CPT-RO participa de mesa virtual sobre Geografia Agrária da Amazônia

No último dia 5 de dezembro a CPT-RO a convite do Grupo de Pesquisa em Gestão do Território e Geografia Agrária da Amazônia (GTGA), vinculado ao Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia, participou da primeira mesa virtual, com o tema “Geografia Agrária da Amazônia: movimentos sociais, conflitos agrários/territoriais/ambientais e resistências camponesas”.

O evento está ligado as atividades da disciplina Geografia Agrária, ministrada aos discentes do curso de Geografia-UNIR, tendo como responsável o Prof. Dr. Ricardo Gilson da Costa Silva e seus, orientandos da pós-graduação: Francilene  Sales da Conceição, Wesley Henrique Garcia e Silva, e Lucas Ramos Matos.

Neste primeiro encontro foram convidados a geógrafa Amanda Michalski, mestranda do PPGG-UNIR, assessora da CPT-RO; prof. Dr. Luís Augusto Pereira Lima, geógrafo, Semed-Manaus; prof. Me. Carlos Alberto de Almeida Ricarte, Semed – Ouro Preto do Oeste; prof. Dr. Marcel Eméric B. de Araújo, IFRO Colorado do Oeste. Ambos  pesquisadores do GTGA.

Os convidados e a convidada, nortearam suas exposições com base em suas pesquisas desenvolvidas e em desenvolvimento, relacionadas a geografia agrária da Amazônia.

Amanda Michalski, realizou uma análise da conjuntura sociopolítica e econômica do estado de Rondônia, apresentando dados históricos que ajudam a compreender o atual cenário de expansão da fronteira agrícola e dos conflitos agrários no Estado.

Luís Augusto, delineou sua exposição por meio dos dados acumulados em seu doutorado, com destaque para as agrohidroestratégias do agronegócio relativas à apropriação dos recursos hídricos da Amazônia. Em sua pesquisa fica clara a coerção desse setor da economia na busca por água, recurso necessário à produção de commodities (milho, soja e carne) ligadas ao agronegócio.

Carlos Ricarte e Marcel Eméric, em suas pesquisas deram visibilidade a resistência camponesa, que busca adaptar-se aos novos tempos, e o enfrentamento ao modo de produção capitalista. Modo, que expropria e invisibiliza comunidades camponesas, tradicionais e povos indígenas. Carlos aborda principalmente sobre o conceito de psicosfera, tendo como objeto de estudo o espaço agrário de Vilhena, e que colabora com a compreensão sobre transformações socioeconômicas e espaciais, que alteram o modo de vida dos camponeses.

Dando sequência aos eventos amanhã, dia 9 de dezembro de 2020 às 14h (horário de Rondônia), o GTGA volta a reunir pesquisadores da Amazônia, na mesa “Geografia Agrária em debate: expansão da fronteira agrícola, circuitos espaciais e conflitos agrários/socioambientais”

Os/As convidados/as são pesquisadores ligados ao GTGA e ao PPGG-UNIR ao nível de doutorado. Esse encontro tem como principal objetivo contribuir com a formação dos discentes do curso de geografia, assim como, aproximar as pesquisas que a Universidade Federal vem realizando ao longo dos últimos anos. Diante o cenário de descrença que sociedade nutri em relação à universidade, esses encontros são de extrema importância por explorarem a contra narrativa do discurso que o Estado promove relacionado ao “desenvolvimento econômico”.

Aos que tiverem interesse em participar do segundo e último encontro, acessem o link para inscrição prévia: Segunda Mesa Virtual GTGA-UNIR

Fonte: CPT-RO




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