Assassinos e traficantes de Rondônia aterrorizam cidades do sul do Amazonas

De acordo com policiais sediados na cidade de Humaitá [AM], o agricultor de pré-nome EMI, que teria sido contratado por de Nelson Barros para empreita de uma derrubada de cerca de 40 alqueires, ‘até hoje não reapareceu’.
Canutama, Sul do Amazonas – Chefões do narcotráfico e do latifúndio rondoniense podem está se escondendo nos grotões dos municípios mais ao sul do estado do Amazonas. As investigações, de caráter independente, começaram a quatro anos que dois migrantes foram mortos com mais de 40 tiros nos arredores da ‘Taberna do Zé do Óleo’.




A denúncia, só agora confirmada, foi confirmada nesta quinta-feira [13], por habitantes da extinta ‘Vila Preguiça’, à altura do quilômetro 70, da BR-319, onde foi preso o ex-peão de fazenda Nelson Souza Barros, 38 anos, principal acusado do assassinato brutal de Baltazar Rossato, oficial de Justiça do Tribunal de Rondônia.

SERIAL KILLER À SOLTA NA BR-319 - Além de Rossato, desde 2004, a comunidade experimenta uma verdadeira ‘carnicifina’ de pessoas encontradas mortas com achados macabros em ramais e fundiárias de fazendas, como o corpo de uma adolescente [15 anos] que foi estuprada e morta à saída da Fazenda Gurgel, no quilômetro 42. Além de mortes suspeitas, vem ocorrendo desaparecimentos de campesinos subcontratados para derrubadas e roços [capinagem e formação de pastos].

De acordo com policiais sediados na cidade de Humaitá [AM], o agricultor de pré-nome EMI, que teria sido contratado por de Nelson Barros para empreita de uma derrubada de cerca de 40 alqueires, ‘até hoje não reapareceu’. A polícia amazonense suspeita que ele tenha sido assassinado, possivelmente, na hora do ‘acerto’ financeiro. E pode saber de mais sobre um suposto rosário de ações criminosas perpetradas por Nelson Barros.


Em 2011, um pastor foi morto dentro de casa depois que uma quadrilha de assaltantes que roubou a Agência do BRADESCO [Avenida 5 de Setembro, área central cidade], estuprou a mulher e duas filhas do religioso. Em 2012, foram presos vários narcotraficantes ligados aos cartéis bolivianos e peruanos. As prisões ocorreram em ramais de fazendas do Joana D’Arc [I, II e III], quilômetros 56, 58 e 120, no sentido Humaitá.

Já em 2004-5, o carro de uma vendedora de roupas e jóias foi interceptado no quilômetro 22, da BR-319, por uma dupla de ladrões. O corpo dela foi achado totalmente desfigurado por tiro e espingarda Calibre 12 e Ponto 40. Além de dinheiro, havia com ela e uma parceira – também morta na ação -, cerca de dois quilos de ouro provenientes de transações com garimpeiros região.

CRIMES EM CONSÓRCIO - Atribuídos a Nelson Sousa Barros – e um parceiro ainda não identificado pela Polícia amazonense que morou e viveu em sitio do quilômetro 22, agora, homiziado em invasões em Porto Velho - até o momento, segundo policiais que pediram o anonimato, ‘os assassinatos brutais de Baltazar e José Carlos, este ex-gerente da Fazenda Gurgel, além de um sumiço de uma família inteira na cidade de Itapuã do Oeste, no lado rondoniense.

Em itapuã, Nelson pretendia trocar uma pequena propriedade que tinha na ex-Vila Preguiça, com outra naquele município da BR-364, cujos donos nunca mais foram vistos. Ele agora é dono das duas propriedades, apesar da polícia de Rondônia ainda não ter se interessado em elucidar o caso.

Um terceiro crime atribuído a Nelson Sousa Barros é o de um suposto latrocínio praticado contra um idoso que transitava, diariamente, nas redondezas do vilarejo de Canutama. Nelson, segundo testemunhas, ‘ele matou a pessoa se apropriou do animal e da charrete’, responsáveis pelo o pão de cada dia da família. O caso não foi investigado até agora pela Polícia.

MORTE DE BALTAZAR – Os habitantes ouvidos por este site são unânimes em afirmar que, ‘todos temos medo do Nelson’. E justificam: ‘Ele tem amigos poderosos entre fazendeiros, madeireiros e narcotraficantes bolivianos no eixo Amazonas, Rondônia e Acre’.


O assassinato brutal de Baltazar Rossato, de acordo com testemunhas oculares que não pretendem revelar a identidade, Nelson é possuidor de uma identidade doentia. Para os moradores locais, ‘trata-se de um maníaco sexual inveterado e um assassino frio’; muito temido na região dos vilarejos de Canutama. Há noticias de que ele, de arma em punho, tenha molestado ex-mulheres de irmãos.

Baltazar havia arrendado parte do pasto de uma ‘fazenda’ para engorda de gado a Nelson Barros. No dia acerto e retirada dos animais [100 cabeças], eles se encontraram na ponte do Castanhalzinho, e de um minuto ao outro, se desentenderam. Em seguida, foram ouvidos cinco tiros e um barulho da descarga [muito barulhenta e a única a circular no trecho com barulho ensurdecedor] de uma motocicleta pertence a Nelson.

POLÍCIA PRENDE, JUSTIÇA SOLTA - No ‘Caso José Carlos’, o homicida foi solto através de pagamento de fiança. No da adolescente, ele negou á Polícia e a Justiça a autoria e o ex-namorado da vítima, cumpre pena na Cadeia Pública de Humaitá. E jura inocência. Além desses casos, há denúncias que existe um cemitério clandestino nas fundiárias da fazenda de ‘Nelson’, onde seria o esconderijo das armas poderosas usadas por ele em supostas empreitadas.

BUNKER DE MARGINAIS – Nelson Sousa Barros, disseram habitantes antigos da extinta Vila Preguiça do Km 70, na BR-319, ‘chegou aqui andando de bicicleta, logo enriqueceu e passou a ser temido na região’. Serviu a fazendeiros e madeireiros, chegando a ser acusado de dar abrigo a traficantes vindos das cidades de Pimenteiras do Oeste, Cerejeiras e Colorado do Oeste. Além de sumir e reaparecer endinheirado na ‘Taberna do Zé do Óleo’– o mais influente comerciante da localidade.

Nas últimas duas décadas, o sul do Amazonas passou a ser ocupado por quadrilhas formadas por traficantes e criminosos foragidos da justiça brasileira. Esse foi o caso do temido ‘Roque Santeiro’, ligado ao mega traficante rondoniense Maximiliano Munhoz Dourado [O MAX], extraditado da Bolívia ao Brasil. Há cinco anos, ele foi visto em um rodeio no Km 70 em companhia de um rico fazendeiro de Cerejeiras.




Na região sul de Lábrea e Canutama, a maioria de elementos procurados no lado rondoniense da divisa com o Amazonas e Acre, são contratados na condição de ‘peões, guaxebas, gerentes e até motoristas de carretas para o transporte de madeiras roubadas das reserva extrativistas do lado amazonense a partir dos distritos de nova Califórnia, Extrema e Jaci-Paraná’. E das fundiárias de Canutama até ao limite com a Capital Porto Velho.

Xico Nery é Produtor Executivo de Rádio, Jornal, TV, Repórter Fotográfico e CONTATO de Agências de Notícias nas Amazônias, Países Andinos e Bolivarianos.
Fonte: Xico Nery-NewsRondonia

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