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Central de associações de Vilhena. |
Hoje a CPT atua com assessoria jurídica para as áreas de conflito, na perspectiva de permanência na terra, conta com um agente para trabalhar o tema da agroecologia, e na área de garantia dos direitos, conta com duas agentes no estado para a campanha contra o Trabalho Escravo.
No dia 18, na reunião da Central das Associações de Vilhena, foi apresentada a campanha contra o Trabalho Escravo: De Olho Aberto para não Virar Escravo. Observa-se que o medo, muito mais que a indiferença, ainda constitui um empecilho para a erradicação do problema. A população sente a necessidade de conhecer o que constitui a Escravidão Contemporânea, como forma de enfrentamento ao problema. Não esvaído o tema, fica a disposição a CPT e seus agentes para estar trabalhando a temática na região.

A luta pelos meios de produção, e por estrutura mínima como estradas e carreadores persiste, porém, tem-se a certeza que o povo unido tem força para defender os seus direitos.

As reações são diversas, algumas pessoas com uma compreensão do que é a escravidão contemporânea, mas muito sobre as facetas da escravidão contemporânea ainda são desconhecidos. Na região algumas análises ainda evidenciam a miséria, as contradições sociais, que fazem com que os trabalhadores se submetam a condição análoga a de escravo, acreditando ainda que aquilo é melhor que nada. A luta contra a escravidão perpassa várias etapas, entre elas a da prevenção, que constitui na informação no conhecimento, mas essa informação tem que permitir uma análise da sociedade e do modelo de desenvolvimento posto que tem gerado uma série de mazelas como a escravidão.
Certo é que não podemos nos acomodar e naturalizar essa situação, o primeiro passo é o da indignação, é ver no rosto de todo escravizado, a face humana e face de Deus sendo ferida, e com esse sentimento partimos da indignação para a ação libertadora, que é missão da igreja e de toda a sociedade, da qual a CPT tem a função de contribuir com esse processo.
As pessoas presentes dizem sentir falta da presença das pastorais sociais na região, e saem com o desafio de articulação para que essa presença se torne possível.
Ainda na parte da tarde do dia 19 de maio de 2013, agentes da CPT/RO, estiveram reunidos com representes dos movimentos sociais, e religiosos que atuam na Região do Cone Sul do Estado, visando a articulação das ações da CPT na região e também a participação da Diocese com agentes enquanto CPT. Muitos dos presentes tiveram e tem uma atuação importante como CPT na região, com isso o que se busca é que junto com as suas paróquias e em sintonia com a Diocese estejam se articulando enquanto grupo para participarem e atuarem na CPT, com um resgate daqueles que já realizaram esse trabalho e o envolvimento de mais pessoas que se identificam com a causa e os objetivos da CPT.
Assim, primeiro foi realizada uma socialização das realidades apresentadas e vivência enquanto movimento social, e os trabalhos que a CPT vem realizando e a preparação para o Conselho a ser realizado dia 23 a 25 de maio em Cacoal, bem como os preparativos para a assembléia eletiva da coordenação da CPT para o próximo triênio.
Como encaminhamento dessa reunião, os presentes definiram que um representante participará do Conselho, e encaminharam reunião para o dia 14 a fim de definirem seus representantes para a Assembleia eletiva da CPT.
Temos a certeza que a CPT enquanto pastoral social nascida da igreja católica precisa caminhar em sintonia com a igreja de forma ecumênica, sem se afastar do seu foco principal que é ser presença e atuar nas áreas de conflito no campo, e para ser essa presença a CPT conta com a atuação de agentes contratados e voluntários.
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