Agricultores prejudicados pelas usinas do Madeira

Estrada alagada no Assentamento Joana d' Arc. foto o rondoniense
Um grupo de moradores do Assentamento Joana d' Arc que não foram reassentados pela Usina de Santo Antônio, situados na margem esquerda do Rio Madeira, vem reclamando de abandono diante dos problemas causados pela alagação do reservatório sem obter soluções, pelo qual tem divulgado uma nota denunciando a situação e reclamações: 


As Associações dos Agricultores do Projeto de Assentamento Joana D'arc APRUJODA, COMISSÃO DAS AGROVILAS, ASSTA e ACAJOD vem a publico refutar as afirmações do Consórcio Santo Antônio, publicadas no dia 22/04/2013, que procura dar a impressão de que já fez tudo que podia e devia para os assentados do Projeto Joana D'Arc.
Entretanto, aproximadamente quinhentas famílias estão sofrendo diversas consequencias diretas do lago da Usina de Santo Antônio, sem ter recebido nenhum apoio ou indenização, já constatadas por técnicos do INCRA e do Ministério Público, que inclusive ingressou com a Ação Civil Pública, de número 0014433-03.2012.8.22.0001, dentre os quais se destacam os seguintes problemas:
1) Presença anormal de fauna - onça, jacaré, etc. - nas proximidades das casas, gerando um clima de insegurança a integridade física das famílias;
2) Ataque de onça e outros animais à cachorros, gado, etc., gerando, além de insegurança, danos materiais; 
3) Presença anormal de animais peçonhentos, como serpentes, aranhas, escorpião, etc. nas proximidades e interiores das residências;

4) Ataques de serpentes aos animais domésticos, gerando insegurança e prejuízos; 
5) Presença anormal de insetos, em especial mosquitos, diuturnamente o que gera grande transtorno e insatisfação, no trabalho e nos momentos de descansos;

6) Desativação da Escola Ercília Bigair de Aguiar da Linha 17 e da escola da Linha 15, deixando dezenas de crianças sem aulas;
7) Dificuldade de transito, devido as péssimas condições das estradas, além de vários pontos de alagamento; 
8) Afetação da área de produção com elevação do lençol freático, gerando perda de produção, diminuição da área de pastagem e insegurança produtiva;

9) Transbordamento dos igarapés e afloramento do lençol freático, tornando o solo perenemente encharcada, inviabilizando definitivamente a permanência das famílias.
Cumpre esclarecer, ainda, que as doações citadas pela Santo Antonio Energia não foram feitas diretamente para as famílias, mas para duas associações, cujos dirigentes estão respondendo processos na justiça, inclusive um está preso, os quais não destinaram as referidas doações para a comunidade. Como diz o ditado "quem paga mal, paga duas vez".

Diante do exposto, apresentamos publicamente as nossas reivindicações que são as seguintes: 
a) Ajuda de custo no valor de R$ 1240,00, igual a que foi paga para os que já foram reassentados; 
b) Pagamento de indenização das benfeitorias, da cobertura florística e terra nua; 
c) Fornecimento de assistência técnica, máquinas agrícolas, correção de solo (adubo e calcário); 
d) Reassentamento de todas as famílias na área que o INCRA informou ter disponível, próxima a União Bandeirantes; 
e) Construção de casa própria na nova propriedade. 


ASSOCIAÇÕES DO JOANA D'ARC 

Fonte: tudorondonia

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