Pimenteiras do Oeste, Rondônia, pode ter reconhecimento como comunidade quilombola.

Representantes quilombolas de Pimenteiras. Foto cpt ro


Rondônia - Quilombolas aguardam legitimidade de comunidade em Pimenteiras, RO
Data: 28/8/2012 . Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro vai fazer avaliação. O levantamento é esperado há três anos pelos remanescentes.
de Flávio Godoi. Do G1 RO
Os mais de 500 associados da Comunidade Remanescente Quilombola de Pimenteiras do Oeste, RO, aguardam ansiosos pelo dia 15 de setembro, data em que está marcada a visita ao município do chefe do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, Valdicley Vilas Boas, que deve reconhecer a legitimidade da associação.
Segundo a presidente da associação, Izabel Mendes, há três anos os remanescentes de Pimenteiras do Oeste, lutam juridicamente pela validação da entidade. “Já estamos com todos os documentos exigidos como a ata de fundação e o estatuto. Este vai ser um marco para o povo pimenteirense que tem mais da metade da população formada por descendentes dos quilombos da região”, diz Izabel.
Para fazer a avaliação da comunidade negra no município, Vilas Boas deve vir na companhia com antropólogos que farão o levantamento histórico e genealógico. “Nós queremos provas que somos descendentes do quilombo de Vila Bela da Santíssima Trindade e do quilombo do Piolho, ambos do Mato Grosso, cujos antepassados subiram o Rio Guaporé no século XIX”, conta a presidente.

A necessidade do reconhecimento da população quilombola de Pimenteiras do Oeste, de acordo com Izabel, é de importância cultural, acima de tudo. Segundo ela, muitos quilombolas não participam da associação por já estarem imersos na chamada “cultura branca”. “A interferência que a cultura negra vem passando deixa nosso povo sem identidade. Com a associação vamos conseguir manter as vestimentas, as comidas, a danças entre outras tradições”, estima Izabel.
Benefícios
Uma vez legitimados, os quilombolas de Pimenteiras vão receber incentivos do governo federal. O principal é a Bolsa Verde, que contempla famílias de ribeirinhos, indígenas e quilombolas dos estados que fazem parte da Amazônia Legal com repasses trimestrais de R$ 300 mil.
Os remanescentes do Vale do Rio Guaporé já receberam da prefeitura de Pimenteiras do Oeste o terreno doado para a construção da sede da comunidade a ser construída no próximo ano.
De conseguir o reconhecimento, será a oitava comunidade quilombola reconhecida em Rondônia, todas elas situadas no Vale do Guaporé.
Fonte: G1



Comentários

  1. essas familias que estao dizendo serem quilombos.de pimenteiras.sao daqui de seringueiras-br-429.entao vai ter que serem invetigados.por as autoridades maximas,que estao em brasilia-df.e as justiça internacionais,e a onu,pois falcificaçoes de documentos e crime.para quem faz.e para quem possui.entao nao podemos aceitar,mais isso ja era.pois hoje o mundo esta nas nossas maos,nosso muito obrigado.hermes cavalheiro

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    Respostas
    1. Pelo que conhecemos de Pimenteiras, não existe nenhuma falsidão. Eles merecem o reconhecimento, pois eles são legítimos descendentes dos quilombolas de Vila Bela do Mato Grosso e do quilombo do Piolho, que no século XVII desafiou, com a liderasnça duma mulher, Teresa de Benguela, a escravidão imposta pelos portugueses nas minas de ouro de Vila Rica da Santíssima Trindade (a atual Vila Bela). Os quilombolas de Seringueiras (Comunidade de Seu Jesus, no Rio São NMiguel) podem ser parentes deles, pois todos os quilombolas do Guaporé tem origem em Vila Bela ou no Forte Príncipe da Beira.

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