Liga Camponeses Pobres acusada de tentar ocupar fazenda


Bandeira teria sido usada para incriminar a Liga. Foto: newsrondonia

Um grupo de criminosos invadiu pelo menos 5 fazendas nas últimas semanas na região de Buritis e os proprietários estão culpando a Liga Camponesa Pobre (LCP), movimento de sem –terra que mantém acampamentos em Jacinópolis. Na madrugada de quinta-feira, 12/3/12, homens armados invadiram uma propriedade na Linha C-52, onde há grande criação de peixes e gado. Não se sabe ainda o que foi roubado, segundo explicou o advogado José Luiz Lenzi, que passou a área para sua ex-esposa. Mas ele negou que fossem pessoas ligadas a LCP. Para ele, o grupo que anda aterrorizando a localidade é formado por pessoas que trabalhavam em serrarias em Jaru e Buritis e que foram demitidos. Fonte naoraonline. A acusação do grupo ser da  LCP  é visto como intento de criminalização é de justificar a execução duma liderança do grupo dois dias antes.

A Polícia Militar de Monte Negro teria chegado ao local ocupado no final do dia, e o grupo fugiu deixando para trás roupas, pertences, 200 gramas de chumbo grosso, 1 caixa de espoletas, 1 cartucho deflagrado calibre 16, 1 rolo de lona preta para possível cobertura de barracos, 3 caixas de foguetes e uma faixa com sigla “LIGA” fixada na porteira de entrada.
Teria sido resgatado grupo de quatro funcionários, que decidiram também abandonar o local. Em Buritis circula a informação que grupo de bandidos se fazem passar por sem terras para realizar ações criminosas.
O Tenente Coronel da PM Ênedy Dias teria declarado, segundo o Diário da Amazônia, "Sabemos que no meio dos camponeses há muitas pessoas de bem, que querem a terra para reforma agrária. O que não podemos impedir é que criminosos travestidos de agricultores espalhem o terror na região". " Já temos um trabalho de inteligência em andamento para tirar de circulação criminosos que estão infiltrados nos movimentos de sem-terra". 
A LCP tem denunciado a polícia de ter divulgado fotografias do celular da liderança falecida.

Comentários

  1. Confirmado pelo próprio proprietário que não era gente da LCP. Confirmem nas próprias notícias dos sites. Esse tipo de noticia visa promover um clima para que a perseguição à Liga continue. Por que a CPT não se dirige a essas áreas de conflito? Qual o posicionamento da CPT-RO frente a tudo isso? Por que não sai nenhuma critica a política agrária do governo Dilma?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nós não temos pernas para tudo. Colocamos as fontes da informação, se vcs desmentem era bom o fazer com nome, sobrenome, ou pelo menos em nosso email. Vamos desmentir em base da informação de quem?

      Excluir
  2. Ei, pessoal da CPT! Estão por fora heim? Estão agindo como a imprensa comprada pelos latifundiários. Como publicam esse tipo de matéria? Estão loucos? Esse tipo de matéria faz parte da estratégia de criminalização à luta pela terra. Não foi a Liga que fez isso, não tem nada a ver com a Liga essa ação aí... O proprio fazendeiro declarou na imprensa que é um grupo de trabalhadores demitidos de uma serraria de Jaru e Buritis.
    Faça o favor, um órgão como a CPT, que sempre defendeu o povo, entrar nessa onda de reproduzir esse tipo de materia publicada pelos latifundiários nos causa muita decepção.
    Os mesmos que assassinaram o professor Renato tem se encarregado de gazer uma campanha contra a LCP para justrificar seus crimes contra os camponeses pobres em Rondônia. É preciso abrir os olhos, CPT. Essa organização deve estar ao lado do povo!! É o que esperamos...

    ResponderExcluir
  3. As pernas da CPT alcançou o noticiário dos latifundiários e do Tenente Coronel da PM Ênedy Dias, o maior perseguidor do movimento camponês. As pernas da CPT deveria alcançar os movimentos que lutam pela terra e suas notícias, suas posições. Esse tipo de notícia colhida na imprensa marrom de Rondônia não combina com a CPT. Acho que a coordenação da CPT deveria avaliar isso. Voce perguntam: "Vamos desmentir em base da informação de quem?" Eu pergunto: como acreditaram nisso? Porque foram logo publicando sem antes investigar a veracidade do fato? Não é possivel que compartilhem dessa visão.
    Eu sempre tive muito respeito pela CPT e estranhei muito ver esse tipo de publicação na página. Me senti como se estivesse abrindo um site da UDR... Desculpe o desabafo!
    Carla Pereira

    ResponderExcluir
  4. Fábio Arthur de Oliveira15 de abril de 2012 às 21:12

    Olá, coordenadores da CPT,
    Vejam as matérias abaixo. O proprietário da fazenda diz que não foi a LCP. Latifundiários e policia usam bandeira da LCP para criminalizar o movimento e os reacionários dessa imprensa comprada publicam esses absurdos. Tirem isso da página... Essa não é a CPT de Rondônia que conhecemos. Saudades do Pe. Afonso.

    http://www.nahoraonline.com.br/lendo.asp?id=8802

    http://www.rondoniagora.com/noticias/grupo-de-criminosos-atua-na-regiao-de-buritis-e-fazendeiros-culpam-lcp-2012-04-13.htm

    Abraços a todos.

    Fábio Arthur de Oliveira
    Pastoral da Juventude

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado por colaborar. Nós também sentimos falta do Pe. Afonso. Talvez vc poderia nos ajudar também.

      Excluir
  5. Fábio Arthur de Oliveira17 de abril de 2012 às 17:50

    Posso contribuir sempre que necessário, mas enquanto esse tipo de matéria for publicada no site da CPT eu não posso me posicionar de outra forma a não ser criticando. Qualquer cego consegue enxergar o caráter dessa matéria... É preciso ter cuidado com o que se publica, senão a página passa a ser um instrumento do latifúndio e não do povo oprimido do campo.
    Não sei porque ainda não retiraram essa matéria do site...Já viram que é uma informação falsa. Estranho...

    ResponderExcluir
  6. Já corrigimos a matéria. Se a Liga é acusada injustamnete e criminalizada, esta é uma notícia relevante que precisa ser divulgada.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Agradecemos suas opiniões e informações.

Postagens mais visitadas deste blog

O acidente das usinas que nos esconderam

Santo Antônio do Matupi, no Km 180 da transamazônica.

POLICIAIS INVADEM E AMEAÇAM FAMÍLIAS ACAMPADAS EM RONDÔNIA