UNIR divulga nota de solidariedade aos trabalhadores de Jirau
Nota de solidariedade aos operários da UHE de Jirau
No dia 03 de abril, operários da UHE Jirau em greve há 26 dias atearam fogo em 36 alojamentos e quebraram vários ônibus. Eles ficaram revoltados com a atitude traidora do Sticcero - Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Rondônia (CUT) e da empreiteira Camargo Correa de tentar por fim a greve a todo custo sem atender suas justas reivindicações.
No dia 29 de março, operários fecharam a entrada de acesso ao canteiro após serem notificados que os dias parados seriam descontados no pagamento. Mais de 260 policiais da Força Nacional de Segurança, Comando de Operações Especiais e Policia Federal, armados de fuzis, bombas de gás, spray de pimenta, pistolas de choque ficaram acampados dentro do canteiro de obras para intimidar e obrigar os operários a voltarem ao trabalho.
Na assembleia geral dos trabalhadores, realizada no dia 2 de abril, o Sticcero tentou com manobras aprovar a volta ao trabalho e foram repelidos pela imensa maioria dos operários que estavam decididos a manter a greve e começaram a vaiar e atirar pedras no carro de som e na diretoria pelega do sindicato. No mesmo dia a noite rompeu a revolta.
A Justiça decretou a prisão preventiva de 24 operários. No dia 5 de abril 10 operários foram presos acusados de liderar a revolta, não há informações da situação deles nem do local onde se encontram preso. O operário Francisco de Souza Lima, originário de Manaus, foi morto em situação ainda não esclarecida e sequer teve seu nome divulgado pela Camargo Correa. Há ainda relatos de que pelo menos 4 operários podem ter morrido dentro do canteiro.
Centenas de operários foram coagidos a assinar demissão e muitos foram obrigados a deixar o canteiro sem poder levar seus pertences. A maioria foi escoltada pela policia até o ginásio do SESI em Porto Velho que foi transformado numa espécie de campo de concentração onde ficaram mantidos em condições precárias até serem enviados para os estados de origem.
No dia 05 a população do distrito de Jaci Paraná fechou a BR 364 no trecho entre Rio Branco/AC e Porto Velho em solidariedade aos operários de Jirau e exigindo as melhorias prometidas pelo Consórcio Energia Sustentável do Brasil, responsável pelas obras em Jirau.
O Tribunal Regional do Trabalho que já havia decretado a greve ilegal e imoral acobertou também a manobra do consórcio ESBR de demitir os operários, negando a liminar do Ministério Público do Trabalho que havia exigido a imediata paralisação das obras no canteiro, mantendo o contrato de todos os operários e antecipando a “baixada”.
Boa parte da imprensa atacou a greve dos operários como coisa de uma minoria, de baderneiros que não querem trabalhar e “vândalos”, mas não disseram uma palavra sobre a precarização das condições de trabalho e diversas ilegalidades contra os trabalhadores. Tudo isso para justificar a repressão e violência policial contra os trabalhadores.
O ministro Gilberto Carvalho, que no passado foi dirigente da CUT, tentou descaracterizar as greves nas obras do PAC como não sendo reivindicativas, tachando os operários de Jirau de bandidos. Ou seja, a greve dos operários por melhores salários e condições de trabalho mais uma vez foi tratada como caso de polícia.
A situação que provocou esta greve é praticamente a mesma de um ano atrás, ou seja, nada do que foi acordado entre governo federal, grandes empreiteiras e centrais sindicais pelegas saiu do papel. Continua a mesma situação de precarização e superexploração em várias obras do PAC onde os trabalhadores estão sujeitos a todo tipo de abusos por parte das empreiteiras. Há relatos de mortes, acidentes de trabalho, humilhações, agressões físicas, trabalho escravo, não cumprimento da legislação trabalhista, atrasos nos pagamentos etc.
Nós do DCE UNIR repudiamos a atitude do governo Dilma (PT) e Confúcio Moura (PMDB) de tratar como bandidos os operários de Jirau e Santo Antonio, enviando polícia para intimidar, agredir e prender trabalhadores!
Também repudiamos as mentiras e calúnias de parte da imprensa de Rondônia contra a greve nas Usinas do Madeira!
Lutar por melhores condições de trabalho não é crime! A greve é um direito dos trabalhadores!
Diretório Central dos Estudantes da UNIR
No dia 03 de abril, operários da UHE Jirau em greve há 26 dias atearam fogo em 36 alojamentos e quebraram vários ônibus. Eles ficaram revoltados com a atitude traidora do Sticcero - Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Rondônia (CUT) e da empreiteira Camargo Correa de tentar por fim a greve a todo custo sem atender suas justas reivindicações.
No dia 29 de março, operários fecharam a entrada de acesso ao canteiro após serem notificados que os dias parados seriam descontados no pagamento. Mais de 260 policiais da Força Nacional de Segurança, Comando de Operações Especiais e Policia Federal, armados de fuzis, bombas de gás, spray de pimenta, pistolas de choque ficaram acampados dentro do canteiro de obras para intimidar e obrigar os operários a voltarem ao trabalho.
Na assembleia geral dos trabalhadores, realizada no dia 2 de abril, o Sticcero tentou com manobras aprovar a volta ao trabalho e foram repelidos pela imensa maioria dos operários que estavam decididos a manter a greve e começaram a vaiar e atirar pedras no carro de som e na diretoria pelega do sindicato. No mesmo dia a noite rompeu a revolta.
A Justiça decretou a prisão preventiva de 24 operários. No dia 5 de abril 10 operários foram presos acusados de liderar a revolta, não há informações da situação deles nem do local onde se encontram preso. O operário Francisco de Souza Lima, originário de Manaus, foi morto em situação ainda não esclarecida e sequer teve seu nome divulgado pela Camargo Correa. Há ainda relatos de que pelo menos 4 operários podem ter morrido dentro do canteiro.
Centenas de operários foram coagidos a assinar demissão e muitos foram obrigados a deixar o canteiro sem poder levar seus pertences. A maioria foi escoltada pela policia até o ginásio do SESI em Porto Velho que foi transformado numa espécie de campo de concentração onde ficaram mantidos em condições precárias até serem enviados para os estados de origem.
No dia 05 a população do distrito de Jaci Paraná fechou a BR 364 no trecho entre Rio Branco/AC e Porto Velho em solidariedade aos operários de Jirau e exigindo as melhorias prometidas pelo Consórcio Energia Sustentável do Brasil, responsável pelas obras em Jirau.
O Tribunal Regional do Trabalho que já havia decretado a greve ilegal e imoral acobertou também a manobra do consórcio ESBR de demitir os operários, negando a liminar do Ministério Público do Trabalho que havia exigido a imediata paralisação das obras no canteiro, mantendo o contrato de todos os operários e antecipando a “baixada”.
Boa parte da imprensa atacou a greve dos operários como coisa de uma minoria, de baderneiros que não querem trabalhar e “vândalos”, mas não disseram uma palavra sobre a precarização das condições de trabalho e diversas ilegalidades contra os trabalhadores. Tudo isso para justificar a repressão e violência policial contra os trabalhadores.
O ministro Gilberto Carvalho, que no passado foi dirigente da CUT, tentou descaracterizar as greves nas obras do PAC como não sendo reivindicativas, tachando os operários de Jirau de bandidos. Ou seja, a greve dos operários por melhores salários e condições de trabalho mais uma vez foi tratada como caso de polícia.
A situação que provocou esta greve é praticamente a mesma de um ano atrás, ou seja, nada do que foi acordado entre governo federal, grandes empreiteiras e centrais sindicais pelegas saiu do papel. Continua a mesma situação de precarização e superexploração em várias obras do PAC onde os trabalhadores estão sujeitos a todo tipo de abusos por parte das empreiteiras. Há relatos de mortes, acidentes de trabalho, humilhações, agressões físicas, trabalho escravo, não cumprimento da legislação trabalhista, atrasos nos pagamentos etc.
Nós do DCE UNIR repudiamos a atitude do governo Dilma (PT) e Confúcio Moura (PMDB) de tratar como bandidos os operários de Jirau e Santo Antonio, enviando polícia para intimidar, agredir e prender trabalhadores!
Também repudiamos as mentiras e calúnias de parte da imprensa de Rondônia contra a greve nas Usinas do Madeira!
Lutar por melhores condições de trabalho não é crime! A greve é um direito dos trabalhadores!
Diretório Central dos Estudantes da UNIR
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