Mobilização do MPA na Prefeitura do Vale do Anari
Camponeses do MPA e servidores públicos se manifestaram unidos no Vale do Anari, Rondônia. foto cpt ro |
Entendendo que muitas das reivindicações dos servidores também correspondiam as necessidades e direitos da população do campo, agricultores do município organizados pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) uniram-se o seu protesto apresentando também as reivindicações das áreas rurais nos temas de saúde, educação e agricultura. A mobilização teve o apoio da CPT RO e do sindicato de pequenos agricultores da cidade.
Em total arredor de 200 pessoas participaram de manifestações totalmente pacifica pelo centro da cidade e se concentraram na praça da Prefeitura. Os camponeses entraram dentro do prédio municipal, saindo após o prefeito concordar em se reunir e discutir a pauta de reivindicações, que tinha sido protocolada na prefeitura na semana anterior, com uma comissão de servidores e agricultores do MPA.
A Prefeitura demandou presença de efetivo policial.
A mobilização continuou na frente da prefeitura, chegando no local numerosos efetivos da polícia militar, solicitados pelo Prefeito da cidade, incluindo destacamento do Grupo de Operações Especiais, sob chefia do tenente Phillipe e do novo Major da PM de Jaru, Alex Silveira Diefenthaeler, com mais de 20 policias fortemente armados e sete viaturas.
Os camponeses e servidores continuaram o protesto, que transcorreu durante todo o dia até à noite, em ordem e tranquilidade, com muita animação, rodas de musica e participação popular. Os manifestantes mostravam um programa eleitoral do atual prefeito, mostrando como as propostas eleitorais estavam totalmente descumpridas e não tinham nada a ver com a atual gerenciamento da prefeitura do Vale do Anari.
Uma extensa pauta de reivindicações foi tratada.
Sem sucesso a polícia tentou retirar todos os manifestantes da área da frente da prefeitura, porém não permitia a entrada de ninguém no prédio, a não ser os membros da comissão negociadora. Um momento muito tensos foi quando ao forte sol seguiu um toró de chuva e vento. Apesar de solicitado, ninguém foi autorizado pela polícia e pelo Prefeito Nilson Japonês a se guarecer dentro do corredor da prefeitura, nem sequer as criancinhas de menor idade, alegando que "podiam alterar a ordem", que tiveram que enfrentar ensopados de água, junto com seus pais o frio, o vento e a chuva na reduzida área de entrada do prédio.
"O dia de hoje vai ser lembrado pelo Prefeito que enviou a polícia para o povo de sua cidade e não deixou nem as crianças guarecer da chuva", reclamaram alguns presentes diante da insensibilidade do prefeito e das autoridades policiais. O prefeito alegou que tinha disponibilizado o prédio da APAE, porém ninguém ficou sabendo até o momento que não era mais possível se deslocar até o loca..
Segundo os manifestantes arredor de 70% dos assuntos de pauta foram aceitos, entre eles o abandono do plano de desativar todas as escolas polo da área rural. Os servidores públicos deviam realizar pela manhã do dia de hoje assembleia da categoria para aceitar as propostas aceitas da pauta de reivindicações da greve.
A mobilização continuou na frente da prefeitura, chegando no local numerosos efetivos da polícia militar, solicitados pelo Prefeito da cidade, incluindo destacamento do Grupo de Operações Especiais, sob chefia do tenente Phillipe e do novo Major da PM de Jaru, Alex Silveira Diefenthaeler, com mais de 20 policias fortemente armados e sete viaturas.
Os camponeses e servidores continuaram o protesto, que transcorreu durante todo o dia até à noite, em ordem e tranquilidade, com muita animação, rodas de musica e participação popular. Os manifestantes mostravam um programa eleitoral do atual prefeito, mostrando como as propostas eleitorais estavam totalmente descumpridas e não tinham nada a ver com a atual gerenciamento da prefeitura do Vale do Anari.
As negociações da comissão de camponeses e servidores se estenderam por mais de oito horas, sendo redigida uma ata da reunião de mais de quinze páginas. pelo Prefeito do Vale do Anari, o fazendeiro Nilson Akira, conhecido como Nilson Japonês, filiado ao PMDB. Dois vereadores do Vale do Anari se fizeram presentes e mostraram o seu apoio aos manifestantes. (continua)
Camponeses reivindicavam melhoras de saúde, educação e apoio agrícola. foto cpt ro |
Sem sucesso a polícia tentou retirar todos os manifestantes da área da frente da prefeitura, porém não permitia a entrada de ninguém no prédio, a não ser os membros da comissão negociadora. Um momento muito tensos foi quando ao forte sol seguiu um toró de chuva e vento. Apesar de solicitado, ninguém foi autorizado pela polícia e pelo Prefeito Nilson Japonês a se guarecer dentro do corredor da prefeitura, nem sequer as criancinhas de menor idade, alegando que "podiam alterar a ordem", que tiveram que enfrentar ensopados de água, junto com seus pais o frio, o vento e a chuva na reduzida área de entrada do prédio.
"O dia de hoje vai ser lembrado pelo Prefeito que enviou a polícia para o povo de sua cidade e não deixou nem as crianças guarecer da chuva", reclamaram alguns presentes diante da insensibilidade do prefeito e das autoridades policiais. O prefeito alegou que tinha disponibilizado o prédio da APAE, porém ninguém ficou sabendo até o momento que não era mais possível se deslocar até o loca..
Segundo os manifestantes arredor de 70% dos assuntos de pauta foram aceitos, entre eles o abandono do plano de desativar todas as escolas polo da área rural. Os servidores públicos deviam realizar pela manhã do dia de hoje assembleia da categoria para aceitar as propostas aceitas da pauta de reivindicações da greve.
Servidores municipais culpam prefeito pelos problemas de saúde e educação. foto cpt ro |
Segundo folheto divulgado pelos servidores, a pauta da categoria incluía direitos básicos da população. Eles pediam revogação do artigo 13º de Decreto Municipal de n. 2483/GP/2013, adequação de prédios públicos, aquisição de material de higiene e limpeza para as escolas e hospital, medicamentos e material de primeiros socorros e pronto atendimento do hospital, melhoria das ambulâncias e transporte escolar, melhoria de água para beber nas escolas, solução para os banheiros da escola Darci Ribeiro, gestão plena das Secretarias de Saúde, Educação e Ação Social, dentre outros itens.
O prefeito está envolvido num conflito agrário na região.
Sem ter nada a ver com a mobilização, o prefeito atual do Vale do Anari, Nilson Akira, possui três fazendas dentro do município do Vale do Anari, e numa delas conhecida como Fazenda Paredão, existe uma ocupação de terras do Acampamento Canaã 2, com mais de 22 famílias que moram numa área considerada terra pública, e onde segundo populares, a justiça teria mandado o Japonês de desocupar uma área grilada.
Duas lideranças do Acampamento Canaá II, foram mortos o ano passado nas proximidades do Vale do Anari, em Rondônia. Gilberto Tiago Brandão, foi atirado quinta feira dia 23/02/12 e morreu o sábado seguinte no Hospital João Paulo II de Porto Velho. Já o dia 01 de março de 2012, teria sido assassinado também a principal liderança do acampamento, de nome Ercias Martins de Paula. Segundo populares, existem suspeitas que o segundo poderia ter sido morto como "queima de arquivo" pela morte do primeiro, pois com ele foram encontrados 70.000 $R. Até o momento se desconhecem resultados da apuração das duas mortes, e segundo rumores, o Japonês teria sido chamado a declarar em relação as mesmas.
Pais junto com os filhos reivindicando direitos básicos para o campo. foto cpt ro |
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