MARÇO, MÊS DA MULHER E DA LUTA POR UM MUNDO JUSTO

Em muitos países, no mês de março faz-se memórias das inúmeras lutas que os movimentos feministas realizaram ao longo do tempo. Mesmo antes do dia 08 de março ser reconhecido oficialmente como o dia que marca a importância da mulher na sociedade, já se reconhecia uma intensificação da luta feminista desde o século IX, uma luta das mulheres por direitos iguais e por um mundo justo.

Ao rememorar o porquê reconhecemos a data como sendo o dia “D” deste prélio tão importante, é preciso conhecer o processo histórico do enfrentamento feminino contra a opressão. Dessa maneira, destacamos a luta de 90 mil operárias russas contra o Czar Nicolau II, por melhores condições de trabalho, contra a fome e a participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), que ficou conhecido como o protesto “Paz e Pão”. Esse ato, que aconteceu em 08 de março de 1917, é reconhecido como sendo o ponta pé da Revolução Russa. Em 1975 a ONU declarou como sendo o “Ano Internacional da Mulher”, oficializando-se assim o dia 08 de março como o dia da luta de todas as mulheres.

A partir desse singelo resgate histórico devemos destacar algumas conquistas da luta feminista ao longo dos últimos três séculos, sendo elas: Luta por Direitos Iguais, Ressignificação do Papel da Mulher na Sociedade, Igualdade Salarial, Não a Violência Contra as Mulheres, Feminismo Negro, Preconceito contra Mulheres LGBTQIAP+.

Esse ano, como em todos os anos anteriores, mulheres dos movimentos e organismos sociais do campo, da água e da floresta organizaram-se em prol dessa luta histórica. Reuniram-se então MAB, CPT, MPA, MST e Via Campesina Nacional em prol de articular ações que expressassem a importância da Luta da Mulheres e do seu papel na busca de uma sociedade guiada pela equidade.

As ações desses movimentos e organismos sociais brasileiros buscaram destacar a conjuntura do cenário socioeconômico do país, visto que estamos passando por uma crise econômica e sanitária, e isso tem afetado imensamente grande parte da população.  Com a crescente inflação refletindo principalmente no preço dos alimentos, gás de cozinha e gasolina, a população brasileira tem enfrentado enorme dificuldade, sendo necessária a efetiva formulação intensificação de políticas públicas de cunho assistencialista para dar o devido suporte as famílias brasileiras.

Até o presente momento todas as conquistas de medidas adotadas na tentativa de reduzir esse impacto na vida dessas famílias deve-se ao forte enfrentamento que os movimentos e organismos sociais tem executado, por meio da luta organizada em prol da saúde, educação e dignidade do povo brasileiro.

Reconhecendo a importância que esses sujeitos possuem, destacando as Mulheres que compõem esses organismos de luta, precisamos acentuar alguns momentos que ocorreram na Semana de Luta da Mulheres e dia “D” – 8 de março organizado pelos movimentos e organismo sociais citados anteriormente.

O MAB por meio da mensagem “MULHERES ATINGIDAS EM DEFESA DA VIDA” organizou a jornada das mulheres atingidas entre os dias 08 e 14 março, com destaque para o dia 14 por ser o dia Internacional de Luta contra as barragens, pelos rios e pela vida. Na agenda do movimento ainda será incluído o dia 22 em que será exigido justiça após 2 anos do assassinato de Dilma Ferreira, sendo neste dia também comemorado do dia Mundial da Água.



O MPA com o tema “CAMPONESAS EM RESISTÊNCIA PELA VIDA: CONTRA ÀS VIOLÊNCIAS E A FOME” propôs organizar um diálogo com a sociedade por meio de feiras, com o intuito de discutir sobre a fome, a violência, agricultura camponesa, mulheres na produção e a conjuntura atual. Além de um evento virtual destacando a resistência camponesa.



O MST guiado pela proposição “Defesa do SUS, vacina já e fora Bolsonaro”, organizou cantorias em nível nacional e internacional, assim como ações de solidariedade, como doação de alimentos visitar famílias e dialogar sobre fome, violência e conjuntura atual.


A Via Campesina Nacional organizou a semana de luta entre os dias 07 e 14 de março buscando denunciar as condições de vida no campo, a fome estrutural, a defesa pelo SUS e o combate a violência. Entre as demais ações, ocorreram ainda a doação de alimentos e de sangue.



A CPT- RO promoveu no dia 09 de março um encontro entre as agentes pastorais, lideranças das áreas acompanhadas e demais parceiras, visando expressar ainda mais o papel da mulher na luta contra as injustiças sociais.



O encontro virtual buscou homenagear e fortalecer laços, assim como, construir encaminhamentos voltados as ações de enfretamento contra os desafios instaurados ao longo da Luta de todos e todas. Reconhecer o papel da Mulher na Liderança e apoiar suas ações condizentes com o bem comum.

Além disso, nossa companheira Rosiane Chicuta, agente pastoral do regional do Vale do Guaporé, esteve presente no ato unificado que ocorreu no dia 13 de março, chamando-nos a continuar com cirandas visando o fortalecimento da luta por um mundo justo. Fez memória das conquistas das mulheres e orientou a seguirem firmes e conectadas, pois, segundo ela, “... somos fortes e quando estamos juntas, somos como água, ainda mais forte”.


Fonte: CPT-RO 


 







 





Comentários

  1. Isso mesmo unidads somos fortes ,em busca de nossos direitos ,vamos fazer valer as leis já existentes:Lutemos Mulheres.

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