Previsão das enchentes do Rio Madeira é aumentar e demorar
Alagação atinge duramente população boliviana, nas cabeceiras do Rio Madeira. |
Os problemas causados pelas enchentes do Rio Madeira continuam se agravando. Contrariando as informações da Defesa Civil, vendo as informações sobre alagações nas cabeceiras (Rio Guaporé) e na Bolívia acreditamos que a cheia deve aumentar e demorar ainda por semanas. Tem muita água rio acima.
Analistas e movimentos sociais alertam que já tinham avisado em 2007 sobre a insuficiência dos licenciamento ambiental das usinas de Jirau e de Santo Antônio, baseados em estudos de impacto ambiental realizados somente até o limite com a fronteira com a Bolívia.
Rondônia, Acre e Bolívia agora amargam graves prejuízos. Os lucros das usinas vão para o bolso dos empreendedores. Os prejuízos para todos, atingindo primeiro os ribeirinhos e comunidades tradicionais, como sempre, pagos com recursos públicos do governo,
- Ao menos 500 caminhões com cargas para o AC estão retidos em RO. BR-364 foi fechada na segunda-feira (3.3.14) para avaliação de trafegabilidade.Expectativa é de que até a sexta-feira (7) rodovia seja liberada. (G1)
- Moradores e frequentadores da Vila Neide, que fica a 45 quilômetros do perímetro urbano de Cabixi, postaram fotos e deram detalhes da situação, que pode se agravar. A principal rua está intransitável, há vários estabelecimentos comerciais e casas alagadas, e o acesso até pontos do distrito só podem ser feitos com barcos. Felizmente, não há notícias sobre vítimas ou desabrigados. A Vila Neide fica às margens do Rio Guaporé, nas cabeceiras do Rio Madeira. (fonte: rondoniavivo)
- A estimativa do MAB em 2007 era que se for construído (o complexo do Rio Madeira), o projeto iria inundar uma área de mais de 500 quilômetros quadrados e deslocar mais de 10 mil pessoas que vivem naquela região.
- Também Telma Monteiro em 2007 denunciava que "Os técnicos das empresas contratadas pelo Consórcio Furnas e Odebrecht para elaborar os estudos e que pesquisaram os dados que lá estão registrados, me parecem, defendem a tese de “impactos teleguiados”: as áreas de influência do aproveitamento hidrelétrico Jirau iriam até a fronteira com a Bolívia e dali não passariam. (...) O diagnóstico ambiental da Área de Influência Direta (AID), que é fundamental para o processo de licenciamento e obtenção das licenças ambientais, no entanto, só analisou vagamente a influência das usinas até a divisa com a Bolívia. No caso da AID do Madeira, segundo o EIA, o limite estabelecido, baseado em algum critério nebuloso, seria a linha da fronteira entre Brasil e Bolívia. Para os empreendedores, naquela linha virtual que separa os dois países, cessariam os impactos como num passe de mágica! E os especialistas e as autoridades das diversas áreas do governo brasileiro insistiram em afirmar, comungando dessa teoria, que a Bolívia não sofreria nenhum impacto decorrente da suposta área alagada de Jirau. Graças à fronteira!
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