CIMI RO publica nota sobre morte de indígena kaxarari

Indígena é assassinado em decorrência dos conflitos por terra.
O povo Kaxarari vive no município de Lábrea, AM e em Extrema – RO. Encontram-se distribuídos em varias aldeias e somam uma população de aproximadamente 350 pessoas.
A Terra Indígena Kaxarari possui uma extensão de 143.441 ha. A demarcação ocorreu em 1987, quando foi excluída uma parte importante do território tradicional. O povo kaxarari depois de anos de luta na justiça federal, teve ganho de causa no processo movido pelo Ministério Publico Federal, na correção dos limites e ampliação do território kaxarari. Esta conquista que o povo kaxarari obteve na justiça no ano passado vem sendo motivo de constantes ameaças, que pesam sobre o povo, que nos últimos meses vem sofrendo investidas por partes de grupos contrários a tal medida judicial. Ainda ano passado nas aldeias vivia-se um clima de medo e insegurança.
O indígena João Oliveira da Silva Kaxarari foi assassinado na noite de 26 de agosto, no ramal da Mendes Junior, estrada que dá acesso ao sul do Amazonas, município de Lábrea. Segundo o relato dos lideres indígenas, Ari e Zezinho Kaxarari, o índigena assassinado já havia comunicado que vinha sofrendo ameaças, por parte dos invasores da terra indígena kaxarari. .
Os territórios indígenas ficam vulneráveis as investidas dos invasores e se agravam os conflitos decorrentes da luta pela terra. Uma vez mais as invasões nos territórios indígenas provocam conflitos e assassinatos. As invasões por parte de madeireiros, fazendeiros e outros, bem como, extração ilegal de madeira, são as principais causas dos conflitos e assassinatos.
Até quando os povos indígenas continuarão sendo vitima da violência? Até quando vai perdurar a impunidade?
Nossa solidariedade ao povo kaxarari neste momento de dor e perda. Mais um sangue derramado na terra, enquanto os direitos não forem respeitados a luta continua...
Fonte: CIMI RO

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O acidente das usinas que nos esconderam

Santo Antônio do Matupi, no Km 180 da transamazônica.

POLICIAIS INVADEM E AMEAÇAM FAMÍLIAS ACAMPADAS EM RONDÔNIA