JIRAU UTILIZA MANOBRA PARA IMPEDIR ORGANIZAÇÃO DOS ATINGIDOS PELA BARRAGEM.

No dia 18 de Fevereiro de 2010 foi realizada uma Audiência Pública em Mutum Paraná, distrito de Porto Velho, que ficará alagado com a construção da Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira.

A Construtora da barragem de Jirau, ESBR, recebeu do MAB (movimento dos atingidos por barragem) ofício no dia 24/01/10, para uma audiência pública em Mutum Paraná, com o objetivo de negociar uma pauta de reivindicação dos atingidos elaborada em meados de janeiro.

Tentando esvaziar a convocatória a empresa coloca grande número de funcionários para, de casa em casa, avisar que não haveria mais Audiência Pública, isso nos dias anteriores à mesma e também no próprio dia.

O MAB coloca aviso na rádio comunitária desmentindo a empresa e mais lideranças nas ruas para reforçar o convite para a reunião. Arma-se verdadeira operação de forças, causando muita confusão.

Outro subterfúgio utilizado pela empresa para enfraquecer a luta do povo atingido pela barragem é fracioná-lo por categorias, convocando reuniões separadamente: garimpeiros por um lado, pequenos agricultores por outro, ribeirinhos, pescadores, lideranças etc.

Este procedimento tem causando grande desconforto no povo que se vê desorientado para se fazer ouvir.

Sem a presença da empresa, comparecem no dia 18 à Audiência Pública 165 atingidos pela barragem e também jornalistas, lideranças do MAB, Movimento Popular por Moradia e Comissão Pastoral da Terra, além de espiões gravando e fotografando os presentes.

Com estas manobras o povo está muito irritado com a construtora ESBR, planejando mobilizações contra a construtora.



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