Jornalista de Porto Velho denuncia retirada ilegal de ouro no Rio Madeira
O NOVO ELDORADO DO OURO FICA ÀS MARGENS DO PALÁCIO RIO MADEIRA E A 30 MINUTOS DA SEDAM, POLÍCIA FEDERAL, DO MPE E MPF RONDÔNIA
O Rio Madeira em Porto Velho, Rondônia. foto cpt ro |
Mutum-Paraná, Porto Velho [RO] – A montante e a jusante das usinas de Jirau e Santo Antônio, respectivamente, cresce com a velocidade e grandiosidade da economia dos tigres asiáticos os negócios com a extração ilegal de minérios, que vão do ouro à areia para a construção civil, sob o olhar complacente das autoridades.
A região, no trecho mais ocupado por ilegais - fora dos quadros sociais vinculados pelas cooperativas de garimpeiros artesanais - situa-se a dez minutos de embarcação da Capital. Porém, nem mesmo a presença eventual da fiscalização da Capitania dos Portos, parece intimidá-los.
Em que pese exista uma lei estadual [Lei Hermínio Coelho] e o Decreto 5.197, de 29 de Julho de 1991 do governo Oswaldo Piana – este ressuscitado pela secretária Nanci Maria Rodrigues da Silva para punir apenas pequenas cooperativas -, ‘os garimpos do Mutum, Belmont até Calama, já formam o terceiro maior conglomerado aurífero de Rondônia e Amazonas’ cujos pontos de compra são os investigados pelas operações Rio de Ouro, Iara, Caiari e Eldorado.
O ouro continua sendo roubado do patrimônio da União, do Município de Porto Velho e dos estados de Rondônia e Amazonas sem que a Polícia Federal, Ministério Público Federal [MPF-MPE], SEDAM e Secretaria de Finanças [SEFIN] dêem um basta na evasão escandalosa de divisas, diz o gráfico e publicitário Henrique Ferraz e este Repórter, já cansados de alertar as autoridades.
Segundo eles, ‘ao longo da estrada do Belmont, no ramal Porto Chuelo, na casa do pseudo Professor, Nanci Rodrigues, Valdir e Marinha Raupp, deram o ponta-pé inicial para que José Alves de Lima [O LIMA, que é encontrado na Avenida Calama, 6177, bairro 4 de Janeiro, sob proteção de um policial civil aposentado] pode esclarecer sobre esse anunciado conglomerado da extração ilegal de ouro e areia’.
O número de dragueiros em atividade dentro e fora da Área de Proteção Ambiental [APA], contando-se ainda pujantes balsas e escarifuças [equipamentos de sucção] já ultrapassam 531. Os dados são da Cooperativa de Requeiros e Extrativistas Minerais [COOPREMI], presidida por José Alves de Lima, revelados em Humaitá em visita a potenciais compradores, há uma semana, no eixo Amazonas, Pará e Bolívia.
Enquanto isso, sabe-se que LIMA é considerado o principal interlocutor junto à secretária de Estado do Desenvolvimento Ambiental, a geógrafa paraense Nanci Rodrigues e os ilegais, de quem recebeu a pseuda - licença ambiental cujo grupo está excluído da Cooperativa de Garimpeiros, Mineração e Agroflorestal [MINACOOP] – a legítima outorgada da PLG e Licença Ambiental junto ao Ministério de Minas e Energia [MM-E] e SEDAM.
O ‘silêncio’ das autoridades, com o número cada vez mais crescente de dragueiros ilegais no eixo Mutum-Paraná, Belmont, distrito de Calama com a cidade amazonense de Humaitá, ‘o novo Eldorado produz uma receita entre R$ 9 a R$ 15 milhões, em média, em ouro roubado da União’, atestam grupos legalizados da MINACOOP e COOGARIMA.
- A permanecer a autorização dada pela secretaria Nanci da SEDAM e ex-IBAMA, os negócios não irão parar de prosperar e quiçá, com essa leniência das autoridades, LIMA e seu grupo estão prontos para receber uma central de compras da CAIXA no Belmont, ironiza Henrique Ferraz.
Segundo pesquisadores, só o ouro das áreas invadidas da MINACOOP daria pagar as contas pendentes do Governo Confúcio Moura às voltas com uma reeleição duvidosa. Contudo, de visão simplista, ‘o mandatário, também, se deixa governar por leis obsoletas do ex-inquilino palaciano, Oswaldo Piana’. E negocia ‘a legalidade das áreas’ com ilegais liderados por LIMA, João Batista Rocha e um advogado ligado a Arão Mendes Rodrigues e Geomário Leitão Sena, da COOGAM.
Autor: Chico Nery
Fonte: Newsrondonia
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