A greve continua em Jirau e trabalhadores queimam alojamentos.

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Nova revolta na usina de Jirau, em Porto Velho Ro. Foto: rondoniagora.com
Contradizendo a entrevista do superintendente do Ministério do Trabalho em Rondônia, Sr. Rodrigo Nogueira, publicado hoje no rondoniagora em que confirma fim da greve nas usinas, a greve continua em Jirau chegando a situação extrema para ambas as partes. Vídeo do mesmo site mostra incêndios provocados em nova revolta.

Apesar da tentativa de negociação durante a assembleia no dia de ontem em Jirau,  há informações que vários alojamentos foram queimados, os trabalhadores que foram ao canteiro de obras hoje cedo, ficaram do lado de fora. Os que moram em Porto Velho retornaram para suas casas e os de fora há informação que estão sendo levados para o ginásio do SESI em Porto Velho.

Também recebemos informações que durante a assembleia, os trabalhadores se revoltaram chegando a atirar pedras contra os encarregados e impedindo a entrada nos refeitórios. A situação é alarmante, vários trabalhadores passaram mal, foi informado na rádio CBN Rondônia que um trabalhador foi a óbito, enfartando durante a manifestação.


É inadmissível que os responsáveis pela obra deixam a situação chegar a este extremo, recentemente, durante Audiência Pública no dia 30 de março, foi denunciado pelos trabalhadores, várias violações quanto a seus direitos trabalhistas, inclusive com atraso de salários há mais de seis meses e demissão sem baixa na carteira, além da humilhação e da falta de segurança e de infraestrutura adequadas para os trabalhadores. Também denunciaram a ação das forças armadas que agem em favor das empresas se posicionando contra os trabalhadores, dentro e fora do canteiro de obras. Em janeiro houve a morte do trabalhador Josivaldo, até hoje não esclarecida e sem noticias do inquérito. Os familiares afirmam que o mesmo foi assassinado pela polícia militar durante um manifesto dos trabalhadores em Jaci exigindo transporte para retornarem ao canteiro de obras.

Apesar da visita da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos deputados em 22 de março, nada mudou por parte das empresas que não aceita a reivindicação dos trabalhadores.


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