Acampados de Seringueiras retomam terra

Jagunços armados ameaçavam expulsar os acampados. Foto  acampados.
Quarenta e cinco famílias do Acampamento Paulo Freire 3 de Seringueiras, Rondônia, retomaram neste sábado 22 de dezembro de 2012 as terras de onde foram despejados o passado mês de setembro.
Após dois anos e meio morando e produzindo no local, os últimos meses elas permaneciam acampadas em situação precária nas mediações do local, sofrendo intimidações e violência de parte de grupo armado procedente do local de onde tinham sido despejados.
A terra do Acampamento Paulo Freire 3 está em conflito com a Fazenda Riacho Doce, terra pública sem título, que tinha sido grilada pelo fazendeiro Sebastião de Peder e seus filhos. A área está sob disputa judicial faz anos, depois que o INCRA pediu a terra de volta para reforma agrária. 
Após o despejo a prefeitura de Seringueiras tinha aterrado e aberto uma nova estrada para os fazendeiros e a polícia tinha realizado a proteção para a entrada no local de cabeças de gado procedentes dum consórcio de diversos fazendeiros da região, que se opõe a o estabelecimento de pequenos agricultores pela reforma agrária na região, onde muitas terras públicas foram griladas.
Informações sofre feridos e reféns na retomada das terras hoje, relatadas por um site próximo a polícia militar, foram a desmentidas mais tarde. Segundo as mesmas informações, equipes policiais permaneciam nas proximidades do local.
Uma das antigas lideranças do acampamento, Orlando Pereira Sales, foi assassinado em data recente em Nova Brasilândia, onde estava refugiado após ter sofrido numerosas ameaças de morte. A esposa dele também tinha sofrido um atentado e continua sofrendo ameaças, e até agora não tem recebido nenhuma proteção, apesar de ter sido solicitada a mesma pela Secretaria de Direitos Humanos da presidência da República.


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