Seringueiras: Mulher de liderança gravemente ferida.
Em pé de boné, a vítima Teolídes Viana dos Santos
Atualizado dia 05.08.12. Novo sangue foi derramado em Seringueiras, Rondônia, por conflito envolvendo grupo de pequenos agricultores. Soeli, a companheira de uma das principais lideranças do acampamento Paulo Feire 3, conhecido com Paraíba, foi gravemente ferida na cabeça por um golpe de foice, pela manhâ do dia 04 de agosto de 2012. O estado dela é gravíssimo e foi removida para tentar salvar a sua vida. Forças policiais teriam sido enviadas para o local. Não foi confirmado se teriam realizado algumas detenções. Fontes dos acampados acusam um agricultor conhecido com o apelido de Marimondo, que estaria fugido do local, e mais uns dois ou três comparsas como agressores de Soeli. Uma moto teria ficado abandonada no local dos fatos.
A informação foi recebida por telefone pela CPT por agricultores da região. A mulher atingida foi atacada por membros de grupo adversário no acampamento, controlado por pessoas que agem de forma violenta. Parece que o motivo foi o grupo de 45 famílias liderado pelo Paraíba ter aceito acordo pacífico em Audiência Pública realizada o passado dia 01/08/12 para despejo promovido na justiça pelo fazendeiro Sebastião de Peder, titular da fazenda Riacho Doce. A área, terra pública sem documentação, vem sendo reivindicada pelo INCRA e gripo de acampados para reforma agrária.
A incapacidade da audiência em convencer o filho do fazendeiro e o representante do CNA Edson Afonsoem para aceitar outro acordo de divisão da área com os acampados é o cenário de fundo deste novo ato de violência que atinge Rondônia.
Também a demora da justiça federal em decidir a ação de retomada das terras pelo INCRA e a falta de atuação das autoridades públicas da segurança de Rondônia para coibir a violência dentro do acampamento, principalmente contra o grupo liderado pelo Paraíba, está atrás destes fatos violentos que vem se repetindo desde o ano passado, quando em 01/08/12 três acampados foram atingidos por disparos após um conflito das lideranças do acampamento contra elementos que atuavam violentamente no local, se apossando de terras de outros acampados.
A incapacidade da audiência em convencer o filho do fazendeiro e o representante do CNA Edson Afonsoem para aceitar outro acordo de divisão da área com os acampados é o cenário de fundo deste novo ato de violência que atinge Rondônia.
Também a demora da justiça federal em decidir a ação de retomada das terras pelo INCRA e a falta de atuação das autoridades públicas da segurança de Rondônia para coibir a violência dentro do acampamento, principalmente contra o grupo liderado pelo Paraíba, está atrás destes fatos violentos que vem se repetindo desde o ano passado, quando em 01/08/12 três acampados foram atingidos por disparos após um conflito das lideranças do acampamento contra elementos que atuavam violentamente no local, se apossando de terras de outros acampados.
Numerosos atos de pistolagem (tiros, expulsões de acampados, roubos de casa e lavouras, ameaças de morte) vem sendo registrados faz alguns meses, encontrando dificuldades para registro de ocorrências e apuração dos fatos registrados.
A falta de atuação das autoridades da segurança de Rondônia foi um dos principais pontos tratado em reunião ontem, seta feira 03/08/12 no gabinete da Casa Civil do Estado de Rondônia. Os problemas de segurança e de atuação policial no Acampamento Paulo Freire 3 em Seringueiras foram denunciados pelo representante da CPT RO na reunião.
A situação é tão grave, que ainda em 14 de março Paraíba denunciou ameaças, tendo que fugir do acampamento, onde permaneceu a companheira dele. No dia seguinte outro agricultor de Seringueiras, José Barbosa da Silva, foi assassinado na rodoviária de Seringueiras após ser confundido com o Paraíba.
José Barbosa foi a quinta vítima de morte violenta por conflitos agrários e ambientais no estado de Rondônia neste ano de 2012.
Após reunião da Ouvidoria Agrária no passado dia 01/08/12 o INCRA ia demarcar 200 há de acordo com o fazendeiro para instalação do Acampamento Paulo Freire 3. Muitos dos acampados estavam inconformados com esta decisão, pois significa perder mais de três anos de trabalho e investimento em casas e lavouras em terras públicas que deviam ser objeto de reforma agrária. Eles estão acampados mais de cinco anos reivindicando estas terras.
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