SEMINÁRIO DE AGROECOLOGIA CPT E PARCEIROS 2022

Entre os dias 5 e 7 de setembro de 2022, na Semana da Pátria em que se comemorou o Bicentenário da Independência do Brasil, a Comissão Pastoral da Terra do regional de Rondônia junto a parceiros e integrantes de comunidades tradicionais (quilombolas e seringueiros) e povos indígenas se reuniram no encontro que marcou o Seminário de Agroecologia pautado pelo tema “Plantando resistência e produzindo vidas! O veneno não acaba com a fome acaba com você”.

O seminário contou com a presença de integrantes da sociedade civil, entidades e organizações sociais: CPT-RO, CÁRITAS, MST, MPA, MMC, IPER, RECA, Levante Popular da Juventude, Levante Popular da Amazônia Coletivo, Comunidades Quilombolas do Vale do Guaporé, Escola Família Agrícola – EFA Dom Antônio Possamai, Associação de produtores rurais ARSERIPAM e Universidade Federal de Rondônia.

Foram discutidas ao longo dos três dias de seminários a conjuntura política da agricultura convencional e os desafios e resistências da Agroecologia no estado de Rondônia. A partir disso, buscou-se analisar quais seriam as linhas de enfrentamentos e espaços de incidências, com o intuito de buscar o combate aos agrotóxicos e fortalecer grupos de agroecologia em todo Estado a partir da conscientização e valorização da produção agroecológica.

Em rica demonstração de diversidade agroecológica, os participantes promoveram momentos de Trocas de Sementes Crioulas e Mudas de plantas Frutíferas. 

Além disso, o seminário contou a presença do Professor Wanderley Pignat que por meio de análises dos últimos cinco anos pode observar o modo agrícola destrutivo vinculado ao agronegócio que, partir da intensificação do uso de agrotóxicos (pesticidas, herbicidas e fungicidas), tem deteriorado nossos solos, contaminado nossos corpos d’águas, nosso ar e todos os seres vivos que, direta ou indiretamente, acabam sendo afetados por esses venenos.

O Professor Ricardo Gilson da Costa Silva, professor da UNIR, parceiro da CPT-RO, também esteve presente e fez sua contribuição ao explanar acerca da conjuntura atual do espaço agrário brasileiro e amazônico. Em uma de suas falas ele deixa claro que o monocultivos da soja deve ser compreendido como um movimento territorial que está vinculado ao eixo geopolítico brasileiro e que expõe áreas protegidas e seus povos e comunidades a cada vez mais perigos.

O encontro finalizou-se com a participação de todos no 28º Grito dos Excluídos – Contra a Fome, a Miséria, o Desemprego e o Golpe realizado no dia 7 de setembro em frente ao Centro Administrativo Político de Rondônia, onde se reuniram diversas entidades de movimentos sociais com o objetivo de que a Se Mate a Fome por meio de políticas públicas sociais e inclusivas sem que se pregue o Ódio às minorias, aos excluídos sociais.

Ao final do seminário os presentes construíram uma carta manifesto em defesa da agroecologia e da soberania alimentar de toda população brasileira.

           






  



Fonte: CPT-RO

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