Em Rondônia 71 mortes por motivos agrários desde 2001

A Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e da Ouvidora Agrária nacional reconhecem que desde 2001 em Rondônia já teve 71 mortes por motivos agrários, dos quais 90% segue na impunidade. A informação é da nota de repúdio do assassinato do Dinho emitida pela Secretaria Geral da República e da Secretaria de Direitos Humanos. Segundo outras informações, o Ouvidor Agrário Nacional, Dr. Gercinmo estaria indo a Porto Velho no funeral da Adelino Ramos. A agricultora Nilcilena, da mesma região, fugiu da região da Ponta de Abuná faz poucos dias depois de ser ameaçada també. A CPT está pedindo providências para que seja protegida.

A Secretaria-Geral da Presidência da República e a Secretaria de Direitos Humanos divulgaram nota para repudiar o assassinato do líder do Movimento Camponês Corumbiara, Adelino Ramos, conhecido como Dinho.
"O assassinato de Adelino Ramos merece o nosso total repúdio e indignação", afirmaram as secretarias em comunicado conjunto, lembrando que, nesta semana, um casal de ambientalistas também foi assassinado no Pará.
"Hoje, mais uma morte provavelmente provocada pela perseguição aos movimentos sociais. Essas práticas não podem ser rotina em nosso país e precisam de um basta imediato", acrescenta a nota.
Dinho morava em um assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Segundo lideranças locais, ele vinha recebendo ameaças de morte de madeireiros da região por sua luta contra o desmatamento.
O líder camponês foi executado no município de Vista Alegre do Abunã, em Rondônia, com seis tiros. "É necessária uma ação enérgica e exemplar. Só coibiremos essa violência absurda quando acabarmos com a impunidade", diz a nota.
Segundo levantamento conjunto da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos e da Ouvidoria Agrária Nacional, já foram registrados 71 assassinatos em Rondônia desde 2001 motivados por questões agrárias. Mais de 90% dos casos ficaram sem punição.

(Fernando Taquari Valor)

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