XXII Assembléia Nacional da CPT
A XXII Assembléia nacional da CPT do Brasil se reuniu em Hidrolândia, Goiás, os dias 18 e 19 de Março.
Teve a participação por Rondônia de Denize Monteiro, Maria José de Oliveira, (Irmâ Zezé e José Iborra, (zezinho).
Na foto Neusa e Denize, agricultoras do sul de Rondônia e conselheiras da CPT RO.
Vejam a Carta elaborada pelos participantes:
“Os governantes dominam as nações e os grandes as tiranizam” (Mateus 20, 25)
Reunidos em Hidrolândia, Goiás nos dias 18 e 19 de Março de 2010, celebramos a XXII Assembléia Nacional da CPT, reafirmando nossa missão evangélica ao serviço dos povos da terra e das águas.
Começamos escutando o clamor que vem dos diversos regionais da CPT: Eles relataram situações gritantes em todos os estados brasileiros. A ação devastadora do Estado, dos setores que o dominam, contra as organizações e movimentos populares, resultando no marasmo que hoje mais do que nunca atinge a base de nossa sociedade.
Constatamos que a maior parte das autoridades municipais e estaduais, do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, são subservientes aos interesses do grande capital: hidrelétricas, mineração, ferrovias, hidrovias, transposições de águas e expansão do agronegócio da soja, eucalipto, cana e pecuária. O Governo Federal com o PAC promove e financia mega projetos em favor de grandes empresas, que sacrificam muitas comunidades e violentam o meio ambiente.
Diante desta realidade crítica e depois dum processo avaliativo no qual a CPT se debruçou ao longo de um ano, reafirmamos o nosso compromisso de enfrentar o atual modelo de desenvolvimento promovido pelo Estado e de continuar na defesa das comunidades atingidas pela devastação ambiental, pelos grandes projetos e pelo avanço do agro e hidronegócio. Somos vítimas de um Estado falsamente democrático, que precisa ser reconstruído a partir da base da sociedade.
Nos comprometemos, também, a apoiar a organização e articulação dos camponeses e camponesas na conquista da reforma agrária, ressignificando e atualizando seu sentido, e na defesa dos territórios tradicionais e demais direitos de seus povos. Para dar conta desta difícil missão, a CPT quer aprofundar suas convicções pastorais e sua mística libertadora, para ser testemunha e defensora da Vida que nos vem de Deus e da Mãe Terra. A CPT precisa também encontrar novas formas de organicidade interna e de sustentabilidade que nos fortaleça nessa missão.
O III Congresso Nacional da CPT, que será realizado em Montes Claros de 17 a 21 de Maio, será o momento privilegiado, no qual com a participação majoritária de agricultores e agricultoras de todo o Brasil, ouvindo os clamores dos povos da terra e das águas, definiremos as linhas de ação, que nos orientarão nos próximos anos. Convocamos a todos os agentes da CPT, camponeses e camponesas, a somar forças com os movimentos que atuam no campo, parceiros e aliados a construir conosco este congresso.
E contribuir para que nossa ação junto aos pobres da terra seja uma resposta profética aos desafios atuais em defesa da Vida.
Nesta Quaresma e em comunhão com todas as Igrejas do Brasil, a CPT assume o plebiscito pelo Limite da Propriedade da Terra e proclama as palavras de Jesus: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mateus 6, 24).
Teve a participação por Rondônia de Denize Monteiro, Maria José de Oliveira, (Irmâ Zezé e José Iborra, (zezinho).
Na foto Neusa e Denize, agricultoras do sul de Rondônia e conselheiras da CPT RO.
Vejam a Carta elaborada pelos participantes:
“Os governantes dominam as nações e os grandes as tiranizam” (Mateus 20, 25)
Reunidos em Hidrolândia, Goiás nos dias 18 e 19 de Março de 2010, celebramos a XXII Assembléia Nacional da CPT, reafirmando nossa missão evangélica ao serviço dos povos da terra e das águas.
Começamos escutando o clamor que vem dos diversos regionais da CPT: Eles relataram situações gritantes em todos os estados brasileiros. A ação devastadora do Estado, dos setores que o dominam, contra as organizações e movimentos populares, resultando no marasmo que hoje mais do que nunca atinge a base de nossa sociedade.
Constatamos que a maior parte das autoridades municipais e estaduais, do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, são subservientes aos interesses do grande capital: hidrelétricas, mineração, ferrovias, hidrovias, transposições de águas e expansão do agronegócio da soja, eucalipto, cana e pecuária. O Governo Federal com o PAC promove e financia mega projetos em favor de grandes empresas, que sacrificam muitas comunidades e violentam o meio ambiente.
Diante desta realidade crítica e depois dum processo avaliativo no qual a CPT se debruçou ao longo de um ano, reafirmamos o nosso compromisso de enfrentar o atual modelo de desenvolvimento promovido pelo Estado e de continuar na defesa das comunidades atingidas pela devastação ambiental, pelos grandes projetos e pelo avanço do agro e hidronegócio. Somos vítimas de um Estado falsamente democrático, que precisa ser reconstruído a partir da base da sociedade.
Nos comprometemos, também, a apoiar a organização e articulação dos camponeses e camponesas na conquista da reforma agrária, ressignificando e atualizando seu sentido, e na defesa dos territórios tradicionais e demais direitos de seus povos. Para dar conta desta difícil missão, a CPT quer aprofundar suas convicções pastorais e sua mística libertadora, para ser testemunha e defensora da Vida que nos vem de Deus e da Mãe Terra. A CPT precisa também encontrar novas formas de organicidade interna e de sustentabilidade que nos fortaleça nessa missão.
O III Congresso Nacional da CPT, que será realizado em Montes Claros de 17 a 21 de Maio, será o momento privilegiado, no qual com a participação majoritária de agricultores e agricultoras de todo o Brasil, ouvindo os clamores dos povos da terra e das águas, definiremos as linhas de ação, que nos orientarão nos próximos anos. Convocamos a todos os agentes da CPT, camponeses e camponesas, a somar forças com os movimentos que atuam no campo, parceiros e aliados a construir conosco este congresso.
E contribuir para que nossa ação junto aos pobres da terra seja uma resposta profética aos desafios atuais em defesa da Vida.
Nesta Quaresma e em comunhão com todas as Igrejas do Brasil, a CPT assume o plebiscito pelo Limite da Propriedade da Terra e proclama as palavras de Jesus: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mateus 6, 24).
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