MADEIREIROS RONDONIENSES CONTINUAM ROUBANDO MADEIRA DO SUL DO AMAZONAS
Sempre polêmico, o jornalista Chico Nery continua denunciando o robo de madeira no Sul de Amazonas, pela Ponta de Abuná, em Porto Velho, Rondônia. "Esse tipo de operação ilegal é bastante conhecido no seio dos órgãos de fiscalização que deveriam na faixa de fronteira de Rondônia, o Amazonas e o Acre. Contudo, vorazes, os rondonienses se utilizam há décadas da fragilidade das operações federais."
Sul de Lábrea, Amazonas – Nessa região, uma da mais cobiçadas pelos invasores, o roubo ilegal de madeiras nobre e de essências naturais continua impune. O maior entrave é a fragilidade da fiscalização que deveria ser feita pelo Governo estadual e federal, respectivamente, entre os quais, o IBAMA, Instituto Chico Mendes e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas [IPAAM].
Segundo estudos de ambientalistas acreditados em Nova Califórnia e Extrema, “nem mesmo as terras indígenas escapam da ação dos criminosos e predadores de florestas que o teatro de operações comandadas por madeireiros, fazendeiros e grileiros em atividades desde o século passado a partir das cidades de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná e Vilhena”.
O suposto o patrocínio das ações ilegais, seria dividido entre grupos que integram parte do agronegócio rondoniense sediado na Ponta do Abunã, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso cujos estados lideram elevados índices de desmatamentos no ranking brasileiro.
Impunes, grande parte dos madeireiros e fazendeiros rondonienses que têm assento no Colegiado da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia [FIERO] são acusados dessa prática ilegal ao financiarem operações de corte raso das florestas amazonenses através da ocupação das fundiárias de suas supostas propriedades além do marco divisor estabelecido pelos Ministérios do Desenvolvimento Agrário [MDA], da Justiça [FUNAI] e do Meio Ambiente.
Esse tipo de operação ilegal é bastante conhecido no seio dos órgãos de fiscalização que deveriam na faixa de fronteira de Rondônia, o Amazonas e o Acre. Contudo, vorazes, “os rondonienses se utilizam há décadas da fragilidade das operações federais”, a denúncia é de servidores da representação da FUNAI, em Lábrea. Eles se dizem incapazes de conter o avanço do agronegócio madeireiro e de essências naturais rondonienses.
QUANDO MADEIRIERO É BANDIDO – Não há brecha na legislação, eles disseram. O que acontece é que, “a lei não é cumprida à risca” por causa da omissão de gestores de ambos os estados. Os vizinhos rondonienses chegam com dinheiro, maquinário e armados fortemente. Colonos e indígenas de Lábrea à Canutama, temerosos, recuam diante das ameaças e fogem para os lugares mais ermos das florestas amazonenses. O que torna o Estado um mero decorador da Constituição de 88, desabafam lideranças nativas do Rio Ituxi, em Lábrea.
Há duas décadas madeireiros e fazendeiros atuam na região sem serem incomodados pelos órgãos de fiscalização. Ao contrário, em algumas situações, contam com o apoio de servidores [estaduais, municipais e federais]. Isso faz com que o clima continue tenso nos campos entre as fronteiras acreanas, rondonienses e amazonenses, pois, segundo fontes da Comissão pastoral da Terra [CPT-Lábrea], “os desmatamentos, sob o manto da pistolagem, triunfe sempre enquanto vidas são ceifadas a todo instante”.
MODUS OPERANDI – Com o fim das Guias de Transporte de Produtos das Florestas [GTPF], o IBAMA instituiu um novo documento, segundo o órgão que restringe a possibilidade de fraude que vai da derrubada à comercialização da madeira extraída em áreas de manejos ou ocupações ilegais. Não é isso que acontece, pelo menos, nas Áreas de Proteção Ambiental [APA] e Unidades de Conservação [UC] que deveriam estar sob o controle do órgão e do homônimo Instituto Chico Mendes da Preservação da Biodiversidade [ICM-Bio].
Agora, as derrubadas que ocorrem no Sul do Amazonas [Humaitá, Lábrea, Canutama e Apui] obedecem a um novo ritual. A documentação pode parecer legal, mas as áreas dos cortes seriam feitas no estado vizinho [Rondônia]. A rapidez das motosserras e os tratores, é impressionar qualquer um; já que madeireiros e fazendeiros cortam, selecionam e despacham a madeira roubada às fundiárias de suas fazendas, geralmente, nos limites com vilas e distritos da Capital Porto Velho, onde tentam comprovar a suposta origem."
Fonte: Xico Nery
Autor: Xico Nery
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