílias foram surpreendidas, primeiramente pela Polícia Ambiental e em seguida pela Polícia Militar. Dez pessoas

Região Norte de Minas Gerais,Barragem de Jequitaí

Barragem de Jequitaí destrói a vida dos atingidos e engana população!! Isso vem ocorrendo através do Governo Federal e do Governo Mineiro/SEAPA. Localizado na Região Norte de Minas Gerais, o Projeto Jequitaí compreende uma barragem de 10 mil has e um perímetro irrigado de 35 mil has. A CODEVASF pretende implantar o projeto no Rio Jequitaí, afluente do São Francisco na região Alta/Média do Rio. Este tipo de projeto já foi implantado na região, no período da ditadura militar: Jaíba e Gorutuba. Ambos carregam problemas sócio-ambientais à décadas. A crise da água e o desrespeito aos direitos dos pequenos compõem a tragédia. O Rio São Francisco está numa situação de penúria e a Barragem do Bico da Pedra, que abastece o projeto Gorutuba, está novamente com a cota abaixo do nível permitido para a irrigação. O projeto também traz falsas verdades: regularização do Rio Jequitaí; abastecimento da cidade de Montes Claros; progresso pra região (pode trazer “progresso” para as empreit

Boaventura de Sousa Santos

            Do pronunciamento de Boaventura de Sousa Santos, dia 8 de novembro de 2017, após ser agraciado com o título de doutor “honoris causa” da UFRGS. Vivemos realmente um tempo muito incerto. Fundamentalmente porque é um momento de desimaginação do social. Estamos a desimaginar o social e desimaginar o social é ter um pensamento antissocial do social. É por exemplo, usar uma ideia de responsabilidade coletiva e substituí-la pela ideia de culpa. É trocar a ideia de solidariedade pela ideia de individualismo; a ideia de cooperação pela ideia da competitividade ou de empreendedorismo. Palavras que são chave do discurso hegemônico que corre por aí. Isso é algo hoje que destrói de fato o cimento da sociedade, porque praticamente torna a sociedade irrelevante para a qualidade de vida das pessoas, para a dignidade da vida coletiva.  Principalmente, porque se uma classe social não têm qualidade de vida a culpa é dela ou do destino. É por isso que em tempos de extrema polarizaçã

Tribunal Popular condena empresas e Estado

Imagem
Tribunal Popular condena empresas e Estado por impactos da construção das usinas do Madeira O evento, aconteceu no Ministério Público do Estado de Rondônia e reuniu várias entidades civis, movimentos sociais, organizações não-governamentais e atingidos pelo megaprojeto das usinas hidrelétricas do Madeira, inclusive do país vizinho também impactado, a Bolívia. (Fonte: Blog da Luciana Oliveira) Foi organizado pelo Grupo de Pesquisa Energia Renovável Sustentável – GPERS, Instituto Madeira Vivo – IMV, Movimento dos Atingidos Por Barragens – MAB, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Central de Movimentos Populares – CMP, Aliança dos Rios Panamazônicos e com a participação das pastorais sociais da Arquidiocese de Porto Velho. A ideia surgiu no II Encontro Sem Fronteiras Brasil, Bolívia e Peru, realizado em agosto de 2016. Políticos que antes alardeavam o progresso com a construção das usinas – obra investigada no âmbito da Operação Lava

Candeias do Jamari-RO: 150 famílias com ameaças de despejos

Imagem
Mais uma vez a justiça rondoniense está dando preferência à ocupação de terras a grileiros que não precisam de terra para viver, dentro de uma área de terra pública destinada à reforma agrária, ordenando o despejo de famílias que reivindicam a função social da terra de áreas públicas destinadas para reforma agrária. Neste momento são cento e cinquenta famílias de Candeias do Jamari, a uns 30 km de Porto Velho, capital do estado, que encontram-se ameaçadas de despejo para o próximo dia 14 de Novembro. Segundo os camponeses, o anúncio a eles foi realizado por meio de um capitão da Polícia Militar,  que lhes disse que estariam disposto a realizar a reintegração nem que o autor não disponha de transporte para as famílias, nem a ação não tenha assistência de prefeitura, conselho tutelar ou assistência social. Segundo o oficial de justiça, a decisão da 8ª Vara Cível de Porto Velho no Processo de Nº 7030302-08.2017.822.0001 ainda pode ser recorrida e ser suspensa. O grupo