Pescadores reclamam das usinas do Rio Madeira

Reservatório de Santo Antônio
alagando área ribeirinha de Jaci Paraná, em 8.12.11.
Seminário "Pre-cheia 2012", em Porto Velho financiado pelas usinas do Madeira tem difundido de forma totalmente irresponsável a idéia que não tem aquecimento global do Planeta, nem mudança climática, e que se tiver, não é causado pelo desenvolvimento humano. Todo o mundo está errado menos eles. Tal vez é para esquecer o desmatamento provocado pelas usinas e o gaz metano que já começaram a emitir os reservatórios. Não importa, o importante é o lucro das empresas e o desenvolvimentismo. Não precisamos cuidar do meio ambiente. Esta é a mensagem repassada: Façam o que quiser. Assim por exemplo,  para a editorial de 16.12.11 do Diário da Amazônia de Porto Velho é tranquilizador conhecer a teoria que nos próximos 20 anos as temperaturas do planeta voltarão a cair sozinhas, pois os que defendem o aquecimento global são "ignorantes" e " a Terra está em um estado perfeitamente normal".
O mesmo jornal no dia seguinte publica como abaixo das barragens do Madeira, em Porto Velho, ribeirinhos reclamam das alterações bruscas do Rio Madeira após as hidrelétricas de Santo Antônio começar a represar as águas. "Na manhâ de quinta feira, o rio Madeira registrava um nível de 5,3 metros, já na manhâ de sexta feira marcava 7,2 metros. A subida repentina do rio afundou canoas, deixou a plataforma do porto de Porto Velho submersa e mudou a rota dos que dependem da hidrovia". A reportagem sobre as alterações do rio Madeira é de Vinícius Teixeira, publicada pelo Diário da Amazônia do dia 17 e 18 de dezembro de 2011.

Ela cita testtemunho de diversos moradores ribeirinhos, como o ex pescador Pedro Júnior, que ficou desempregado pelas abarragens e agora bandeirinha: "Antes nós sabíamos comom iria ser a cheia, agora desce um monte de madeira tudo de uma vez". A madeira que desce pelo rio sempre foi notável, pelo qual foi batizado assim pelos portugueses. A madeira parece continuar sendo um problema que as barragens de Jirau e Santo Antônioo não sabem como resolver.  Como Pedro Junior, Leonel Bertolín, diretor de operações do porto, também reclama da abertura das comportas sem aviso. "A ANA (Agência Nacional das Águas) deu autorização para eles fazerem isso, mas ela não ouviu os mportos, os ribeirinhos, nem ninguém". Segundo ele, 13 balsas ficaram encalhadas pela oscilação do nível do rio. O pescador Antônio Edvaldo afirma: "Um dia está cheio no outro está seco. Os peixes ficam confusos e vão embora. Amanhâ a gente não sabe se estará cheio ou vazio". O pescador Josinaldo dos Santos tem que mandar trazer o peixe de Manaus para vender em Porto Velho, encarecendo o preço, pois "Nós que vivemos no rio Madeira não conhecemos mais o nosso local de trabalho, cada dia é um nível diferente".

Também moradores do Assentamento Joana D' Arc que não foram re4movidos da área reclamam da invasão de todo tipo de animais selvagens. "Eles pegam no lugar que alaga e soltam por aqui". A Santo Antônio Energia informa  que a usina já está na fase final de enchim,ento do reservatório e que tem distribuído folhetos explicativos e monitorado as qualidade da água.

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