Rondônia tem 3,465 milhões de hectares de terras degradadas





Gráfico da superfície desmatada de Rondônia.
 2- Pastos degradados: 34.600,00 km2 (3,4 milhões de hectares)
3 -Outros pastos: 20. 400 km2 (2,04 milhões de hectares)
Total de pastos: 55.000 km2 (5,5 milhões de hectares)
4 - Outras áreas desmatadas: 30.000 km2 (3,00 milhões de hectares)
Total de área desmatada: 85.000 km2 (8,5 milhões de hectares)
5 - Área remanescente de floresta: 152.576,00 (15,25 milhões de hectares)
Superfície total de Rondônia: 237.576,167 km 2 (23,57 milhões de hectares)


O nosso estado de Rondônia têm mais de 3.465 milhões de hectares (ou de campos de futebol) de pastos em processo de degradação. Este total corresponde a 14,5 % do total de superfícies do estado de Rondônia. A superfície total de Rondônia é arredor de 23,7 milhões de hectares, que correspondem a 237.576,167 km2. Por tanto, 23%. do estado, (5,5 milhões de hectares) está coberto de pasto; dos quais mais da metade (63%) são pastos degradados (3,4 milhões de hectares).


Fontes: Dados extraídos da divulgação do “Simpósio Manejo Sustentável das Pastagens de Rondônia”, (Porto Velho, dias 26, 27, 28 de setembro de 2012)
- Segundo a jornalista Renata Silva, "Dos cerca de 5,5 milhões de hectares de pastagens no estado de Rondônia, 63% estão em processo de degradação". 
- Escreveu Kadijah Suleiman, jornalista da Embrapa Rondônia, 
"Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que a área desmatada em Rondônia ultrapassa 85 mil quilômetros quadrados, dos quais estima-se que cerca de 70% são usados, em algum período, com pastagens. Isto corresponde a cerca de 35% do território do estado, totalizando mais de 5,5 milhões de hectares de pastagens".  






Com 12 milhões de cabeças de gado, apenas 1,8 milhões de bois (15%) correspondem aos pequenos agricultores que trabalham com gado leiteiro, pois 85% do gado de Rondônia é de pecuária de corte (10,2 milhões de cabeças de gado).


"Segundo a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), atualmente, o rebanho bovino rondoniense supera 12 milhões de cabeças e, desse total, cerca de 85% são de animais para a pecuária de corte. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade leiteira está entre os principais meios de sobrevivência da população rural de Rondônia, estando presente em aproximadamente 83% das propriedades rurais, na maioria de base familiar." 


1 – Área de floresta.
2 – Pasto de grandes fazendas: 46.750 km2
3 – Pasto de pequenos agricultores: 8.250 km2
4 – Outras áreas desmatadas: 30.000 km2


Se o porcentual de pecuária de corte se corresponder ao porcentual de pasto, as propriedades leiteiras de base familiar, não chegariam a um milhão de hectares, (ocupando apenas 8.250.000 km2 de terra), frente a 46.750.000 km2 dos fazendeiros (4,6 milhões de hectares), que são apenas 17% dos proprietários.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Rondônia, Claudio Townsend, nas últimas décadas, o estado de Rondônia foi submetido a um processo de desmatamento para o desenvolvimento da agricultura e, principalmente, da pecuária, devido a estímulos governamentais, provenientes de incentivos fiscais, implantação de projetos de assentamentos rurais, financiamentos a juros subsidiados, construção de estradas, etc. “Como resultado da conversão de floresta em pastagens, tem-se verificado consequências negativas para a região, como o aumento das áreas abandonadas com solos degradados e improdutivos”, informa Claudio. Ele acrescenta que “a retirada da floresta, fragilidade dos solos e a expansão da fronteira agrícola sem o devido conhecimento da vocação agroecológica da região, são fatores a serem considerados na análise sobre a expansão das áreas degradadas em Rondônia”.
De acordo com o pesquisador, a recuperação e/ou renovação, assim como a intensificação do uso de pastagens cultivadas devem ser indicadas visando reduzir a expansão em áreas de florestas e propiciando benefícios de ordem ambiental, econômica e social na busca pela sustentabilidade dos sistemas pastoris. “As estratégias usadas para a reabilitação da capacidade produtiva das pastagens buscam interromper o processo de degradação, combatendo as causas a ele associadas”, explica. 
Neste sentido, foram apresentados o sistema de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), pelo pesquisador da Embrapa Cerrados (Planaltina,DF), João Kluthcouski, que busca alternar pastagem com agricultura e floresta em uma mesma área, com a recuperação do solo, a incrementação da renda e a geração de empregos; e o sistema silvipastoril, abordado pelo pesquisador Vanderley Porfírio da Silva, da Embrapa Florestas (Colombo-PR), e que é a combinação de árvores, pastagem e gado numa mesma área ao mesmo tempo e manejados de forma integrada, com o objetivo de melhorar a produtividade por área. O sistema proporciona benefícios econômicos, ambientais e também sociais.
Com o sistema silvipastoril é possível intensificar a produção com o manejo integrado dos recursos naturais, evitando sua degradação e ainda recuperando sua capacidade produtiva. “Quanto à criação de gado, por exemplo, essa interação causa melhorias no ambiente produtivo pelo efeito sobre as pastagens; protege os animais nas intempéries; proporciona o bem-estar do animal; favorece a sobrevivência de bezerros e também a sanidade”, explica Porfírio.



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