Indígenas de Guajará Mirim, Rondônia, reivindicam atendimento de saúde
Indígenas doentes atendidas em Guajará Mirim, Rondônia. foto celso oro eu |
Dayanne Saldanha Do G1
Protesto na Casai de Guajará encerra após negociações com indígenas. Com verba de R$ 3,5 milhões, construção de novo prédio já foi licitada. Ação judicial tramita no Ministério Público Federal desde 2012.
Segundo o coordenador do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) , a obra já foi licitada (Foto: Cleilson Sales/ Rede Amazônica Guajará) |
Após dois dias, a manifestação de indígenas, em Guajará-Mirim (RO), que fechou a Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) e ameaçou atear fogo em veículos no local, encerrou na tarde desta sexta-feira (30). O coordenador do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) esteve no local e conversou sobre as exigências dos índios. Uma ação civil pública corre na Justiça Federal desde 2012, obrigando a União a apresentar um cronograma de reforma ou construção de uma nova sede para a Casai. Segundo o coordenador, a obra já foi licitada.
Os manifestantes tomaram a Casai na tarde de quarta-feira (28). Somente funcionários da saúde e serviços básicos foram autorizados a entrar no prédio. O protesto era para garantir que seja feita nova sede da Casai, além da contratação de pediatra e clínico geral. Segundo o cacique Milton Oro Nao, o atual prédio é antigo e não atende as necessidades dos mais de cinco mil indígenas da região. “Crianças recém-nascidas ficam na mesma enfermaria que doentes com tuberculose, hepatite e outras doenças”, afirma.
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O Ministério Público, sabendo de todas as irregularidades do prédio, entrou com uma ação civil pública em 2012, exigindo que a justiça cobrasse nova reforma, bem como a aquisição de novos leitos e melhor qualidade na saúde dos indígenas da localidade. Com uma verba parada de R$ 3,5 milhões, os manifestantes esperam que agora seja aplicada na melhoria das instalações.
Até então sem respostas, os indígenas ameaçavam atear fogo em um caminhão da Funai que estava estacionado no pátio. Colocaram isopores, pedaços de madeira e deram um prazo para o coordenador do Dsei chegar até o município para debater sobre as reivindicações.
No início da tarde desta sexta-feira (30), o coordenador do DSEI Antônio Ribamar esteve em uma reunião às portas fechadas na câmara municipal de vereadores, com lideranças indígenas.
Na reunião, o coordenador explicou que a verba destinada para a construção foi liberada e a obra já foi licitada. “A resposta que trouxemos aos manifestantes é que a construção da nova Casai já foi licitada. Depende apenas de uma locação para fazer os atendimentos em outro local, ainda a espera de autorização da Funai em Brasília”, explica Ribamar.
Manifestantes reclamam de estrutura de unidade
(Foto: Dayanne Saldanha/G1)
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