Encontro de Brasília aprovou apoio a Udo Whalbrink

Faixa pede Justiça Social para Udo Wahlbrink em Ji Paraná. Foto cpt ro
Os representantes de Vilhena no encontro unitário dos trabalhadores e povos do campo, das águas e das florestas, em Brasília, conseguiram que o encontro assumisse o pedido de liberdade a sindicalista preso em Vilhena. Também  a mobilização de Ji Paraná denunciou a criminalização de lideranças sindicais e de sem terra.
Unidos, os dez mil trabalhadores e trabalhadoras e povos do campo, das águas e das florestas, representando as vinte organizações reunidas no “Encontro Nacional Unitário” em Brasília – DF, nos dias 20, 21, 22 de agosto de 2012, aprovaram Moção de apoio à liberdade do sindicalista Udo Wahlbrink, preso há quase seis meses em Vilhena, Rondônia, juntamente com outras três lideranças que lutam pela reforma agrária. No último dia os trabalhadores rurais realizaram um grande marcha pela Praça dos Trâs Poderes.
A situação denunciada no Encontro se refere ao conflito agrário, ocorrido na área denominada Fazenda Dois Pinguins, que era ocupada à cerca de oito anos por dezenas de famílias de trabalhadores rurais e que sofreu ação de reintegração de posse em favor de um fazendeiro, mesmo sendo objeto de uma ação judicial de retomada das terras, ingressada pelo INCRA, em 2004, com objetivo de destiná-las à Reforma Agrária.
O repúdio das vinte entidades, com dez mil representantes, manifestado em Brasília tem como base a situação denunciada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGRO), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Comissão de Direitos Humanos e Minoria (CDHM) da Câmara dos Deputados, cujo relatório, apresentado em 05/07/2012, aponta fortes indícios de que houve abusos destas autoridades nas prisões.
Segundo a CDHM, a ação das autoridades de Vilhena criminalizaram estes trabalhadores, com a intenção de intimidar os movimentos sociais que defendem a Reforma Agrária. Recentemente veio à tona uma comprovação material da forma direcionada de como tem agido essas autoridades; trata-se de um laudo pericial de um atentado a tiros, sofrido por Udo no carro do Sindicato, que poderia ter sido utilizado pela sua defesa, e que só foi entregue quatro meses depois, após denúncia pública da CUT e da Fetagro.
As entidades que mobilizaram os sete mil trabalhadores, para o Encontro Nacional, foram: Associação das Casas Familiares Rurais (ARCAFAR); Associação das Mulheres do Brasil (AMB); Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA); Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF); Articulação Nacional de Agroecologia (ANA); Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); Conselho Indigenista Missionário (CIMI); CARITAS Brasileira; Coordenação Nacional dos Quilombolas (CONAQ); Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG); Comissão Pastoral da Pesca (CPP); Comissão Pastoral da Terra (CPT); Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB); Central Única dos Trabalhadores (CUT); Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB); Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF); FASE; Greenpeace e INESC. Além de vários movimentos sociais, como o MAB, MPA, MST e Via Campesina Brasil.
A situação da liberdade de Udo Whalbrink já recebeu moções de apoio do Congresso Nacional da CUT, realizado em junho, e recentemente, dos deputados estaduais de Rondônia, aprovada por unanimidade; além de declaração de apoio da União Internacional dos Trabalhadores na Alimentação (UITA).



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