Ruralistas de Jaru temem novas ocupações de terra
Reunião de ruralistas em Jaru, Rondônia. foto cpt ro |
Atualizado 02.04.13. Após diversas ocupações de terra e reintegrações de posse em Jaru, Rondônia, ruralistas convocaram uma audiência pública com autoridades da polícia militar, polícia civil, e o Secretário de Sefurança de Rondônia, Marcelo Bessa, além de outras autoridades políticas. como o viceprefeito da cidade, representante da OAB local e representantes políticos ruralistas.
A reunião foi convocada logo após um pecuarista de Theobroma, Otayr Costa Filho da fazenda Arizona, utilizar o dia 19.3.13 das redes sociais tratando de "guerrilha armada" as ocupações de terras, dizendo que no município tinha já tinham acontecido 08 ocupações e mais 30 áreas estavam ameaçadas de ocupação no município "aterrorizando os funcionários e proprietários".
A reunião foi convocada logo após um pecuarista de Theobroma, Otayr Costa Filho da fazenda Arizona, utilizar o dia 19.3.13 das redes sociais tratando de "guerrilha armada" as ocupações de terras, dizendo que no município tinha já tinham acontecido 08 ocupações e mais 30 áreas estavam ameaçadas de ocupação no município "aterrorizando os funcionários e proprietários".
Temendo novas ocupações de terras na região, o principal objetivo era cobrar ações enérgicas das autoridades para evitar as ocupações e realizar as reintegrações de posse. Os representantes policiais afirmaram que com este objetivo já tem recebido reforço e estão realizando contínuas patrulhas nas áreas rurais da região.
Representante da assessoria jurídica da Comissão Pastoral da Terra foram convidados a comparecer a mesa como "representantes dos sem terra", qualificação dementida pela advogada Lenir Correia Coelho, que confirmando o carácte não violento da pastoral assim mesmo defendeu o direito a ocupação pacífica das terras e a realização da reforma agrária para beneficiar os pequenos agricultores, atuação que atualmente encontra-se totalmente estagnada.
A CPT também cobrou do Secretário de Segurança a apuração das 09 mortes registradas no estado por conflitos agrários, especialmente a do professor Renato Nathan, com suspeitas de ter sido homicídio realizado por policiais civis.
Também foram denunciadas as calúnias que vem sofrendo Dom Vital Corbillini, que o ano passado era pároco da cidade de Jaru, e atual bispo de Marabá, bem conhecido da maioria dos presentes. As calúnias são em represália por ter intermediado a resolução dum conflito existente entre o Acampamento Canaã e a Fazenda Arroba Só Cacau, e atualmente o atual bispo está sendo acusado de ter realizado por telefone ameaças de morte à representante duma CATP, (área com título provisório). Em realidade ele ligou tentando que a representante dos fazendeiros iniciasse uma negociação sobre a terra, onde faz doze anos moram 120 famílias de pequenos agricultores.
Um dos presentes, que se identificou como filho e advogado de Dona Ângela, a cartorária de Ji Paraná autora das calunias, reafirmou a versão que o padre Vital tinha falado para a mãe dele que "se não negociava ia ter derramamento de sangue na família dela" e que por este motivo o padre estava sendo processado.
Agentes de pastoral da Paróquia São João Batista de Jaru, que estiveram presentes na hora da ligação testemunhando a conversa por telefone do Pe. Vital com a cartorária, afirmaram que ela disse para o padre que ela "era muito orgulhosa e não renunciava facilmente ao que ela queria". As testemunhas também desmentem o padre ter realizado qualquer ameaça, confirmando que o "derramamento de sangue" que o mesmo temia era dos pequenos agricultores, que prometiam resistir à reintegração de posse.
O deputado ruralista Moreira Mendes (PSD-RO) aproveitou a Tribuna da Câmara dos Deputados, na segunda-feira (02.04.2013) para falar sobre o assunto: “Quero cobrar das autoridades de segurança pública (...) tirar de vez de cena esse vandalismo, que é a invasão de terras absolutamente produtivas numa região de pequenas propriedades, como é a região de Jaru”, alertou Moreira. Segundo o ruralista, os agricultores sem terra apenas são "massa de manobra" dos movimentos sociais “Há uma manifestação de interesse de alguns setores radicais ligados, uma parte à igreja, outra parte a movimentos sociais, de esquerda radical, que usam essas pessoas que precisam da terra, como massa de manobra para prejudicar o setor produtivo de Rondônia."
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