Porto Velho já tem 60 famílias desabrigadas pela cheia de 2015

Reproduzimos abaixo matéria de Mary Porfiro, do G1 RO segundo a qual o prazo para desativação total do abrigo de Porto Velho, Rondônia, foi encerrado na quinta-feira, 12/2/15. Três famílias que resistem para sair não aceitam auxílio social e querem casa própria. Segundo tenente coronel Gilvander Gregório, do Corpo de Bombeiros, este ano já existem, aproximadamente, 60 famílias desabrigadas em Porto Velho. 

Parque abrigou por meses famílias atingidas pelas enchentes de 2014 em Porto Velho.
(Foto: Mary Porfiro/G1)
Três famílias se recusam a deixar Abrigo Único, em Porto Velho. 
O prazo final para a desocupação do Abrigo Único, montado no Parque dos Tanques em Porto Velho para alojar os desabrigados com a cheia histórica do Rio Madeira de 2014, foi encerrado na quinta-feira (12), mas, nesta sexta-feira (13), três famílias ainda residem no local. Segundo o Corpo de Bombeiros, desde o início do mês de janeiro, as 23 famílias remanescentes no abrigo já estavam recebendo auxílios financeiros do governo e, por isso, precisavam ser removidas. Vinte saíram até quinta; as três que ainda resistem em sair alegam não querer os benefícios.

Moacir Schmoeller, chefe de uma das famílias que continuam no abrigo, afirma que, apesar de a maioria ter saído ontem, ele e outras duas famílias permanecem no local pedindo a casa própria, e não os auxílios oferecidos. "Não escolhi estar nesta situação, quero minha casa de volta, mas não quero problema com a Justiça. Se não tiver outro jeito, apesar das promessas, só me resta sair e arrumar uma casinha pra alugar", diz.
Família resiste à saída do abrigo único
(Foto: Mary Porfiro/G1)
Os resistentes reclamam também que, antes do prazo estipulado para a saída, foi cortada a água, por mais de cinco dias seguidos. No entanto, a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) informou que, no último mês, a distribuição de água era feita em dias alternados, em função do pequeno número de famílias abrigadas. A empresa garante que, mesmo havendo apenas três famílias no local, a caixa d'água será abastecida até o final desta tarde.
Segundo o coronel José Pimentel, coordenador da Defesa Civil Municipal, todas as famílias que estavam no Abrigo Único assinaram um termo de compromisso que estipulava a data de desativação do local. "Estamos neste processo desde a semana passada. Uns saíram por conta própria, outros a Defesa Civil deu assistência, levando até mesmo a mudança à nova moradia. Todos estão amparados pelo auxílio e, posteriormente, receberão casa nova do projeto destinado aos desabrigados", argumenta.
No local nesta sexta, Luiziana Feitosa, defensora pública estadual, diz que todas as famílias que saíram do abrigo estavam com os direitos resguardados e recebiam auxílio social desde o mês de maio de 2014. "As famílias que continuam no abrigo são famílias que entregaram determinados documentos nesta semana para a renovação do auxílio social disponibilizado para os prejudicados da enchente do Madeira", garante a defensora.

Novos desabrigados
Segundo tenente coronel Gilvander Gregório, do Corpo de Bombeiros, a cheia do Rio Madeira este ano deve ser menor que a de 2014. Ainda assim, caso haja desabrigados, as famílias já serão direcionadas diretamente para o aluguel social. "Ano passado isso não foi possível porque eram 6.032 famílias para socorrer em pouco tempo. Mas, este ano, existem aproximadamente 60 famílias desabrigadas", conclui.

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