Juventude Camponesa Da Via Campesina Em RO
Com muita música, mística e
animação a Juventude da Via Campesina em Rondônia inicia na tarde desta
sexta-feira, 2 de junho, o seu III Acampamento na sede do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Estado de RO (SINTERO), na cidade de Ouro Preto do
Oeste-RO.
São mais de 150 jovens
camponeses, sem-terras, indígenas e atingidos por barragens vindos de todas as
regiões de Rondônia e representações de Mato Grosso, Pará e Santa Catarina, que
nos próximos quatro dias irão debater os impactos do agronegócio na juventude e
no meio ambiente, as reformas da previdência e trabalhista, e, a luta pelas
Diretas Já.
A mesa de abertura foi composta
pela juventude que teve por tarefa apresentar suas organizações e lutas.
Florenildo Macedo da Mata, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), destacou a
forma de ensino. “A escola que temos hoje, não deixa as crianças e os jovens
abrirem suas mentes é um quadrado que não deixa sonhar com dias melhores, mas
aqui é nosso espaço e esse acampamento será uma grande escola, que possamos
sair com a mente mais aberta do que já temos”.
O Acampamento reúne mais de 150
jovens. Foto: MAB
A jovem camponesa do Movimento
dos Pequenos Agricultores (MPA), Edilaine Santos Barros, destacou a origem do
Movimento e em qual conjuntura o país vivia, bem como, suas lutas travadas
quanto Movimento Nacional deste então, destacando a participação da juventude
na sua construção. “Como um novo marco histórico na caminha do MPA, estão a
Aliança Camponesa e Operária por meio do Alimento Saudável e o Mutirão da
Esperança Camponesa. Estamos na luta desde sempre e para sempre vamos
continuar”, afirma a jovem camponesa.
Francisco Kelvim Nobre da Silva,
jovem atingido por barragem do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB),
afirma: “o MAB nasce a partir das contradições do Modelo Energético. E esse
momento é muito delicado, entretanto como dizia Mao Tsé Tung, “quando tudo sob
o céu está mergulhado no caos; a situação é excelente’, “a juventude tem papel
central nas lutas contra os golpes, não podemos deixar que esse governo, que
deu o golpe, que é financiado pelo imperialismo e pelo agronegócio siga no
governo, ou escolha outro para tal, por isso Diretas Já”.
Por sua vez, Virginia Miranda de
Souza, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), enfatiza o momento histórico
do surgimento da organização. “O CIMI nasce ainda no período da Ditadura
Militar quando vários povos indígenas foram dizimados, não apenas quanto
sujeitos, mas como entidade também”.
A representante do CIMI também
fala da demarcação de terras, das lutas dos povos indígenas que em muito se
assemelha com a dos camponeses. “A luta é igual dos indígenas e camponeses. É
muito importante que a juventude do campo e indígena se unam”. Destacando ainda
o desmonte da Educação Camponesa e Indígena e a implantação do EMITEC (Programa
de Ensino Médio com Intermediação Tecnológica) no Estado de RO. “Quando falamos
da luta pela terra, os primeiros a lutar pela terras foram os indígenas e a
prova disse é que estão ai, mais de 500 anos de resistência, mesmo depois de
anos de massacres, seguimos. Para termos uma ideia, em Rondônia há 60 povos
indígenas e apenas 20 deles tem áreas demarcadas. Hoje são mais de 100 PECs e
PLs para retirar os direitos dos povos indígenas, são muitas mesmo”, afirma
Virginia.
O Acampamento reúne mais de 150
jovens. Foto: MAB
A jovem camponesa do Movimento
dos Pequenos Agricultores (MPA), Edilaine Santos Barros, destacou a origem do
Movimento e em qual conjuntura o país vivia, bem como, suas lutas travadas
quanto Movimento Nacional deste então, destacando a participação da juventude
na sua construção. “Como um novo marco histórico na caminha do MPA, estão a Aliança
Camponesa e Operária por meio do Alimento Saudável e o Mutirão da Esperança
Camponesa. Estamos na luta desde sempre e para sempre vamos continuar”, afirma
a jovem camponesa.
Francisco Kelvim Nobre da Silva,
jovem atingido por barragem do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB),
afirma: “o MAB nasce a partir das contradições do Modelo Energético. E esse
momento é muito delicado, entretanto como dizia Mao Tsé Tung, “quando tudo sob
o céu está mergulhado no caos; a situação é excelente’, “a juventude tem papel
central nas lutas contra os golpes, não podemos deixar que esse governo, que
deu o golpe, que é financiado pelo imperialismo e pelo agronegócio siga no
governo, ou escolha outro para tal, por isso Diretas Já”.
Por sua vez, Virginia Miranda de
Souza, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), enfatiza o momento histórico
do surgimento da organização. “O CIMI nasce ainda no período da Ditadura
Militar quando vários povos indígenas foram dizimados, não apenas quanto
sujeitos, mas como entidade também”.
A representante do CIMI também
fala da demarcação de terras, das lutas dos povos indígenas que em muito se
assemelha com a dos camponeses. “A luta é igual dos indígenas e camponeses. É
muito importante que a juventude do campo e indígena se unam”. Destacando ainda
o desmonte da Educação Camponesa e Indígena e a implantação do EMITEC (Programa
de Ensino Médio com Intermediação Tecnológica) no Estado de RO. “Quando falamos
da luta pela terra, os primeiros a lutar pela terras foram os indígenas e a prova
disse é que estão ai, mais de 500 anos de resistência, mesmo depois de anos de
massacres, seguimos. Para termos uma ideia, em Rondônia há 60 povos indígenas e
apenas 20 deles tem áreas demarcadas. Hoje são mais de 100 PECs e PLs para
retirar os direitos dos povos indígenas, são muitas mesmo”, afirma Virginia.
Nesta edição a juventude irá
debater os impactos do agronegócio na sua vida e e no meio ambiente. Foto: MAB
Beatriz Santos Buffon, jovem do
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), aponta: “o MST se constitui como
Movimento Nacional em 1984, com o objetivo de organizar os trabalhadores
sem-terra para lutar pela Reforma Agrária”. Beatriz fala ainda sobre a
necessidade de produzir alimentos saudáveis com preço justo para os
trabalhadores da cidade, apontando as Feiras como forma de venda direta. “A
Reforma Agrária não está na pauta desse Estado burguês, então a gente precisa
construir uma Reforma Agrária Popular e ela só e sustentada por quem faz”,
afirma a jovem militante do MST.
Representando a Via Campesina,
Carlos Frederico Santana (Fredi) destaca o surgimento da Via em 1993 como uma
demanda das organizações do campo em todo mundo. “A Via campesina nasce com o
objetivo de unificar a luta internacional contra o Imperialismo que se
apresenta nas mais diversas facetas e frentes em cada país. No Brasil, 15
organizações do campo em todos os Estados fazem parte da Via Campesina, a nível
internacional está presente em 88 países, divididos em 10 grandes regiões, em 4
Continentes e contempla 183 organizações”. Fredi destaca ainda o papel e a
articulação da Juventude da Via Campesina em RO da qual este III Acampamento é
um dos frutos.
O acampamento é organizado pelos
movimentos que compõe a Via Campesina no Estado, entre eles CIMI, MAB, MST, MPA
e CPT. A programação do III Acampamento da Juventude contempla ainda mesas de
debates, rodas de conversas, oficinas, integração e espaços culturais, como
parte da Jornada Nacional “Juventude em Luta Permanente: o Agronegócio Destrói
o Meio Ambiente”, que está sendo realizada de 1º a 5 de junho deste ano, 2017,
dia nacional do Meio Ambiente.
Por Adilvane Spezia – Comunicação
do III Acampamento da Via Campesina-RO
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