Bandidos atuam livremente em Seringueiras

Um grupo de elementos armados tomou controle dum acampamento de agricultores em Seringueiras. A denúncia é do Paraíba, uma das lideranças do Acampamento Paulo Freire 3.  Ele tentou registrar boletim de ocurrência, por ameaças na delegacia da polícia civil de Seringueiras, porém não conseguiu. Depois de receber visita da Ouvidoria Agrária do INCRA e comandantes da PM regional, para negociar a situação agrária dos acampados, contra os quais pesa uma ordem de reintegração de posse, ele foi orientado a tentar registrar novamente as ameaças e pedir proteção. 
O dia 14 de Maio ele conseguiu registrar boletim de ocurrência por ameaças e tirar cópia da mesma na Delegacia de Polícia Civil de Seringueiras, graças ao acompanhamento do padre da cidade. Ele fugiu logo depois, no mesmo dia, após saber que o estavam esperando numa emboscada na estrada que une os cinco kilómetro do acampamento à cidade de Seringueiras.
O Paraíba acudiu no Ministério Público de Rondônia em São Miguel do Guaporé o dia seguinte, dia 16 de maio de 2012 e registrou declarações dizendo estar sofrendo ameaças por parte de Emerson Marcos da Silva, Adilson José dos Santos e Martimar Pereira Miranda, o Tim.
No mesmo dia pela noite, José Barbosa da Silva, o Zé Albino ou Ceará, um agricultor que não tinha nada a ver, foi assassinado por engano na rodoviária da cidade, pensando que era o Paraíba. Cento e vinte mil reais teriam sido oferecidos pela morte dele. Martimar, o Tim,  teria sido reconhecido por testemunhas como o suposto assassino e faz poucos dias depois foi preso. Não se sabe do segundo comparsa que esperava ele na moto.
O Paraíba e outra liderança  já teriam sido vítimas de intento de assassinato em 01/08/2011, quando foram  atingidos por disparo. Os suposto atiradores, foram entregues a polícia, porém ainda continuam soltos.
Outros moradores também têm tido dificuldades em registrar ocurrências de ameaças contra a vida e a expulsão de suas moradias e destruição de lavouras e benfeitorias. Ainda supostos bandidos e traficantes de drogas relacionados com o grupo estariam usando o acampamento para acobertar os seu delitos e aterrorizar os restantes moradores. Outro suposto assaltante de banco também está envolvido com o grupo de pistoleiros, que armados continuam expulsando moradores e intimidando os mesmos na maior impunidade, para que não sejam registradas queixas ou obrigando a retirar algumas das ocurrências que já foram registradas.

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