Coletiva divulga 10ª Romaria da Terra e das Águas de Rondônia

Dom Antônio Possamai apresenta a 10ª Romaria de Rondônia. foto cptro

Coletiva de imprensa divulgou hoje em Porto Velho a realização da 10ª Romaria da Terra e das Águas de Rondônia, com participação de Dom Antônio Possamai, bispo emérito de Ji Paraná; pastor Randolf Timm, representando o Sínodo da Amazônia da Igreja Luterana (IECLB); Padre Jaime Guspert, coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Porto Velho; Maria Petronila Neto, pela coordenação colegiada da CPT RO; João Marcos Rodrigues, MAB/RO; e Laura Vicunha, coordenadora do CIMI/RO. 

Em Machadinho do Oeste acontecerá o próximo domingo a 10ª Romaria da Terra e das Águas de Rondônia, seguindo uma tradição de muitos anos, a Romaria é convocada pela Igreja Luterana (Sínodo da Amazônia da IECLB) e das três dioceses católicas de Rondônia: Porto Velho, Guajará Mirim e Ji Paraná. 

Na mesma, Dom Antônio, que é o autor da Oração da 10ª Romaria, falou da tradição das Romarias da Terra em Rondônia, nas quais participou desde o começo, sendo que o tema atual vem ao encontro da propostas do Papa Francisco, no começo de uma nova primavera eclesial. 

O Pastor Randolf também falou do acompanhamento do povo luterano que migrou para Rondônia, a maioria agricultores, que continua migrando a procura de terras e vida digna, que acompanharam desde momentos críticos, como a morte do Padre Ezequiel em Cacoal. Das mudanças acontecidas em Rondônia, e da participação dos luteranos nas Romarias da Terra.  
Maria Petronila falou do empenho da CPT em mobilizar as comunidades, "É possível sim combater a injustiça que atinge nosso povo e renovar a esperança". "Que esta romaria seja um momento de unir os gritos, os clamores do povo, sejam da Igreja, sejam da sociedade civil". Entre os motivos de escolher Machadinho foi a construção da Usina de Tabajara, a denúncia da Paróquia de contaminação por agrotóxicos na região e o aumento dos conflitos agrários na região.
Pastor Randolf do Sínodo da Amazônia
da Igreja Luterana. Foto cpt ro
João Marcos, do MAB agradeceu a preocupação da Igreja em favor dos atingidos pelas barragens e da ajuda que no passado já receberam para defender os atingidos de Samuel. Ele vê a Romaria como uma oportunidade para alertar sobre a construção da Usina de Tabajara, que deve interligar o Rio Machado à Hidrovia do Madeira, incrementando a pressão dos plantadores de soja nas terras da região, acirrando mais os conflitos agrários na região acima dos pequenos agricultores.
Laura Vicunha falou das duas terras indígenas que podem ser atingidas pelo projeto da Usina de Tabajara: TI Igarapé Lourdes e as TI Tenharim,, além de indígenas isolados, que não poderiam ser atingidos, pois não podem nem ser consultados, podendo vir acontecer o seu desaparecimento, como aconteceu com a Usina de Santo Antônio, além de toda a pressão que já estão sofrendo os seringueiros da região.
O Padre Jaime, falou que a apresentação Romaria chegou em boa hora, seguindo os apelos do papa para um maior diálogo entre cristãos e todas as pessoas de boa vontade acerca de nossa "casa comum", justamente num dia que Porto Velho amanheceu tomado pela fumaça das queimadas que continuam acontecendo arredor da cidade, terminou com a leitura de Thiago de Mello com o lema recolhido no IV Congresso Nacional da CPT "Faz escuro mas eu canto". 

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