Porto Velho continua com centenas de abrigados pelas enchentes

Nas casas as águas baixaram, porém os moradores são impedidos de voltar. 
Centenas de famílias continuam desabrigadas alojadas em barracas de lona em Porto Velho. Segundo informações divulgadas no começo de junho, no começo de mês eram 142 famílias (450 pessoas) no abrigo, que devem ser contempladas com casas populares que estão sendo construídas pelo Estado no Bairro Mariana, na zona leste da Capital. A previsão é que duas mil casas ficarão prontas em agosto e outras duas mil em novembro. Essas moradias beneficiarão apenas os atingidos pela cheia do Madeira que residem na área urbana da cidade de Porto Velho.

Enquanto a Defesa Civil impede o retorno das famílias as casas onde as águas se retiraram e exige a realização de vistoria da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil e elaboração de um laudo técnico que ateste a segurança das moradias.

Segundo o Coordenador da Defesa Civil em exercício, Capitão da Polícia Militar, Francisco de Assis Lima, só está permitido o retorno a partir do momento em que a Defesa Civil atestar a segurança das moradias por meio de um laudo técnico. “Todas aquelas pessoas que sofreram com a enchente puderam perceber que o nosso trabalho, o tempo todo, foi realizado com o propósito de prevenir danos maiores, minimizando o máximo possível os impactos e principalmente a vida de todos”.  Alegando que sem o laudo, aqueles que retornarem às casas, que por dias estiveram invadidas pelas águas, estão expostas a uma variedade de riscos, tanto na parte de saúde com a possibilidade de doenças, como na parte de acidentes com a energia elétrica, entre outros problemas estruturais. 
Alojamentos atingidos. "Parece um campo de concentração.
Pessoas sem perspetiva de onde vão morar".foto: Thiago Valentim
Porém o mesmo reconhece estar vistoriando apenas de 2 a 4 residências por dia: "O município é grande, estamos fazendo estas visitas 24 horas por dia com os poucos técnicos que temos. A enchente deixou 2.771 desabrigados, 5.542 pessoas desalojadas e 4.338 afetadas. Uma demanda extremamente alta que exige a participação de outras secretarias, como do meio ambiente e da área social, um trabalho detalhado. Na zona urbana, por exemplo, conseguimos executar de 2 a 4 residências ao dia", concluiu. 

Enquanto as famílias são obrigadas a permanecer no acampamento, onde foi colocado sombrite no intento de reduzir o insuportável calor de dentro das barracas. Segundo o que foi divulgado, a medida foi resultado da audiência de conciliação entre os órgãos que integram o sistema de Justiça (DPE-RO, DPU, OAB, MP-RO, MPF) e o Estado, intermediada pelo juiz Danilo Augusto Kenthack Paccini, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho, ocorrida em 16 de maio. O acordo tinha previsto ainda a instalação de exautores nas barracas, o que devia ocorrer após a conclusão da obra dos sombrites, segundo afirmou a Defesa Civil ao defensor público Marcus Edson de Lima.

Fonte e fotografias: tudorondonia / jornalrondoniavip



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