Amazônia brasileira e a migração haitiana para Porto Velho
Haitianos em Porto Velho representam a história de escravidão e libertação do Haiti. Foto: Pastoral dos Mirantes |
A viagem dos haitianos começa por terra, de ônibus até o país vizinho, a República Dominicana depois partem para o Panamá de barco ou avião. Do Panamá vão para o Equador, mais uma vez de barco ou avião e de lá a viagem é por terra nas arriscadas estradas até a capital peruana, Lima. No Peru, o fluxo migratório se divide em dois principais caminhos: a tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, em Tabatinga ou para a divisa com o Acre.
A Amazônia brasileira é a fronteira de entrada dos imigrantes haitianos que estão nos estados do Amazonas, Acre e Rondônia. Na capital rondoniense, Porto Velho, estimamos que cerca de 500 haitianos residem na cidade, a maioria encontra-se empregada e quase todos têm documentos legais do governo brasileiro, como carteira de trabalho, CPF, visto provisório ou permanente, carteira de vacinação ou estão registrados, aguardando a liberação documental.
Haitianos na PF em Tabatinga. Foto: acritica |
Os haitianos estão sendo inseridos no mercado de trabalho de Porto Velho por meio da construção civil, bares e restaurantes, limpeza urbana, nos chamados empregos de imigrantes nos países de capitalismo mais desenvolvido. O aprendizado da língua portuguesa se dá no trabalho, no lazer e em aulas com professores brasileiros que acontecem duas vezes por semana, num projeto de extensão da Universidade Federal de Rondônia, em parceria com a Paróquia São João Bosco, com a contribuição de voluntários e da Pastoral do Migrante. A Ajuda Humanitária na cidade de Porto Velho acontece por meio do Estado, da Igreja Católica e de pessoas da Sociedade Civil, como voluntários e doadores de objetos e alimentos.
No dia 20 de dezembro de 2011, reunidos em Brasília, alguns senadores, representantes do Governo e das Nações Unidas discutiram a imigração haitiana para o Brasil. O senador Aníbal Diniz (AC) alegou que o Acre “estava sozinho” e outro acreano, Jorge Viana, defende uma “política especial de imigração” para que possamos receber entre 10 e 20 mil haitianos legalmente como “convidados” e pela porta da frente. É importante ressaltarmos que o Brasil deu início há seis meses ao Plano Estratégico de Fronteiras, objetivando o combate à criminalidade o que, consequentemente, influirá sobre o fluxo de pessoas estrangeiras entrando no país em um dos 2,4 milhões de km² fronteiriços.
O Haiti é o país mais pobre das Américas e do Caribe, tem cerca de 9 milhões de habitantes e teve sua capital política e econômica, Porto Príncipe, devastada em janeiro de 2010 por um terremoto, provocando a morte de cerca de 200 mil pessoas e desabrigando cerca de 1 milhão. Entre 1957 e 1971 foi governado pelos tiranos ditadores François Duvalier, o Papa Doc e de 1971 a 1986, por seu filho, Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc. Os haitianos falam a língua crioula e o segundo idioma é o francês. O espanhol e o inglês são idiomas conhecidos por parte de muitos deles.
Os haitianos que estão em Porto Velho vieram para trabalhar e com a expectativa de uma vida melhor para, dessa forma, poderem ajudar os que ficaram no Haiti. Nos projetos de extensão e pesquisa linguística e antropológica que estamos realizando, temos aprendido muito com os haitianos, inclusive que, segundo alguns de nossos entrevistados, “não existe país igual ao Brasil, aqui as pessoas ajudam e recebem as pessoas bem”. Sabemos que os brasileiros têm fama de bons anfitriões e que, também, é premente uma discussão ampla para que repensemos o conceito de refugiado e reflitamos sobre Ajuda Humanitária e Direitos Humanos.
O Brasil é signatário da ONU e a migração haitiana para nosso país é uma questão de política e relações internacionais, tanto com o Haiti quanto com a França, que foi a colonizadora daquele país. O Brasil tem uma grande oportunidade de desempenhar um papel crucial nas discussões sobre relações internacionais, os objetivos das Nações Unidas, a Ajuda Humanitária, a migração internacional, exilados e refugiados do século XXI. Somos conhecidos como o “país do futuro”. O futuro é agora! Já são cerca de 5.000 haitianos no Brasil e uma coisa é certa: mandá-los de volta ao Haiti seria o mesmo que ferir os Direitos Humanos internacionalmente.
Fonte: Pastoral dos Migrantes Porto Velho
Parabéns! A integração à sociedade faz com que o nivél de vida dos brasileiros continue à subir. Vamos manter o que é nosso,ensinar nossa lingua e tradiçoes aqueles que vem fazer parte de nossa patria.Assim cresceremos junts e harmoniosamente.
ResponderExcluirpreciso de serralheiro e montador de estrutura metálica haitiano salário mínimo para começar e ajuda de custo para alimentação, pago passagem para o Rio de Jaoneiro, sou um pequeno Empresário preciso de funcionários pois os cariocas não querem nada estou procurando pessoas queiram trabalhar, eu comecei com um sonho e estou realizado pois só falta pessoas que tenham visão de progresso, nosso país mudou, mais poucos estão vendo isto.
ResponderExcluirQUEM AI DESTE Lado que ver esta mensagem pense em ajudar aos haitianos que eles con suas dificuldades hoje poderãomais tarde dizer a seus descendente que ele procurou o melhor para ele com seu sacrifício e humildade conseguiu vencer os obstáculos, poirque só vence quem luta, pois o derrotado foge da luta.
EXEMPLO DE VITÓRIO E LUTA ( AYRTON SENA DA SILVA, RICARDO DA SILVA BARBOSA, MARIA JOSÉ DOS SANTOS BARBOSA ( MINHA MÃE ) É MAIS TEM TAMBEM O MEU PAI QUE SE CHAMA SAINT' CLAIR DA SILVA BARBOSA QUE TAMBEM TEM O SILVA NO SOBRENOME, NUNCA DESISTA ( GUERREIRO NÃO CHORA ) LUTE A SUA VITÓRIA SÓ DEPENTE DE VOCÊ
isso me ajudo bastante nun Trabalho de Geografia , que eu tive que Fazer ! bjs !
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