Uma Igreja comprometida com o Evangelho de Jesus Cristo na defesa da vida dos pobres



Em Porto Velho-RO, na festa que celebramos a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos de Jesus Cristo, Pentecostes, A Arquidiocese se compromete com a defesa da vida, sobretudo dos pobres e se solidariza com as diversas  formas de resistências do povo, a exemplo da greve do dia 14 de junho.


Com um olhar conhecedora da dura realidade dos trabalhadores e trabalhadoras e com uma voz profética, a Arquidiocese de Porto Velho, nas pessoas de seu Arcebispo Dom Roque Paloschi e de seu Coordenador de Pastoral, Padre Valdecir Luiz Cordeiro, emite nota de preocupação com o momento atual na defesa sobretudo dos mais pobres e excluídos e na defesa da Amazônia.

Veja carta na integra






NOTA SOBRE O MOMENTO ATUAL


A Arquidiocese de Porto Velho, por ocasião do Conselho de Pastoral da Região Porto Velho, que se reuniu no dia 12 de junho de 2019, por causa da Palavra de Deus (cf. Lc 5,5) e comprometida com a defesa da vida, sobretudo dos pobres, decide se pronunciar em face da atual situação do país e se solidarizar com as diversas formas de resistência do povo, como a greve geral prevista para o próximo dia 14. Suplicando a assistência do Espírito Santo, em unidade, manifestamos a nossa preocupação com algumas situações vitais do nosso povo:
Dizemos "não a uma economia da exclusão" praticada por um sistema econômico que mata (cf. Papa Francisco, Evangeili Gaudium, n. 53) e avança contra a soberania do povo brasileiro e os direitos básicos da população.
Manifestamos o nosso compromisso com a preservação da vida na Amazônia e defendemos que a região "não seja tratada como colônia, de onde se retiram suas riquezas e amazonidades em favor de interesses alheios, mas que seja vista em pé de Igualdade no concerto das grandes regiões irmãs, com sua contribuição especifica em favor da vida dos povos" (XII lntereclesial das CEBs, Carta as comunidades, Porto Velho, 2009)
Preocupa-nos o crescente desemprego, já ultrapassando o patamar de 13 milhões de brasileiros, somados aos 28 milhões de subutilizados, segundo dados do IBGE, bem como a ineficácia, até agora, das medidas tomadas pelos governos para combatê-lo. Defendemos que sejam adotadas políticas de geração de emprego e renda que respeitem a primazia da pessoa sobre mercado e do trabalho sobre o capital, e que as reformas, sobretudo a da previdência, sejam pautadas pelo princípio do bem comum, e não pelo favorecimento dos bancos e outros interesses particulares.
Em face da crescente violência, que faz tantas famílias sofrerem a perda de seus filhos, manifestamos a nossa solidariedade, reafirmamos o nosso compromisso com o mandamento "não matarás" e entendemos que os discípulos de Jesus, movidos tão somente pelo amor (cf. Jo 13,34), não devem apoiar projetos que ampliam a autorização para posse de armas.
Entendemos que a educação pública, de níveis básico e superior, deve ser de qualidade e acessível a toda a população, conforme reza a Constituição de 1988, sendo inadmissíveis os bloqueios e cortes de verbas para a área, como tem feito o governo atual.
No dia de Pentecostes, em que celebramos a plenitude dos bens pascais, o testemunho de Maria de Nazaré, a Mãe de Jesus, nos alcance a perseverança no compromisso com o Reino de Deus, de justiça e paz para todos.

Dom Roque Paloschi                                                                                               
Bispo da Igreja de Porto Velho    

Pe. Valdecir Luiz Cordeiro
Coordenador de Pastoral


Comentários

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