Candeias do Jamari-RO: 150 famílias com ameaças de despejos
Mais uma vez a justiça
rondoniense está dando preferência à ocupação de terras a grileiros que não
precisam de terra para viver, dentro de uma área de terra pública destinada à reforma
agrária, ordenando o despejo de famílias que reivindicam a função social da
terra de áreas públicas destinadas para reforma agrária.
Neste momento são cento e
cinquenta famílias de Candeias do Jamari, a uns 30 km de Porto Velho, capital do estado, que encontram-se ameaçadas de despejo para o próximo dia 14 de
Novembro.
Segundo os camponeses, o anúncio a eles foi realizado por meio de um capitão da
Polícia Militar, que lhes disse que estariam disposto a realizar a
reintegração nem que o autor não disponha de transporte para as famílias, nem a
ação não tenha assistência de prefeitura, conselho tutelar ou assistência
social. Segundo o oficial de justiça, a decisão da 8ª Vara Cível de Porto Velho
no Processo de Nº 7030302-08.2017.822.0001 ainda pode ser recorrida e ser
suspensa.
O grupo de famílias são do
Acampamento Boa Sorte, que reivindicam área de terra pública ás
margens do Rio Preto, de mais de cinco mil hectares, grilada dentro da
antiga Fazenda Urupá, que foi expropriada para criação do Assentamento Flor do
Amazonas. Esta área, apesar de ser terra expropriada para reforma agrária,
ainda não foi distribuída depois que a posse foi reivindicada por
terceiros sem perfil para reforma agrária: Atualmente um servidor público do
governo, um policial, dois advogados e um médico.
No dia 15 de outubro eles denunciaram que um grupo armado atacou
com muitos disparos de pistola, carabina
e armas de
grosso calibre a camponeses, homens
e mulheres, que
iam pescar no Rio Candeias, em
Rondônia.
As famílias solicitam intervenção da Defensoria Pública do Estado e do Ministério Público do Estado, bem como, um posicionamento do INCRA.
CPT-RO
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