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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Em Rondônia deputados tentam a abertura de estrada por Parque Natural

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Br 421 sendo aberta dentro do Parque Nacional de Guajará Mirim. foto rondonianews Atualizado 28/2/14> De forma oportunista, aproveitando a situação de isolamento e calamidade de Guajará Mirim e Nova Mamoré que teria sido provocada pelas barragens do Madeira, deputados de Rondônia autorizaram estrada dentro de Parque Natural de Guajará Mirim. A estrada BR-421, planejada faz décadas, estava interditada por motivos ambientais. Na década de 90 a Área Indígena Karipuna já foi reduzida a metade por causa da estrada planejada. A região concentra os índices de desmatamento mais intensos de Rondônia, com a invasão da Flona Bom Futuro e da Resex de Jaci Paraná. A estrada já foi aberta de forma clandestina e precária faz alguns anos. A autorização pretende consolidar o traçado de forma mais decisiva aproveitando a situação que teria sido provocada pelas barragens do Madeira. Diversas decisões da justiça federal têm impedido até o momento a abertura legal da mesma. Na região tem constânci

Bolivianos culpam Brasil por enchentes

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Publicamos matéria sobre como as alagações na bacia superior mostram percussões das barragens do madeira. Também no final anuncio de ordem do governo para fechamento de todas turbinas de Santo Antônio , confirmando que o funcionamento das mesmas estaria agravando o problema. O engenheiro Kruger Darwich afirma de forma categórica a responsabilidade das usinas, enquanto a enchente atingiu a cota de 18,58 m . a Prefeitura diz que enchente já causou prejuízos de 586 milhões em Porto Velho. Bolivianos culpam Brasil por enchentes Mais um imbróglio vem aí pela frente envolvendo as usinas do rio Madeira, o progresso e a discórdia. O consultor ambiental boliviano, Walter Justiniano Martinez, 54, de Guayaramerin (Bolívia), tem em mãos um relatório onde consta que o Brasil é o culpado pelas enchentes na Bolívia, que culminou com 60 pessoas mortas e 90 mil cabeças de gados perdidas. O presidente Evo Morales, solicitou na semana passada, investigações sobre o impacto das enchentes no rio Beni.

Sensação de impunidade mantém trabalho escravo, diz deputado

Situação dos trabalhadores da construtora Camargo Corrêa nas usinas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia. O presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga o tráfico de pessoas, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), considera que a crença de que não serão punidos faz com que empresários mantenham trabalhadores em situações semelhantes à de escravos. Jordy comentou os dados divulgados na semana passada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), que mostram que, pela primeira vez, no Brasil, o número de trabalhadores nas cidades libertados de condições análogas à de escravos superou o de resgatados no campo. Em 2013, foram 2.208 trabalhadores libertados no Brasil, sendo 56% deles nas áreas urbanas. O parlamentar ressaltou que o tráfico de pessoas está muito relacionado ao trabalho escravo, inclusive para fins de exploração sexual. Ele citou algumas dessas ocorrências investigadas pela CPI, como o resgate de mulheres na Usina de Belo Monte, no Pará, onde eram expl

Em Rondônia, polícia "põe pra cima" atingidos por barragens

O PM recebe uma ligação em seu celular. Ouve atentamente as informações. Vira-se para os outros policiais e ordena: "Põe pra cima". Prontamente, os policiais empunham as espingardas com bala de borracha e engatilham. Apontam para o grupo de 500 pessoas. A arma para "conter tumultos violentos ou manifestações", tão conhecida dos movimentos sociais e "popularizada" desde as Jornadas de Junho, foram disparadas por volta das 17h desta sexta-feira (21) para reprimir o trancamento da BR 364, realizado por moradores de Jaci Paraná, distrito localizado a cerca de 100 quilômetros de Porto Velho, capital de Rondônia. A rodovia dá acesso à Usina de Jirau, o que  bloquearia o trânsito e a passagem dos ônibus que levam os operários às obras da hidrelétrica. Desde 2009, com o início da construção da barragem para a hidrelétrica de Santo Antônio, as empresas envolvidas demonstraram que não mediriam esforços para levar o empreendimento adiante. Com a correr

Rondônia recebem 36 motoniveladoras do PAC2

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Esta é a segunda etapa dos equipamentos do MDA para os pequenos municípios de RO. Sabemos que os equipamentos por si só não representam avanços se não vier acompanhado de uma ampla discussão entre os agricultores sobre sua utilização e todos acompanhar esse processo. Já existem denúncias de equipamentos sendo utilizados para outras finalidade que não aquelas de atender e fortalecer a agricultura familiar. As associações e sindicatos locais são parte nesse processo de cobrança e acompanhamento. Governo federal investe R$ 27 milhões para a melhoria das estradas vicinais do estado O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) entrega, nesta segunda-feira (24), 36 máquinas motoniveladoras aos municípios rondonienses dentro do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2). O evento acontecerá no pátio do Incra, às 9 horas, com a participação do governador Confúcio Moura, prefeitos dos municípios contemplados, gestores do MDA e Incra. A destinação das motoniveladoras tem como

Governo manda desligar 11 turbinas de Santo Antônio

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1.600 famílias atingidas até o sábado pelas alagações do Madeira. O nível do Rio Madeira, aferido às 11 horas deste sábado, atingiu a cota de 18,22 metros, com mais de 1,6 mil famílias retiradas de suas casas em Porto Velho e nos 14 distritos da capital atingidos, informou o tenente do Corpo de Bombeiros José Constantino. "Esse número de famílias pode aumentar a qualquer momento, pois nós somos solicitados a socorrer pessoas em todos os bairros da capital.", disse o tenente. O Ministério Público de Rondônia deu prazo para que as usinas se posicionem . (G1) Comportas da Usina de Santo Antônio. Foto Santiago Caverna / G1 Governo mandou desligar 11 turbinas de Santo Antônio. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ordenou que Usina Hidrelétrica (UHE) Santo Antônio, construída no Rio Madeira, em Porto Velho , desligue 11 das 24 turbinas em atividade, por conta da cheia histórica do rio que já atingia, na sexta-feira (21.2.14), a cota de 18,02 metros. A medida

Morre Digut Gavião, uma das grandes referências indígenas de Rondônia

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Morreu uma das lideranças indígenas do Povo Gavião, em Rondônia. Ele foi dos que na época liderou a oposição a construção da Usina de Ji Paraná. A proposta foi substituída pela atual de Tabajara, no mesmo Rio Machado.  Publicamos aqui homenagem divulgada ao grande Digut, o mais velho dos guerreiros Gavião de nossos tempos, que faleceu sexra feira, 21/2/14. Segue abaixo a transcrição de um dos diálogos travados com o chefe do acampamento e funcionários do CNEC, em 1988, no local onde seria construída a Usina Ji-Paraná, impedida após muita luta social. Digut aparece na foto, enfrentando os barrageiros. Se fosse construída, estaríamos em situação parecida com a de Porto Velho, incluindo Ariquemes, Jaru, Medici... Parte de Ji-Paraná ficaria debaixo d'agua, mesmo fora das temporadas de chuva. Em tempos de enchentes mal explicadas, dura repressão à luta dos atingidos por barragem e tantos projetos de morte rondando os rios amazônicos, o empenho dos Arara e dos Gavião contra as barr

Famílias foram despejadas por segunda vez, em Rio Crespo, Rondônia

Segundo fontes do grupo, entre 12 e 13 famílias de agricultores foram despejados ontem, dia 21 de fevereiro de 201,  por forças policiais de Ariquemes . Os agricultores ocupavam por mais de ano uma área da BR 364 sentido Porto Velho, no lado esquerdo,  a 33 Km de Ariquemes, no Lote n. 5 e n. 4 do PAD Marechal Dutra. na Gleba n.25. Tratando-se de parte de grupo de 17 famílias que já foram despejados da Flona Bom Futuro, no Rio Pardo, onde tinham produção de café e cacau. Atualmente as famílias se dispersaram, sendo acolhidas em casas de parentes e amigos. Segundo os mesmos, eles foram obrigados a ocupár a área de Rio Crespo, depois que as promessas do governo de Rondônia não foram cumpridas após o acordo com o Gogerno Federal no plano de desocupação da Flona Bom Futuro. Eles receberam por alguns poucos meses um salário mínimo de indenização, (mostraram um cartão do Plano Futuro Bolsa Guaporé), porém por mais de quatro meses o pagamento do governo está atrasado. Segundo algumas pe

Reservatório de Jirau: O planejado não tem nada a ver com a realidade

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Comparem a imagem do planejamento do Reservatório de Jirau com as fotografias sobre a realidade atual. Observem onde ficava a estrada BR-364 no projeto técnico do empreendimento. Imagem de 2009 de Sabrina Craide e Luana Lourenço na Agência Brasil publicada por ecodebate . BR ficava longe da área do reservatório. No planejamento divulgado em  2009 a BR 364 ficava longe da área alagada.  Com 18 m. de altura em Porto Velho, no dia 21 de fevereiro de 2014, a estrada está alagada. Estrada BR 364 e antigas pontes da ferrovia foram levantadas. Foto: Imagemnews A BR 364 e as antigas pontes de ferro da Ferrovia Madeira Mamoré foram levantadas. Porém hoje encontram-se embaixo d´água do reservatório da UHE Jirau.   Pontes da ferrovia Madeira Mamoré embaixo d' água. foto rondoniagora Estrad BR 364 embaixo d' água. foto rondoniagora  

PM atira contra atingidos e prende três lideranças em Rondônia

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Informação e fotos divulgadas pelo  Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)   Por volta das 17 horas desta sexta-feira (21.2.14), a Polícia Militar do Governo do Estado de Rondônia reprimiu violentamente o trancamento da BR 364, realizado por moradores de Jaci Paraná, distrito localizado a cerca de 100 quilômetros de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, e atingido integralmente pela barragem da hidrelétrica de Santo Antônio. Horas antes, representantes dos moradores de Jaci Paraná, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e da Polícia Militar entraram em acordo em relação à manifestação. Os atingidos alternariam doze horas de trancamento com duas de rodovia liberada. Entretanto, poucas horas após o início do trancamento, um contingente da PM foi acionado para reprimir os moradores. Os policiais atiraram balas de borracha e prenderam três pessoas que foram levadas à cidade de Porto Velho. Militantes do MAB e moradores de Jaci Paraná exigem a soltura imedi

Tsunami na Amazônia

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Reproduzimos matéria publicada no Yahoo Notícias confirmando a notícia da possibilidade de uma ensecadeira da Usina de Jirau sucumbir a força das águas do Madeira. . Por Lúcio Flávio Pinto | Cartas da Amazônia – sex, 21 de fev de 2014 Imagem das comportas abertas da usina de Santo Antônio, 80 km abaixo de Jirau. foto internet O rio Madeira é o afluente do Amazonas, o maior rio do planeta com maior volume de água (e de sedimento). Ontem sua vazão passou de 51 milhões de litros de água por segundo. É a maior já registrada em 100 anos no posto de Porto Velho, a capital de Rondônia. Com 500 mil habitantes, a cidade é o local mais atingido pela elevação do rio, que está 18 metros acima do seu nível normal. Mais de duas mil famílias já tiveram que abandonar suas casas. Os danos, já avaliados em R$ 360 milhões, têm a dimensão dessa vasta bacia. Como consequência, o Estado do Acre, a oeste, ficou isolado por terra do restante do Brasil. Se o Madeira continua a ter o increment

Rio Madeira: O caminho da solidariedade.

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Palavra de Dom Moacyr Grechi – Arcebispo Emérito de Porto Velho Matéria 408 - Edição de Domingo – 23/02/2014 O caminho da solidariedade Estamos próximos do período quaresmal: de um lado, o Carnaval com seus desfiles e blocos e ainda, famílias que se preparam para a Quaresma com encontros comunitários e retiros. De outro, uma tragédia ecológica prevista: a inundação do Rio Madeira atingindo e crucificando milhares de famílias e inúmeras comunidades tradicionais, impactadas ou não pelas hidrelétricas, que também foram afetadas e estão isoladas. Famílias abrigadas na Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Porto Velho (Foto: Assem Neto/G1) Das inundações, disse certa vez Eduardo Galeano: “Espero que elas sirvam pelo menos para ressaltar que devemos deixar de chamá-las catástrofes naturais. Sim, são catástrofes, porém são o resultado do sistema de poder que enviou o clima ao manicômio”. Em meio ao sofrimento de tantas famílias, o caminho da solidariedade toma forma e somos p