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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Quilombolas de Rondônia esperam há anos pela demarcação de suas terras

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Moradores da Comunidade Quilombola de Santa Fé, em Costa Marques. foto racismoambiental. Michelle Moreira, EBC As comunidades quilombolas de Forte Príncipe e Santa Fé, no município de Costa Marques, em Rondônia, esperam há anos pela demarcação de suas terras. O Ministério Público de Ji Paraná ajuizou duas ações civis públicas contra a União e o Incra, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, para que seja concluída a titulação das áreas. As duas ações foram negadas pela Justiça Federal. Em Forte Príncipe a situação é complicada. A área em que a comunidade quilombola se encontra pertence ao Exército. De acordo com o superintendente do Incra, Luís Flávio Ribeiro, isso tem atrapalhado o processo de demarcação. “Existe um atrito constante com o Exército. Ele não quer ceder esta área para que possamos fazer os estudos antropológicos. Tentamos com a Ouvidoria Agrária…O coronel já esteve aqui diversas vezes, mas ele não abre mão. A gente tem dificuldade de aprofundar es

Indígenas de Guajará Mirim, Rondônia, reivindicam atendimento de saúde

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Indígenas doentes atendidas em Guajará Mirim, Rondônia. foto celso oro eu Dayanne Saldanha Do G1  Protesto na Casai de Guajará encerra após negociações com indígenas. Com verba de R$ 3,5 milhões, construção de novo prédio já foi licitada. Ação judicial tramita no Ministério Público Federal desde 2012. Segundo o coordenador do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) , a obra já foi licitada (Foto: Cleilson Sales/ Rede Amazônica Guajará) Após dois dias, a manifestação de indígenas, em Guajará-Mirim (RO), que fechou a Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) e ameaçou atear fogo em veículos no local, encerrou na tarde desta sexta-feira (30). O coordenador do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) esteve no local e conversou sobre as exigências dos índios. Uma ação civil pública corre na Justiça Federal desde 2012, obrigando a União a apresentar um cronograma de reforma ou construção de uma nova sede para a Casai. Segundo o coordenador, a obra já foi licitada. Os manifestantes

PANFLETAGEM ALERTA SOBRE TRABALHO ESCRAVO

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O dia 28 de janeiro é o dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, instituído pela Lei 12.064 de 2009, em memória aos Auditores Fiscais e motorista assassinados em Unaí MG, quando realizavam uma fiscalização de rotina em 2004. Entidades e organizações que atuam no combate e prevenção a esse crime, realizam hoje ações por todo o Brasil, no intuito de alertar a sociedade sobre a existência do trabalho escravo ainda em dias atuais, mobilizar e orientar. Nem comemoração, nem festejos, para as organizações comprometidas com o projeto de erradicação do Trabalho Escravo, hoje é dia de luta, porque os direitos conquistados, e o aparato legal constituído vem sendo atacado por setores como o agronegócio e grandes empresas na área de construção civil, ligadas ao capital internacional, com indícios de que se intenta uma desmobilização das ações de combate ao Trabalho Escravo. Em 2014, embora abaixo da média, dados ainda provisórios da Campanha “De Olho Aberto Para Não Virar Escravo” apontam p

Assassinam mais uma liderança camponesa perto de Buritis, Rondônia.

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Atualizado 29/01/2015. Em novo episódio de espiral de violência agrária em aumento na região de Buritis e Vale do Jamarí, em Rondônia, o camponês José Antônio Dória dos Santos, conhecido como Zé Minhenga, de 49 anos, foi morto a tiros durante a noite da terça-feira (27.01.2015). A informação partiu de site da região de Ariquemes . Segundo o mesmo, o crime ocorreu quando a vítima chegava em sua residência, localizada no distrito de Rio Branco, na divisa entre os municípios de Buritis e Campo Novo de Rondônia. "A vítima levou três tiros na cabeça e um na região das costelas, o autor dos disparos não foi identificado. De acordo com a polícia, Zé Minhenga tinha antecedente criminal, era monitorado por tornozeleira eletrônica". Segundo outras informações recolhidas pela CPT RO, José Antônio Dória dos Santos era camponês e fazia mais de ano que tinha desistido da ocupação de terra no Acampamento 10 de Maio, na Fazenda Formosa em Alto Paraíso. Segundo estas informações, não

Atingidos do Araras, Nova Mamoré, exigem novas terras.

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Manifestantes do Araras em Porto Velho. Foto:Banzeiros do Madeira. Situada a 200 km. de Porto Velho a beira do Rio Madeira, na BR 425, a comunidade do garimpo do Araras, em Nova Mamoré, ficou completamente alagada em 2014. A perspectiva é que nova enchente atinja a comunidade após a construção da barragem de Jirau. Ontem 26 de janeiro de 2015, os atingidos da comunidade de Araras, distrito de Nova Mamoré, juntos ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), realizaram manifestação no centro das secretarias cobrando do Governo do Estado de Rondônia a reconstrução da comunidade em local seguro e planejamento para a execução de medidas emergenciais para a próxima enchente.  Segundo o G1 , o grupo de 45 moradores de Araras, distrito de Nova Mamoré, distante 45 quilômetros do município, esteve na manhã desta segunda-feira (26), em frente ao Centro Político Administrativo (CPA), em Porto Velho , para reivindicar melhorias para a localidade que reúne mais de 200 famílias. Os manife

Contador morreu em Vilhena por disputa de terra.

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O contador Dagoberto Moreira, de Vilhena. foto: correiodenoticias Morte de um contador de Vilhena, Dagoberto Moreira teria como motivação disputa de terras. Ainda, Dagoberto tinha acusado de estar envolvido em fraudes sobre financiamentos para pequenos agricultores. O corpo do contador Dagoberto Moreira, de 42 anos, que estava desaparecido desde a segunda-feira, 19 de janeiro de 2015 foi encontrado na tarde do sábado dia 23 de janeiro de 2014. Dagoberto teria levado três tiros, dois deles na cabeça. Dagoberto escapou, em novembro de 2014, de um atentado na sua casa no Bairro Jardim Social, em Vilhena, no qual foram assassinados os pedreiros Valdir Alves, de 44 anos, e Odail Ferreira de Proença, de 35.  Segundo informações  divulgadas, Dagoberto teria informado que ele seria o alvo do atentado que matou os dois pedreiros e que a motivação para tal ato seria a disputa por terras. Acusado de mandante das mortes dos pedreiros, Leandro Pereira Cavichioli teria se desentendido co

Onze presos por crimes ambientais na antiga Flona Bom Futuro, em Rondônia.

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Dez caminhões toreiros presos. Dez caminhões com madeiras ilegais foram apreendidos na região de Rio Pardo, distrito de Porto Velho, na última semana. A operação foi desencadeada pelo Batalhão de Polícia Ambiental, Companhia de Operações Especiais (COE) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), com início no dia 15 de janeiro. A duração é por tempo indeterminado. Conforme a assessoria da Policia Militar (PM), cerca de 30 militares fazem patrulhas na área, com o objetivo de combater crimes ambientais. Além dos caminhões, os agentes apreenderam 158 metros cúbicos de madeira em toras, sem comprovação de origem, além de 59 hectares de áreas desmatadas. Um total de 361.700 multas foram aplicadas. Onze pessoas foram presas por crimes ambientais, segundo a assessoria da PM. Conflito agrário Em novembro de 2013, um conflito aconteceu na região, quando integrantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal, Instituto Brasil

Ruptura com o passado e início de uma nova vida!

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Palavra de Dom Moacyr Grechi – Arcebispo Emérito de Porto Velho Matéria 456 - Edição de Domingo – 25/01/2015 Ruptura com o passado e início de uma nova vida! 25 de janeiro marca a conversão de Saulo no caminho de Damasco, marcando uma ruptura com toda sua vida passada e o início de uma vida radicalmente nova e diferente, tornando-se o referencial básico para tudo o que viria depois em sua vida, transformando-o no grande discípulo-missionário de Jesus Cristo. O que aconteceu com Paulo Apóstolo não foi somente uma experiência de Deus que o levou a mudar de vida e a tornar-se seguidor de Jesus, mas foi uma mudança extremamente radical e fora de qualquer lógica humana. E esta conversão ele experimentou da forma mais clara e contundente possível como iniciativa de Deus (Pe. Emer L. Carlos).  Celebramos, portanto, a vocação de um apóstolo que, fazendo experiência direta de Jesus ressuscitado, determinou a expansão da mensagem de Jesus até os confins da terra. Como Jesus ressus

Rio Madeira a beira de transbordar em Porto Velho

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Br 425 entre Guajará Mirim e Nova Mamoré. foto virtualmamoré Trilhos da centenária Madeira Mamoré alagados. Foto de Marcelo Gladson,21.01.2015 maisrondonia O Rio Madeira já está a beira de transbordar novamente em Porto Velho. Segundo informações do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) o nível do Rio Madeira em Porto Velho na manhã desta quinta-feira dia 22/01/15 aumentou em 16 centímetros, subindo 14,80 na tarde da quarta-feira, para 14,96 metros. Já segundo o site sentineladafronteira , embora a Defesa Civil ainda não tenha registrado oficialmente o transbordo do rio Madeira em Porto Velho, o manancial já atingiu o terreno de oito residências no bairro São Sebastião II, zona norte da capital rondoniense. Na manhã da quinta-feira (22), o nível do madeira atingiu 14,76 metros, 1,1 metros acima do nível registrado no dia 18, que foi de 13, 77 metros. Na Rua Princesa, moradores já não conseguem sair de casa sem ter que enfrentar a água que já cobre totalmente os quintais

NOS PASSOS DA LIBERDADE.

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Três jovens, trabalhadores, frustrados nas expectativas de trabalho e melhoria de vida. Resgatados do Trabalho Escravo Contemporâneo! A obra do Espaço Alternativo em Porto Velho - RO, que seria responsável por satisfazer os anseios da população por áreas de esporte e lazer, foi palco de corrupção e submeteu três trabalhadores a condições análogas a de escravo. O resgate foi realizado pela Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, em dezembro de 2014, poucas semanas antes do Natal. Frustrados os trabalhadores carregam nos olhos um misto de dor e incompreensão. A difícil situação de três migrantes que deixaram as suas casas e famílias em busca de uma vida melhor. Como voltar para trás e dizer que foi tudo diferente? Que no lugar de encontrar trabalho digno, foram escravizados. Os três trabalhadores da área de Construção Civil, jovens de 21 anos e 24 anos, embora vindos de realidades diferentes, não imaginavam passar por essa situação, saíram de suas terras,

Liminar de despejo do acampamento Nova Esperança, em Costa Marques

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Apesar da intervenção da Defensoria Pública Agrária a favor do "Acampamento Nova Esperança" , alegando tratar-se do local ocupado área de terra pública, onde a justiça federal deveria analisar o conflito e não a estadual, juiz de 1ª instância de Costa Marques, Rondônia, deu liminar para reintegração de posse das famílias que demandam terra para reforma agrária. O Ministério Público também não foi consultado, como ordena o Código Civil em situações de conflito agrário. Onze famílias ocupam desde setembro de 2014 uma área de terra de arredor de 60 hectares, situada no Travessão Luiz Sánchez, da Linha 21 do município de Costa Marques, Rondônia. A terra está situada em alguns lotes da Gleba Conceição n. 25, conhecida como "Área do Badra", que estão sob análises do Programa Terra Legal para suspensão de títulos provisórios e emissão de títulos para um grupo de antigos posseiros ocupantes.

Reconhecem 488 atingidos pela barragem de Tabajara, em Machadinho do Oeste, Rondônia

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Comunidade Monte Sinaí, no Rio Machado. Foto Patrícia Brandeleiro Divulgação de cadastro de atingidos de Tabajara. As empresas que promovem a construção da barragem de Tabajara, em Machadinho do Oeste, Rondônia, divulgou hoje em espaço pago em jornais regionais, a lista de atingidos cadastrados pelo projeto, "atendendo a Portaria Ministerial n.340/2012". seguindo orientações do "Manual de Procedimentos e Rotinas Administrativas do Cadastro Socioeconômico da População Atingida por Empreendimentos de Geração de Energia Hidrelétrica".  A AHE Tabajara forma parte do PAC II e estaria sendo promovida por um consórcio onde estaria a consultora ambiental paulista JGP, a construtora Queiroz Galvão, Endesa/Geração, Electrobrás/Furnas e Electrobrás/Electronorte. Oposição dos indígenas O empreendimento está avançando apesar da  oposição dos indígenas da região contra a construção de Usinas na Amazônia e das recomendações em contra do MPF. Parque Natural

Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) prepara Congresso Nacional

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MPA prepara congresso nacional. foto lenir No dia 17 de janeiro de 2015, no Barracão do MPA, no Distrito de Tarilândia, o MPA/Tarilândia realizou estudos preparatórios para o I CONGRESSO NACIONAL DO MPA, que acontece esse ano, em São Paulo/SP. Os estudos que foram coordenados pelos companheiros Alessandro e Bico Doce do MPA de Machadinho do Oeste/RO e reafirmaram junto com os camponeses presentes nos estudos a aliança camponesa e operária por soberania alimentar. Esse é o primeiro de muitos estudos preparatórios para o Congresso Nacional do MPA. Os camponeses presentes demonstram o compromisso com MPA no fortalecimento do movimento que é representativo dos camponeses e a importância de avançarem na organicidade da entidade como forma de garantir os camponeses no campo e produzir alimentos limpos e saudáveis para a cidade. Avança a esperança do campo por uma outra sociedade! Rumo ao Congresso Nacional para construir uma nova consciência de que o camponês é uma classe que luta

Rondônia sediará o IV Congresso Nacional da Comissão Pastoral da Terra- CPT

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Para os agentes da Comissão Pastoral da Terra do Regional Rondônia, o fato de ter sido escolhido para sediar o congresso, é motivo de muita alegria. O Regional reconhece a dimensão do trabalho e do empenho de todos e todas para a realização do evento que desta vez está previsto a participação de 800 delegados e delegadas.  O evento acontecerá entre os dias 12 a 17 de julho de 2015 na Universidade Federal de Rondônia Campus de Porto Velho. Para a CPT, assim como, para os camponeses , realizar um encontro de trabalhadores do campo, assentados, acampados, sem terra, ribeirinhos, extrativistas, quilombolas, fundo de pastos, quebradoras de coco, pescadores, dentre outros, num espaço acadêmico trás um marco de suma importância para a luta pelo direito do homem e da mulher do campo, sobretudo, aqueles que mais são prejudicados pelo grande capital e pela falta de política do estado. O Congresso Nacional da CPT é o evento máximo da entidade, espaço de discussão e apontamento de li

DAS ÁGUAS DO MADEIRA, O GRITO DOS RIBEIRINHOS!

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No Baixo Madeira tem gente! Na beira do Rio tem vida! Ao contrário do que é ensinado na escola, que negligencia a história da existência dos povos ribeirinhos no estado de Rondônia e sua realidade.  Lá pode-se encontrar uma cultura, um modo de vida constituído através dos conhecimentos ancestrais, que perpassam de geração em geração e vão para além da educação formal garantindo o sentimento de pertença territorial e cultural. As comunidades ribeirinhas, são produtoras de parte significativa da produção agrícola do município de Porto Velho/RO. Afinal, de onde vem a farinha, o peixe, o açaí, a banana, a macaxeira, a melancia que abastece o mercado da Capital? Extrativistas, pescadores, agricultores de várzeas, são eles, exemplos de que é possível produzir, viver e conviver com a natureza, numa relação produtiva que não agride e nem destrói, mas garante a preservação da Amazônia e a vida do Rio. No grupo musical Minhas Raízes , do Distrito de Nazaré, a resistência cultural manife

Reforma Política, terra, teto e trabalho!

Palavra de Dom Moacyr Grechi – Arcebispo Emérito de Porto Velho Matéria 455 - Edição de Domingo – 18/01/2015 Reforma Política, terra, teto e trabalho! Na carta de 02 de janeiro endereçada às organizações populares que participaram do Encontro Mundial de Movimento Populares, o papa Francisco lembrou com alegria o encontro em Roma (27-29/11/2014), e pediu que o “Senhor os mantenha fortes na luta pelos ideais que os movem. Que cada dia seja mais realidade aquilo pelo que lutam, os três Ts: terra, teto e trabalho”. O ano de 2014 não foi fácil para nossas famílias no campo. Foram mais de mil ocorrências de conflitos agrários, vários assassinatos de lideranças camponesas, impunidade, concentração fundiária, grilagem de terra, despejos, persistência do trabalho escravo. Segundo o Balanço da Reforma Agraria, divulgado pela Comissão Pastoral da Terra do Regional Nordeste II, o ano que passou teve o menor numero de desapropriação de terras e assentamento de famílias para a Reforma