As 09 mortes agrárias registradas em 2012 em Rondônia
(+10.04.2012, Jacinópolis)
Em carta dirigida a Ouvidoria Agrária Nacional –
Ministério de Desenvolvimento Agrário, Desembargador Dr. Gercino
da Silva Filho, a Comissão Pastoral da Terra Regional de Rondônia envia informação à Ouvidoria sobre os dados registrados em 2012, contestando afirmação publicada na Folhas de São Paulo.
Na carta a CPT RO enviou relatório de 57 páginas, espcificando: "Estas informações tem base em
dados próprios, recebidos de agricultores e testemunhas, e os divulgados pelos meios de comunicação,
tentando apurar as motivações agrárias das mesmas. Referem-se as mortes
violentas em seis conflitos agrários:
- Gilberto Tiago Brandão (24/02/12) e de Ercias Martins de Paula, (01.03.12), lideranças de acampamento de
sem terra, em conflito do Acampamento Canaã com a Fazenda Paredão, em
Machadinho e Vale do Anari, (02 mortes).
- Dinhana Nink, (30.03.2012) em Nova Califórnia, Porto Velho (RO), moradora
envolvida em conflito do PA Gedeão (Sul de Lábrea, AM), (01 morte, acontecida em Nova Califórnia,
Porto Velho).
- De Renato Nathan Gonçalves Pereira, (10.04.2012) em Jacinópolis,
distrito de Nova Mamoré, próximo a Buritis, professor militante da Liga dos
Camponeses Pobres, movimento com diversos acampamentos na região (01 morte);
- José Barbosa da Silva (15.05.2012)
agricultor, em Seringueiras e Orlando Pereira Sales, o Paraíba,
(29.11.2012), em Nova Brasilândia, liderança sem terra, em decorrência do
conflito do A. Paulo Freire 3-Fazenda Riacho Doce, em Seringueiras (02 mortes e
01 grave tentativa de homicídio);
-
João Oliveira da Silva Kaxarari,
(26.08.2013), em conflito com invasores da Área Indígena Kaxarari (Porto Velho)
área com pedido de ampliação da mesma.
- José Carlos Alves de Almeida e a esposa Fabiana Pereira de Souza, acontecidas no último dia do ano 2012
(31.12.12) (e não no dia 01 de janeiro de 2013 como inicialmente foi
registrado) moradores no PA Águas Claras de Vilhena, onde existe conflito com
diversos moradores notificados pelo INCRA".
Na carta a CPT fica a disposição da Ouvidoria para maiores esclarecimentos e pede informações sobre o andamentos dos inquéritos referentes as citadas mortes, dos quais apenas num deles o autor foi identificado e preso. "Ainda através desta viemos nos
oferecer para corrigir qualquer informação que a Ouvidoria Agrária considere
infundada ou que não corresponda à triste realidade de violência agrária
sofrida em nosso Estado de Rondônia durante o ano de 2012".
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