NÃO AO FECHAMENTO DE ESCOLAS NO CAMPO:
Uma triste e preocupante
realidade no campo em Rondônia, no dia 22 de novembro de 2013, ocorreu reunião na
Escola José Mauro no setor prosperidade em Cacoal, onde o assunto do dia foi o
fechamento da escola.
O que a Secretaria de
Educação, talvez não esperasse encontrar, era uma comunidade, indignada e
organizada dizendo que quer a escola no lugar onde está. Fechar a escola
representa um ataque e a desestruturação de toda a comunidade.
A educação que há no campo
já não condiz com o projeto de educação do campo que se propõe, voltada a
realidade e necessidades da área rural. Não bastando isso, no inicio deste ano
houve uma primeira rodada de reuniões com o propósito de fechar algumas das
escolas do campo no município de Cacoal, pautados em argumentos economissistas
Uma nova onda de ataques é iniciada, até tentam melhorar a argumentação, dizem
que a lei não permite o funcionamento da escola de modo precário e com o número
de alunos que atende (126 alunos em 2013), mas as comunidades e os país são
enfáticos em dizer não ao fechamento dessas escolas.
A escola na área rural, é
muito mais que uma simples escola, está além da estrutura física, é um ponto de
convergência de interesses na comunidade, faz parte de sua história e luta, é
uma referência indiscutível para qualquer camponês. Não é só a escola que faz
parte da comunidade, mas a comunidade se sente parte da escola, muitos
contribuiram durante anos para sua existência, outros estudaram e se formaram
nelas. É um sentimento de identidade e pertença que dificilmente alguém possa
arrancar desse povo.
A escola José Mauro
certamente partilha das dificuldades enfrentadas por outras escolas, mas existe
uma comunidade presente, e contribuindo da forma que pode para a manutenção da
escola. Por exemplo a constução de um salão que está sendo feita com mão de
obra dos pais, que também doaram o emadeiramento.
Crianças e jovens também já
tem a compreensão da significação da escola para todos, e manifestam-se diante
da discussão de fechamento da escola. No etinerário de ônibus apresentado com a
proposta de transferência dos alunos para outra escola distante da atual 17 km,
alguns alunos andariam mais de 90 km no dia, o que representa um absurdo
principalmente diante das condições de transporte e estrada que temos
atualmente.
Fechar escolas deveria ser
crime! O governo vem adotando medidas que levam cada vez mais ao esvaziamento
do campo. A agricultura sempre cumpriu papel fundamental na economia do país,
será que mesmo assim os agricultores, os camponeses, não tem direito de ter
escolas para atender seus filhos?! “Educação do campo é Direito e não esmola.”
Liliana W. A.
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