Problemas nas estradas dos reassentados de Santo Antônio
2 de fevereiro de 2014
- Reassentados contabilizam prejuízos com desmoronamento de parte da estrada.
Boeiro quebrado interrompe estrada do reassentamento Santa Rita, em Porto Velho RO. foto Diario da Amazônia |
Isoladas há mais de 10 dias – desde que um bueiro de concreto armado desmoronou – cerca de 150 famílias dos reassentamentos de Santa Rita e Morrinhos, não param de contabilizar os prejuízos causados pela interrupção na comercialização de alimentos produzidos pelos moradores da região, devido à precariedade da principal via de acesso. Os reassentamentos estão localizados na altura do quilômetro 54 da BR-364, entre Porto Velho e Jacy-Paraná.
O produtor de leite, Rene Gomes relata o desespero vivido pelas famílias desde que o bueiro desmoronou. “Estamos presos, essa era nossa principal via de acesso e agora a única maneira de atravessar é entrando na água ou usando a canoa. Até tem outro ramal que dá acesso aos reassentamentos, só que a situação da estrada é muito precária, quando chove fica impossível atravessar. Não tenho como entregar o leite produzido, e, como todos sabem, o produto é perecível e não pode esperar muito tempo para ser consumido”, explica Gomes.
O trabalhador acredita que o desmoronamento foi provocado por causa do rompido de uma barragem na Usina de Santo Antônio. “Um dia após o acontecimento,o pessoal da Santo Antônio esteve aqui e ficou arrumar o problema. Nesse intervalo de tempo estamos perdendo nossa produção e contabilizando prejuízos”, desabafa.
Dificuldades
O produtor de leite e hortaliças, Sebastião Barbosa, conta que está fazendo de tudo para que sua produção não seja perdida. “Estou tentando de tudo aqui para garantir o sustento da minha família, quando a canoa está ocupada, atravesso esse pedaço com minhas garrafas de leite na cabeça e no braço. Tentei usar a outra via de acesso, porém foi pior ainda. Não temos condições de viver nessa situação”, expõe Sebastião.
Desolada, a produtora Divina Gircleide diz que se sente esquecida. “Jogaram a gente aqui nesses reassentamentos e agora vivemos a Deus dará. O solo é péssimo, só nasce alguma coisa se a gente colocar calcário. Depois de tanta luta estamos perdendo nossas produções. Isso não é justo. Quando a gente morava na beira do rio, tudo que a gente plantava nascia”.
Fonte: Laila Moraes, Diario da Amazônia.
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