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Mostrando postagens de outubro, 2009

EQUIPES LOCAIS DA CPT

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A Pastoral da Terra não é diferente de outras pastorais e movimentos da igreja: Ela funciona quando são criados grupos locais de trabalho da Pastoral da Terra nas comunidades e nas paróquias. Quando cheguei como vigário de Nova Mamoré encontrei na paróquia agricultores das comunidades que se preocupavam por assuntos relacionados com agricultura e com a terra. Assim foi criada uma comissão da pastoral da terra que reunia-se na paróquia aproveitando quando tínhamos cursos de formação e reunião de coordenação. Nas reuniões aparecia aquilo que preocupava os agricultores de cada linha: A estrada, o funcionamento das associações, a legalização das terras, os preços dos produtos... As vezes aparecia um conflito numa comunidade: No Porto Murtinho tinha um fazendeiro pressionando os pequenos agricultores para abandonar seus lotes. Na Linha 30 um grupo de jovens sem terra da comunidade ocupou uns lotes e passou a ser ameaçado e despejado. Quando precisava assistência jurídica, o Dr. Segismundo E

PA 25 DE JULHO: 20 anos de luta pela terra em Rondônia

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Murilo de Souza. O presente texto tem como objetivo compartilhar um pouco da luta que constituiu o Projeto de Assentamento 25 de Julho, localizado no município de Espigão do Oeste. É resultado de entrevistas e conversas informais realizadas com as famílias assentadas, entre os dias 18 e 25 de outubro de 2009. Colaboraram, também, militantes do MST e representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Espigão do Oeste. A todos estes direciono os méritos pela conquista desta área. No mês de julho passado completaram-se 20 anos da ocupação na Fazenda Seringal, em Espigão do Oeste. Esta ação representou a consolidação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Rondônia, assim como, o início da luta organizada pela terra no estado, que antes vinha sendo fomentada por grupos ligados à Igreja. A primeira entrada na área foi realizada na manhã do dia 26 de junho de 1989 por um grupo de, aproximadamente, 110 famílias mobilizadas pelo movimento. No entanto, apenas oito dias de

Curso de Agroecologia no Assentamento Flor do Amazonas em Candeias do Jamari-Ro

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O curso foi realizado nos dias 6 e 7 de outubro de 2009 com 30 famílias, assessorado pelo agrônomo Jurandy B de Mesquita da SEAGRI. No final do curso um participante sugeriu a criação de um grupo agroecológico no assentamento.Vinte e cinco famílias aderiram à proposta. A CPT buscava junto com os assentados, alternativas que possibilitassem às famílias uma sobrevivência digna e sustentável nas suas propriedades. Com esta proposta será possível difundir uma prática agroecológica no assentamento, com os objetivos de possibilitar o planejamento da propriedade, a diversificação de culturas, a participação da mulher na produção, a permanência maior do jovem no assentamento, o aumento da biodiversidade, a renovação natural do solo, a valorização da cultura local, o equilíbrio ecológico e a geração de renda. Esta prática lhes permitirá sair do sistema convencional e, produzir sem destruir o meio ambiente. Genivaldo Castil Sabara e Ir Zezé

O Incômodo Censo Agropecuário.

Roberto Malvezzi (Gogó) - O último censo agropecuário trouxe verdades incômodas, que atiçaram a ira do agronegócio brasileiro. Afinal, a pobre agricultura familiar, com apenas 24,3% (ou 80,25 milhões de hectares) da área agrícola, é responsável “por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café , 34% do arroz, 58% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21% do trigo. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%). O valor médio da produção anual da agricultura familiar foi de R$ 13,99 mil”, segundo o IBGE. Quando se fala em agricultura orgânica, chega a 80%. Além do mais, provou que tem peso econômico, sendo responsável por 10% do PIB Nacional. Acontece que a agricultura familiar, além de ter menos terras, tem menos recurso público como suporte de suas atividades. Recebeu cerca de 13 bilhões de reais em 2008 contra cerca de 100 bilhões do agronegócio. Portanto, essa pobre, m

MPF faz reuniões com comunidades quilombolas de Rondônia

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A CPT Rondônia ajudou a convocar e organizar no dia 01 de Outubro de 2009 uma reunião em Costa Marques com representantes de quase todas as comunidades quilombolas de Rondônia. Vejam uma crônica que apareceu no site Observatório Quilombola nestes dias. As fotografias são cedidas a CPT Rondônia por Murilho de Souza. Pe. Zezinho Seis comunidades quilombolas reuniram-se com procuradores da República e relataram suas dificuldades Na última semana, representantes do Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia fizeram reunião com as comunidades quilombolas que moram nos municípios de Costa Marques, São Miguel do Guaporé, São Francisco do Guaporé e Pimenteiras do Oeste. A reunião ocorreu no salão paroquial da igreja matriz de Costa Marques. Os procuradores da República Daniel Fontenele e Lucyana M. Pepe Affonso de Luca ouviram dos quilombolas as dificuldades por que passam em suas comunidades. Eles vão acompanhar a destinação de recursos do governo federal e cobrar que as prefeituras