35ª Semana do Migrante "Onde está teu irmão, tua irmã?”
O convite
para celebrar a Semana do Migrante é uma oportunidade para aprofundar nossa espiritualidade
profética e nosso compromisso com o Evangelho de Jesus Cristo, com a transformação
social e com a vida daqueles e daquelas que mais sofrem, cultivando a
esperança, a solidariedade e o amor fraterno.
Em sua
35ª edição, diante do cenário de crescentes fluxos migratórios, da crise
sanitária e social que se intensificou para a população migrante no Brasil, com
a pandemia de Covid-19, a iniciativa propõe o tema Migração e acolhida.
"Onde está
teu irmão, tua irmã?” é pergunta que faz o lema bíblico da 35ª edição da "Onde está teu irmão, tua irmã?” evento que há mais de três décadas mobiliza pessoas, grupos e
comunidades para desencadear ações que promovam acolhida, integração, defesa de
direitos, além de partilha, no campo das experiências sagradas e multiculturais
de todos os povos.
Somos a
Igreja viva e peregrina, e em todos os
tempo, principalmente neste que estamos atravessando, faz-se necessário e de
suma importância refletir sobre a realidade de nossos irmãos e irmãs que
precisam de apoio e espírito de fraterno e solidário. “O próprio lema nos motiva a vivenciar a
solidariedade, a compaixão, precisamos testemunhar o Evangelho”.
A
inspiração bíblica no lema, a partir do livro do Gênesis, nos inquieta ao que
Deus nos interpela: ‘Onde está o teu irmão, tua irmã?’ (Cf. Gn 4,9). “Qual é minha, a sua resposta a Deus? É a
mesma resposta de Caim que interpela a Deus dizendo: ‘Por acaso eu sou o guarda
do meu irmão?’ Ou nossa resposta é afirmativa: Eu sou guarda do meu irmão. Precisamos
nos lembrar que somos humanos e necessitamos uns dos outros. Muitas vezes, acabamos
não agindo como irmãos uns dos outros, e nem nos dispomos a ajudar aqueles e
aquelas que estão ao nosso redor precisando de solidariedade, consolo, amizade
e presença. Nestes tempos de pandemia a gente faz ações emergências, de ajuda o
outro, que é expressão de amor e compromisso, mas enquanto Igreja precisamos
sempre estarmos atentos, solidários e acolhedores.


Neste
sentido, a Semana do Migrante desperta a nossa atenção para o aumento do fluxo
migratório e das situações de refúgio nos últimos anos. Podemos observar um
triste cenário que o país enfrenta com esta crise política e econômica que acentua
cada vez mais a vulnerabilidade da população empobrecida, aumenta o
desemprego, a miséria, a fome e as expectativas de quem busca uma vida mais digna,
e, entre os que mais sofrem, estão as pessoas em situação de mobilidade e migração,
que são pessoas invisíveis para o sistema e, para elas não se efetivam nem políticas
públicas, nem direitos.
A dinâmica
da Semana do Migrante nos convida a retomar o apelo da Campanha da Fraternidade
2020 que trouxe o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10, 33-34).
“Os irmãos e irmãs caídas à beira do caminho demandam de nós o olhar, a atenção
e o cuidado.
Este ano a Semana do Migrante tem um sabor de
celebração, de festa, há 35 anos nascia o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM),
como órgão vinculado à CNBB, já com a missão de animar e promover a Semana do
Migrante todos os anos, num gesto de fidelidade à Igreja e aos migrantes.
A Semana do Migrante acontece a partir da integração das diversas organizações
que atuam no cuidado humano, na atenção pastoral e na defesa de direitos da
população migrante no Brasil. Unidos, Comissão Episcopal Pastoral para Ação
Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Cáritas
Brasileira, Serviço Pastoral do Migrante(SPM), em articulação com a Comissão
Pastoral da Terra (CPT), o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), o Conselho
Pastoral dos Pescadores (CPP), a Pastoral da Juventude Rural (PJR), o Serviço
Jesuíta para Migrantes e Refugiados (SJMR), o Instituído Migração e Direitos
Humanos (IMDH) e a Missão Paz, com o apoio da 6ª Semana Social Brasileira,
mobilizam a programação com celebrações e Lives que se estendem de 14 a 21 de
junho.
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