Famílias foram despejadas por segunda vez, em Rio Crespo, Rondônia

Segundo fontes do grupo, entre 12 e 13 famílias de agricultores foram despejados ontem, dia 21 de fevereiro de 201,  por forças policiais de Ariquemes . Os agricultores ocupavam por mais de ano uma área da BR 364 sentido Porto Velho, no lado esquerdo,  a 33 Km de Ariquemes, no Lote n. 5 e n. 4 do PAD Marechal Dutra. na Gleba n.25. Tratando-se de parte de grupo de 17 famílias que já foram despejados da Flona Bom Futuro, no Rio Pardo, onde tinham produção de café e cacau. Atualmente as famílias se dispersaram, sendo acolhidas em casas de parentes e amigos.

Segundo os mesmos, eles foram obrigados a ocupár a área de Rio Crespo, depois que as promessas do governo de Rondônia não foram cumpridas após o acordo com o Gogerno Federal no plano de desocupação da Flona Bom Futuro. Eles receberam por alguns poucos meses um salário mínimo de indenização, (mostraram um cartão do Plano Futuro Bolsa Guaporé), porém por mais de quatro meses o pagamento do governo está atrasado. Segundo algumas pessoas do grupo as terras prometidas pela SEDAM estão na fundiária de grandes fazendas e o local se converteu num "barril de pólvora" após a chegada de centenas de novas famílias, reocupando seus antigos lotes e após receberem promessas de terras dos grandes fazendeiros da região.

Segundo asa famílias os lotes ocupados atualmente estavam abandonado após o falecimento do antigo dono, Ademar Primoz. Há informações de que os herdeiros, que moram em Espírito Santo,  procuraram o INCRA para vender as terras para reforma agrária, porém a autarquia negou interesse de compra ou expropriação do mesmo (como solicitada pelas famílias ocupantes da terra) por tratar-se de um local pequeno, de apenas 200 alqueires. 

Antes da reintegração eles não receberam notificação de oficial de justiça, apenas de Policiais Militares de Ariquemes. Também o Ministério Público não tinha sido consultado sobre a reintegração de posse, como obriga o código de processo civil.

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