Carta do II Nortão das CEBs às comunidades
Porto Velho, 21 de julho de 2019.
“Por causa da tua Palavra” (Lc 5,5)
1. Nós, participantes do II Nortão das CEBs, reunidos no período de 19 a
21 de julho, celebrando a memória dos 10 anos do 12o Intereclesial das
CEBs, daqui das margens do Rio Madeira, em Porto Velho, no coração
da Amazônia, saudamos com afeto os irmãos e irmãs de todos os cantos
do país, que, comprometidos com o Reino de Deus, sonham conosco com
novos céus e nova terra, num jeito novo de ser Igreja, de atuar em
sociedade e de cuidar respeitosa e amorosamente de toda a criação!
21 de julho, celebrando a memória dos 10 anos do 12o Intereclesial das
CEBs, daqui das margens do Rio Madeira, em Porto Velho, no coração
da Amazônia, saudamos com afeto os irmãos e irmãs de todos os cantos
do país, que, comprometidos com o Reino de Deus, sonham conosco com
novos céus e nova terra, num jeito novo de ser Igreja, de atuar em
sociedade e de cuidar respeitosa e amorosamente de toda a criação!
2. Somos 504 participantes, leigas e leigos, religiosas e religiosos,
diáconos, padres e bispos, oriundos das comunidades de diversas partes
do Norte do país. Sob a assistência do Espírito Santo, refletimos sobre o
tema "Espiritualidade das CEBs na Amazônia” e o lema “Por causa da
tua Palavra”(Lc 5,5). Compreendemos que na origem das comunidades
está a Palavra de Deus e o compromisso de encarná-la na realidade.
diáconos, padres e bispos, oriundos das comunidades de diversas partes
do Norte do país. Sob a assistência do Espírito Santo, refletimos sobre o
tema "Espiritualidade das CEBs na Amazônia” e o lema “Por causa da
tua Palavra”(Lc 5,5). Compreendemos que na origem das comunidades
está a Palavra de Deus e o compromisso de encarná-la na realidade.
3. Reafirmamos que as CEBs são a forma que o Espírito nos infundiu
para sermos Igreja como comunidades, ambiente propício para o cultivo da espiritualidade
alicerçada na Palavra Deus, viva e eficaz. Ressaltamos que a Igreja da Amazônia tem uma longa
experiência de encarnar a Palavra no meio do povo, com simplicidade, promovendo uma
evangelização libertadora, dando voz e vez ao povo, especialmente aos mais simples.
para sermos Igreja como comunidades, ambiente propício para o cultivo da espiritualidade
alicerçada na Palavra Deus, viva e eficaz. Ressaltamos que a Igreja da Amazônia tem uma longa
experiência de encarnar a Palavra no meio do povo, com simplicidade, promovendo uma
evangelização libertadora, dando voz e vez ao povo, especialmente aos mais simples.
4. Entendemos que as CEBs são comunidades orantes, místicas, lugar da escuta, oração e cultivo da
força interior em Deus; samaritanas, fraternas, sensíveis, próximas das necessidades das pessoas;
proféticas, em sua dimensão martirial e força transformadora da realidade social; e ministeriais,
onde todos são chamados ao serviço.
força interior em Deus; samaritanas, fraternas, sensíveis, próximas das necessidades das pessoas;
proféticas, em sua dimensão martirial e força transformadora da realidade social; e ministeriais,
onde todos são chamados ao serviço.
5. Compreendemos que a espiritualidade das CEBs tem uma dimensão de abertura para o mundo,
no horizonte do mistério da encarnação, visto que “Deus enviou seu Filho ao mundo, não para
condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele” (Jo 3,17). Neste espírito, as CEBs são
sensíveis aos problemas e às lutas dos pobres e excluídos, assumindo o cuidado da vida em todas as
suas dimensões, em comunhão com a espiritualidade dos povos amazônicos. A espiritualidade das
CEBs se expressa também como abertura para o futuro de Deus, o Reino de justiça e paz para todos,
que é presente na vida da Igreja sob a forma de esperança, que nos encoraja a assumir a cruz,
continuando a missão de Jesus Cristo, resistindo nos conflitos e perseverando em meio às
dificuldades da caminhada.
no horizonte do mistério da encarnação, visto que “Deus enviou seu Filho ao mundo, não para
condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele” (Jo 3,17). Neste espírito, as CEBs são
sensíveis aos problemas e às lutas dos pobres e excluídos, assumindo o cuidado da vida em todas as
suas dimensões, em comunhão com a espiritualidade dos povos amazônicos. A espiritualidade das
CEBs se expressa também como abertura para o futuro de Deus, o Reino de justiça e paz para todos,
que é presente na vida da Igreja sob a forma de esperança, que nos encoraja a assumir a cruz,
continuando a missão de Jesus Cristo, resistindo nos conflitos e perseverando em meio às
dificuldades da caminhada.
6. As CEBs querem ser, na Igreja e no mundo, sinal profético de esperança para que, em comunhão
com toda a Amazônia, nesse momento especial do Sínodo, possamos superar as tantas formas de
exploração do ser humano e a lógica da colonização das mentes, inclusive no âmbito da atuação dos
nossos missionários. Cremos que a sabedoria do bem viver, do bem conviver e do bem fazer,
vivenciada pelos povos originários da nossa região, abre-nos caminhos novos para a evangelização
e para uma ecologia integral.
com toda a Amazônia, nesse momento especial do Sínodo, possamos superar as tantas formas de
exploração do ser humano e a lógica da colonização das mentes, inclusive no âmbito da atuação dos
nossos missionários. Cremos que a sabedoria do bem viver, do bem conviver e do bem fazer,
vivenciada pelos povos originários da nossa região, abre-nos caminhos novos para a evangelização
e para uma ecologia integral.
7. Preocupa-nos também a situação atual do país. Solidarizamo-nos com as famílias que choram a
perda de seus filhos para a crescente violência ou os veem encarcerados sem condições dignas,
assim como com os trabalhadores que perdem os seus direitos em face do desmonte do já frágil
sistema de proteção social.
8. Unidos às comunidades e famílias que nos receberam, celebramos a Eucaristia, memorial da
páscoa do Senhor, comprometendo-nos com toda a criação, com o cuidado da Amazônia, para que a
região não seja mais explorada como colônia, de onde se retiram as suas riquezas de forma injusta e
predatória para satisfazer aos interesses do mercado. De modo especial, somos solidários com os
povos indígenas, quilombolas, seringueiros, ribeirinhos, tão ameaçados e esquecidos, bem como
com as populações das periferias das cidades amazônicas, tão desrespeitadas em seus direitos
básicos.
perda de seus filhos para a crescente violência ou os veem encarcerados sem condições dignas,
assim como com os trabalhadores que perdem os seus direitos em face do desmonte do já frágil
sistema de proteção social.
8. Unidos às comunidades e famílias que nos receberam, celebramos a Eucaristia, memorial da
páscoa do Senhor, comprometendo-nos com toda a criação, com o cuidado da Amazônia, para que a
região não seja mais explorada como colônia, de onde se retiram as suas riquezas de forma injusta e
predatória para satisfazer aos interesses do mercado. De modo especial, somos solidários com os
povos indígenas, quilombolas, seringueiros, ribeirinhos, tão ameaçados e esquecidos, bem como
com as populações das periferias das cidades amazônicas, tão desrespeitadas em seus direitos
básicos.
9. Acompanhados pela proteção e benção da Mãe de Deus, celebrada no Círio de Nazaré e invocada
na região amazônica com outros tantos nomes, escolhida a Igreja de Itacoatiara, que irá acolher o III
Nortão, retomamos a caminhada das CEBs, rumo ao Amazonas, enviando a vocês, irmãos e irmãs
das comunidades, nosso abraço fraterno e cheio de revigorada esperança.
na região amazônica com outros tantos nomes, escolhida a Igreja de Itacoatiara, que irá acolher o III
Nortão, retomamos a caminhada das CEBs, rumo ao Amazonas, enviando a vocês, irmãos e irmãs
das comunidades, nosso abraço fraterno e cheio de revigorada esperança.
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