Jaru: Ato público uniu camponeses e trabalhadores
Manifestação em Jaru 27.6.12. foto: resistenciacamponesa |
O Ato Público contou com a participação de trabalhadores em Educação
que se encontram em greve e populares da cidade de Jaru que denunciaram as condições
precárias nos bairros e nos serviços públicos. O Movimento Classista dos Trabalhadores em Educação – MOCLATE
denunciou o governador Confúcio Moura em relação ao sucateamento da Educação
rondoniense e em relação ao não atendimento da pauta do movimento grevista. “O
governo destina milhões para beneficiar o latifúndio, enquanto o povo morre de
fome na fila dos hospitais e a educação pública está um caos”, denunciou uma
professora que se pronunciou no ato. Fonte : resistência camponesa (continua)
A LCP denunciou que a política do governo Dilma no que se refere à
questão agrária, através do INCRA, é a de dividir os camponeses quando não
respeita o compromisso assumido de regularizar áreas que já foram cortadas
pelos camponeses e que agora são objeto de regularização. “Denunciamos que o
INCRA, em diversas áreas em Rondônia, como Corumbiara, região de Jaru e
Ariquemes, Seringueiras, tem agido para criar conflito entre os camponeses
quando retiram famílias que produziam e destinam a área para famílias que
sequer sabemos se existem. Esta é a política do INCRA e da Ouvidoria Agrária
Nacional. Já estamos cansados de promessas e prazos longos sem que o governo federal
não resolva nada! Por isso defendemos que só o povo organizado, cortando a
terra por conta própria, irá garantir o acesso a terra”, denunciou um dirigente
da LCP.
O Ato também denunciou a intransigência da prefeitura em não atender as reivindicações dos trabalhadores municipais que se encontram em greve e o descaso com a população dos bairros e do campo em Jaru. “E não é só na cidade que a prefeitura tem abandonado o povo, também no campo e nos distritos. Na região de Tarilândia (Distrito de Jaru) o povo não tem estradas e tem perdido a sua produção por incompetência da prefeitura. Nas áreas Canaã, Raio de Sol e Renato Nathan os camponeses denunciam que além da precariedade das estradas, há a falta de energia elétrica”. Registra-se que a administração municipal tem coagido com ameaça de cancelamento da concessão os proprietários de carros de som que prestarem serviço para os movimentos sociais de reivindicações justas e necessárias. O protesto seguiu pelas principais ruas do centro de Jaru e contou com o apoio de transeuntes e comerciantes que aplaudiram a manifestação.
Outra insatisfação denunciada foram os gastos públicos em relação as
obras da copa do mundo, a situação dos operários nas obras do PAC e os
escândalos de corrupção que assolam o país. Diversos manifestantes conclamaram
o povo a boicotar as eleições. “Não vivemos numa democracia, mas numa falsa. É
democracia para os ricos e ditadura para o povo pobre. Quando o povo se
organiza e luta é reprimido pela polícia. Por isso convocamos o povo a não
votar!”, foi enfático um dos presentes.
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