Sem teto organizados em Ji Paraná
Olá a todos e todas:
Sabemos que a moradia é um problema sério em Ji-Paraná, especialmente agravado com a intensa migração campo-cidade. Por outro lado, temos dificuldade em nos articular enquanto sociedade civil organizada para questionar o modelo de ocupação urbana em nossa cidade, pautado pela apropriação privada de terrenos públicos com fins de especulação imobiliária.
Na semana passada, um grupo de pessoas cansadas de pagar aluguel, ou de não ter uma moradia digna para viver ou mesmo sem qualquer teto, resolveram se organizar e ocuparam um galpão abandonado (alegam que pertence à prefeitura) na T-7 com a 94. Visitamos (eu, minha irmã Juliana e nossa amiga Nancy) o local no sábado, depois de ouvirmos na Rádio Comunitária sobre a ocupação.
Longe da Ji-Paraná pavimentada, limpa e iluminada, propagandeada pela Revista Veja, essas pessoas denunciam os graves problemas urbanos que enfrentamos e exigem do poder público uma solução. Não tivemos tempo de conhecer a fundo quem são essas pessoas, nem como estão organizadas, mas desde já prestamos nossa solidariedade a elas, em vista da repercussão que esta iniciativa pode ter para trazer para o debate público a questão da urbanização.
Na conversa no sábado, identificamos duas demandas principais com as quais podemos colaborar: uma mais urgente, de auxílio com alimentação e roupas usadas. Igrejas, escolas, universidades, vizinhos podem colaborar numa campanha de arrecadação de mantimentos... enfim, mesmo uma pequena divulgação dessa necessidade já é de grande ajuda.
A outra demanda é sobre o apoio político a esta causa. Eles querem que a sociedade ji-paranaense entenda seus motivos, querem divulgar na midia, fazer articulações com grupos, organizações e pessoas simpáticas à causa. Para isso, sugerimos uma reunião ampliada com as organizações (pastorais sociais, movimentos sociais, ONgs, CONDEAM, UNIR, ULBRA, IFRO e outros interessados) e pessoas quem tenham interesse nessa questão, para que possam conhecer o movimento deles e se for o caso, colaborar. Irmã Dalvina já colocou a Rádio Comunitária à disposição e o grupo já está informado disso.
Nos pediram para divulgar para o máximo de pessoas possível e repasso a vocês o mesmo pedido: nos ajudem a divulgar! Desde já, muito obrigada pela colaboração!!
Renata Nóbrega.
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