Jirau: Operários tentam ir embora

Carretas teriam sido usadas como carona
pelos trabalhadores para sair de Jirau.
Segundo testemunhas,a rodoviária de Porto Velho ontem estava chéia de trabalhadores de Jirau tenando voltar para casa. Alguns deles tivera que andar sem dinheiro e comida, mais de 50 km na BR 364 para chegara Porto Velho. O canteiro de obras da usina está a uns 120 km de Porto Velho em direção Rio Branco. Relatos contam que trabalhadores do outro lado do rio arriscaram a vida tentando atravessar a nado o Madeira, que nesta época de chéia tem uma corredeira muito forte. Teme-se que alguns tenham desaparecido por este motivo. Depois que 46 ônibus foram destruídos, muitos operários pegaram carona em algumas das imensas carretas de transporte especial, usadas para transportar até a usina as peças das turbinas em construção.

Outros obrigaram a a dar carona aos carros que circulavam pela BR. Algum que não quis dar carona teria sido volcado pelos operários revoltados. Já em Porto Velho, os operários de outros estados não estariam podendo viajar e somente os de este estado estariam conseguindo viajar para casa.

Sobre as causas do vandalismo, testemunhas acham que entre os operários de Jirau têm grande número de expresidiários. Alguns citam que pelo menos um operário mais idoso teria falecido no incêndio dum dos alojamentos..
Entre os motivos de reclamação é citado maus tratos verbais e falta de incentivos, como o fato que muitos estão realizando serviços mais qualificados do que o salário que recebem, sem que por outro lado promesas de melhoras sejam cumpridas.
Enquanto a empresa está emitindo comunicados sobre a normalização da situação e a retomada dos trabalhos na usina, a pedido do governador Confúcio Moura, o governo federal enviou ao local um contigente da Força Nacional.

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