Sétimo dia de greve na Usina de Jirau, em Porto Velho.

Operários da Usina de Jirau em assembléia. Foto CUT RO.
Os trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho, ontem decidiram manter a greve (16/03/12). Enquanto trabalhadores demitidos realizaram uma paseata pelo centro de Porto Velho.  Por outro lado o Deputado federal Padre Ton (PT RO) anuncia visita à Usina da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara de deputados. Junto a outras entidades a CPT RO está organizando uma audiência pública o próximo dia 30 de março de 2012 para debater as violações dos diretos humanos e trabalhistas nas Usinas do Madeira.

A informação sobre a greve da usina de Jirau é da página da CUT-RO é  de Raimundo Soares Enelson, presidente do Sindicato dos Empregados da Construção Civil do Estado de Rondônia (Sticcero). A decisão ocorreu após assembleia de funcionários das empresas Enesa Engenharia e Camargo Corrêa no canteiro de obras sexta feira. Na quinta-feira (15), a Justiça do Trabalho declarou ilegal a greve de trabalhadores da usina e fixou multa diária de R$ 200 mil para os trabalhadores em caso de descumprimento da decisão. A pauta de reivindicações do sindicato tem 10 itens, entre eles aumento de 30% do salário, cinco dias de folga a cada 70 dias trabalhados (atualmente, a folga é a cada 90 dias corridos de trabalho), aumento do valor da cesta básica de R$ 170 para R$ 350, plano de saúde gratuito extensivo a familiares, aumento de periculosidade e insalubridade e disponibilidade de um médico ginecologista no posto de saúde do canteiro de obras.

A Enesa Engenharia é uma empresa contratada pela Energia Sustentável do Brasil para a realização de serviços complementares, como montagem de geradores, enquanto a Camargo Corrêa, uma das sócias do consórcio responsável pela execução das obras civis. A usina é detida pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil, formado pela GDF Suez, Eletrosul e Chesf, ambas da Eletrobras, além da Camargo Corrêa. Segundo a Camargo Corrêa, funcionários têm sido impedidos de trabalhar desde a última quinta-feira (8) e as obras seguem paralisadas, com apenas os serviços essenciais como segurança sendo garantidos.
Em março do ano passado, a hidrelétrica de 3.750 megawatts (MW) e que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, registrou uma revolta de trabalhadores que resultou na destruição de instalações, suspensão da obra e dispensa temporária de 10 mil trabalhadores.

Cerca de 80 trabalhadores foram atingidas pelo impasse
Trabalhadores dimitidos de Jirau se manifestam.
Foto Diário da Amazônia
Segundo o Diário da Amazônia, são 80 os trabalhadores demitidos, que realizavam serviços de desmatamento pela empresa WPG, empresa subcontratada pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR). Desde outubro de 2011 estão dimitidos, sem receber e com a carteira de trabalho retida pela empresa, que alega dívidas da ESBR.  "Estamos passando necessidade". Sxeta feira realizaram passeata pelo centro de Porto Velho para chamar a atenção da sociedade sobre a forma irregular e desumana como as usinas estão dimitindo os funcionários.
Por outro lado o Deputado Federal do PT de Rondônia, Padre Ton, tem anunciado visita ao canteiro de obras de Jirau dos Deputados Federais da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados para verificar a situação dos trabalhadores que constroem as duas usinas hidrelétricas do rio Madeira. “A nova composição da Comissão de Direitos Humanos entende ser necessário acompanhar a questão dos direitos trabalhistas dos operários das usinas, que em passado recente tiveram direitos violados, conforme atestou o Ministério Público. E essa decisão não será apenas com os empreendimentos de Rondônia. A idéia é fazer esse trabalho em outros estados que comportam empreendimentos de porte semelhante, previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, esclarece o deputado Padre Ton, que assumiu a segunda vice-presidência da Comissão.





Comentários

  1. essa greve quando vai acabar??

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  2. quanto ao plano de saúde: que plano de saúde é esse que só beneficia o trabalhador aí em porto velho? e a familia como fica? se for preciso usar esse plano, quem vai pagar as despesas, visto que a familia tem que ir a porto velho para só então fazer uso do plano? isso nao é justo. queremos que essa greve acabe logo, mais também queremos ser bem tratados.plano de saúde nacional já!!!!!!

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