Ontem foi preso Udo Walbrink, vicepresidente da Fetagro.

Udo Walbrink, de camisa branca no centro,
com famílias que receberam casas do programa "Minha casa minha vida",
a través do sindicato de Vilhena. foto arquivo cpt ro
Udo Walbrink, vicepresidente da FETAGRO (Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia) e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vilhena e Chupinguaia (STTR), foi preso no início da tarde de terça-feira, 3 de Março, na linha 70, capa 100, sítio Recanto, região distrito do Guaporé, área rural de Vilhena.

O processo onde forma condenados em total de mais de 150 anos de cadeia 18 pequenos agricultores, foi recorrido no Tribunal Regional, em Brasília.

O mandato, emitido contra 15 agricultores da Associação Água Viva de Chupinguaia e contra três apoiadores deles (o presidente do sindicato Udo Walbrink, o agricultor Pedro Arrigo e o vereador de Chupinguaia Roberto Ferreira Pinto, presidente da Câmara) foi criticado em nota publicada pela CUT e FETAGRO o passado dia 25 de fevereiro de 2015, na qual solicitavam que os acusados pudessem esperam em liberdade a decisão sobre os recursos apresentados: 
  • "É importante ressaltar que não se trata de bandidos, assaltantes, assassinos, ladrões, estelionatários, corruptos... são simplesmente agricultores familiares que não representam nenhum risco para sociedade. Além disso, o próprio juiz em seu despacho diz que “observando-se que todos os réus condenados possuem endereços certos”. Ou seja, são cidadãos de bem!!! Diante do exposto e sem questionar o mérito da decisão que determinou a imediata prisão desses agricultores, a CUT e a FETAGRO apelam publicamente ao Judiciário de Rondônia, para que estes agricultores possam aguardar em liberdade o julgamento de todos os recursos cabíveis, trabalhando e sustentando suas famílias".
Ao contrário de alguns meios de informação, que insistem em tratar os mesmos como quadrilha de invasores.  O problema que deu origem ao conflito agrário é uma área de terra de posseiros da Associação Água Viva, sobre o qual pesava um título provisório do tempo da ditadura militar, que já foi cancelado pelo Programa Terra Legal.

Por causa da defesa deste grupo de posseiros e outros pequenos agricultores da região, Udo Walbrink sofreu graves ameaças de morte e até intentos de assassinato, após apresentar denúncia das diversas violências e atentados que sofriam os pequenos agricultores da região. Udo, que era presidente do Conselho Municipal de desenvolvimento Rural de Vilhena, já amargou sete meses de cadeia preventiva, antes de ser liberado após habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal de Brasília.
Segundo fontes da Assembleia Legislativa de Rondônia, Udo Walbrink hoje foi defendido em tribuna pelo deputado Lazinho da Fetagro (PT), que repudiou a prisão.

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