Nova revolta em hidrelétrica em Mato Grosso do Sul

Depois dos conflitos na usina de Jirau, em Rondônia, foi a vez da usina de São Domingos, em Mato Grosso do Sul, ser alvo de protestos de trabalhadores, na tarde desta quinta-feira (24).
A obra, também incluída no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), fica em Água Clara (a 250 km de Campo Grande).
Parte dos alojamentos e instalações foi incendiada..
De acordo com a PM, a confusão começou quando um segurança do consórcio responsável pela obra agrediu um trabalhador, na tarde de ontem. A seguir, parte dos funcionários --são cerca de mil, no total-- incendiou alojamentos e depredou algumas instalações da usina.
Segundo o sindicato da categoria, alguns trabalhadores reclamaram, na semana passada, de falta de pagamento de horas extras e das condições dos alojamentos. Uma vistoria foi feita no último dia 15, quando se verificou que havia problemas no esgoto dos alojamentos.
Um termo de compromisso foi assinado com a Eletrosul a fim de consertar o problema e de garantir que os trabalhadores recebam pelas horas extras.
O tumulto só foi controlado na madrugada de hoje, com a intervenção de um batalhão especial da Polícia Militar. Cerca de 80 pessoas foram presas.
As obras foram paralisadas e ainda não há previsão de quando deverão ser retomadas. Todos os trabalhadores foram removidos para cidades próximas.
O consórcio São Domingos é formado pelas empresas Engevix e Galvão. Para o Sindicato a rebelião foi um movimento "isolado" e de "vandalismo".
A usina de São Domingos começou a ser construída em junho de 2009 e terá 48 MW de potência instalada. O investimento total é de R$ 370 milhões. (Folha Online)

Comentários

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