Grevistas acusam PF de truculência 24/10/2011
Momento da prisão do professor Valdir Aparecido |
A tentativa da Polícia Federal de garantir a reintegração de posse do prédio da Reitoria da Universidade Federal de Rondônia (Unir) terminou em tumulto e na prisão de um professor na manhã dessa sexta-feira. O prédio está ocupado há três semanas por professores e alunos grevistas que pedem a saída do reitor Januário Amaral, acusado de corrupção. Grevistas acusam a PF de agir com truculência contra eles. O deputado federal Mauro Nazif que estava no local e denunciou a agressão dos policiais, anunciou que deve acionar o Ministério da Justiça para denunciar excessos.
A greve na Unir, que começou no dia 14 de setembro, tem como pauta melhorias na instituição e o afastamento do reitor. O Ministério da Educação (MEC), por intermédio da Secretaria de Ensino Superior (Sesu), destacou representantes para acompanhar o processo. Duas reuniões com uma comissão formada por representantes dos grevistas e da universidade já foram realizadas, mas não houve acordo. A saída do reitor do cargo é a condicionante para por fim à greve. No entanto, o MEC reforça que o reitor foi eleito por voto. O reitor, por sua vez, em entrevista ao Diário, disse que sua renúncia está fora de cogitação.
Durante a manhã dessa sexta-feira, o professor Valdir Aparecido foi preso e outro professor teve a câmera fotográfica apreendida. Ambos foram encaminhados para a Superintendência da PF para prestar depoimento. A acusação dos policiais é de que eles estariam incitando a violência e que teriam jogado artefatos explosivos.
Mas os alunos sustentam outra versão. “Não houve nada disso. Os policiais foram truculentos e prenderam o professor sem haver nenhuma prova e nem mandado”, afirmou o professor Adilson Siqueira, do comando de greve. O professor Narcisio Bigio, que teve a câmera aprendida, conta que a confusão iniciou após a explosão de duas bombas. “Eu estava fotografando, quando se identificaram como policiais federais e tomaram minha câmera”.
Segundo os grevistas, agentes da PF à paisana circulavam entre os grevistas acampados no prédio da Reitoria fazendo perguntas pessoais e se passando por alunos. “Eles perguntaram nome, telefone, os cursos, mas em momento algum se identificaram”, disse a acadêmica Lorena Caetano.
Deputado vai denunciar truculência ao Ministério da Justiça
Outra acusação de truculência partiu do deputado federal Mauro Nazif que estava no local no momento. “Fui agredido e já estou acionando o Ministério da Justiça para tomar conhecimento desses abusos que ocorreram aqui hoje”, disse. De acordo com o deputado, a situação de Januário Amaral na Unir é insustentável.
Na Superintendência da Policia Federal, para onde o professor Valdir foi levado, só foi permitida a entrada do deputado e de dois advogados.
No início da manhã, o Diário esteve no prédio ocupado, onde os acadêmicos reafirmaram que a desocupação do prédio só aconteceria com a saída do reitor. “Nós não queremos ficar aqui até o final do ano, mas se for preciso, ficaremos”, disse o representante do comando de greve estudantil, Rafael Rodrigues. Ainda segundo ele, um oficial de Justiça entregou a liminar de reintegração de posse na quinta-feira e na sexta um delegado da PF e representante da Advocacia Geral da União (AGU) propuseram reunião com três representantes do comando acadêmico e de docentes para um possível acordo, o que foi negado pelos alunos diante da condição de que a imprensa não poderia participar. “Acreditamos que essa reunião era uma forma de nos intimidar e não de acordar, caso contrário a participação da imprensa não teria sido vetado”, acredita.
Na Superintendência da Policia Federal, para onde o professor Valdir foi levado, só foi permitida a entrada do deputado e de dois advogados.
No início da manhã, o Diário esteve no prédio ocupado, onde os acadêmicos reafirmaram que a desocupação do prédio só aconteceria com a saída do reitor. “Nós não queremos ficar aqui até o final do ano, mas se for preciso, ficaremos”, disse o representante do comando de greve estudantil, Rafael Rodrigues. Ainda segundo ele, um oficial de Justiça entregou a liminar de reintegração de posse na quinta-feira e na sexta um delegado da PF e representante da Advocacia Geral da União (AGU) propuseram reunião com três representantes do comando acadêmico e de docentes para um possível acordo, o que foi negado pelos alunos diante da condição de que a imprensa não poderia participar. “Acreditamos que essa reunião era uma forma de nos intimidar e não de acordar, caso contrário a participação da imprensa não teria sido vetado”, acredita.
Fonte: Diário da Amazonas
24/10/2011
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